Com o aumento da prática de atividades físicas em academias, condomínios e parques, a avaliação física se tornou essencial para quem busca resultados seguros e práticos. Tão importante quanto à realização de exames médicos antes de iniciar uma rotina de treinos, a avaliação física permite um mapeamento detalhado do corpo, orientando a melhor estratégia para cada pessoa. Para a Revista Algomais, os profissionais de educação física Elton Alves e Jacqueline Jeremias explicam os principais tipos de avaliação, destacando o teste de força, um dos mais procurados por praticantes de esportes, atividades físicas e para reabilitação motora ou neural.
A Avaliação Física é um mapeamento do funcionamento mecânico do corpo humano, seja ele muscular, articular ou ósseo. Essa avaliação pode ser feita de forma estática (parada) ou dinâmica (em movimento) e em ambas as formas de avaliar são gerados dados significativos e relevantes da pessoa avaliada.
“É diante de dados gerados pela avaliação física que conseguimos mapear de maneira exata as suas reais necessidades e com isso alinhar aos objetivos de cada pessoa avaliada. Com todo esse contexto em mãos o planejamento de treinamento será prescrito de maneira muito mais assertiva e individualizada”, informa o profissional de educação física, Elton Alves.
Ressalta-se que essas avaliações geram parâmetros únicos de evolução individual de cada avaliado.
Tipos de Avaliação Física
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Circunferências: um método simples de avaliação é a mensuração das circunferências.
Com uma fita métrica adequada consegue-se medir diversas regiões do corpo, informa profissional de educação física, Jacqueline Jeremias:
“Extraímos dados que podem indicar riscos de saúde, como o caso Relação Cintura-Quadril (RQQ), que através das medidas dessas duas regiões, comparado o resultado com os parâmetros científicos, podemos indicar ou não predisposição de doenças crônicas (diabetes e hipertensão, por exemplo).
Dobras cutâneas: esse método avaliativo utiliza o plicômetro (aquele famoso “alicate” que dá um leve aperto nas áreas avaliadas). Dois parâmetros muito importantes obtidos através dessa avaliação são o percentual de gordura e o percentual de massa magra.
“É normalmente feito do lado direito da pessoa avaliada e a quantidade de dobras depende da fórmula utilizada pelo avaliador (dobras é como chamamos as regiões do corpo que são “apertadas” pelo plicômetro)”, explica Elton Alves.
Bioimpedância: também avalia a composição corporal. Diferentemente das dobras cutâneas, a bioimpedância utiliza correntes elétricas com uma voltagem baixa que percorrem o corpo durante o exame. Essas correntes passam pelos polos que ficam no aparelho.
“Para isso precisamos que nossa pele esteja em contato com esses terminais. Uma balança octapolar, por exemplo, utiliza 4 polos nos pés e 4 polos nas mãos”, diz Jacqueline Jeremias.
Dentre as balanças de bioimpedância, há as que medem de maneira direta um segmento e por aproximação o outro segmento (como as balanças onde se apoia só os pés), e as que medem de maneira direta os dois segmentos (o caso das que apoiamos os pés e as mãos).
Os dados que extraídos desses exames são maiores que os das dobras, além de citar a massa magra e da massa de gordura, a quantidade e distribuição de água corporal e densidade óssea.
Avaliação postural estática: feita para identificar simetrias e assimetrias das estruturas corporais, essa avaliação analisa o paciente em posturas específicas.
“Com ela podemos identificar assimetrias dos membros e traçar estratégias de intervenção para cada indivíduo”, diz Jacqueline Jeremias.
Avaliação de força: um método cada vez mais procurado por praticantes de diversos tipos de treinos e modalidades
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Dentro dos métodos que avaliam a força de músculos e grupos musculares, existem os que utilizam o dinamômetro. Esses testes buscam identificar como está o desempenho muscular, se há a presença de assimetrias entre membros ou até mesmo assimetrias entre grupos musculares.
“Outros dados que conseguimos é a análise de força, potência e a resistência muscular. Comumente utilizado em laboratórios temos o dinamômetro isocinético. Com esse mecanismo conseguimos analisar a região do quadril, joelho e tornozelo, por exemplo”, enfatiza Elton.
A parte difícil desses equipamentos é a sua aplicabilidade no dia a dia, tendo em vista o alto custo e a escassez de lugares que ofertem o serviço ao grande público.
Como opção mais acessível existem os dinamômetros isométricos.
“Com esses aparelhos conseguimos extrair também dos dados de força, potência e resistência muscular, além de assimetrias.”, complementa Elton.
Com os dados gerados por essas avaliações, o profissional de educação física traçará estratégias mais assertivas na prescrição do treinamento, seja ele voltado para correção de assimetrias ou ganhos de desempenho.
Avaliação cardiorrespiratória: fundamenta-se em avaliar o funcionamento do sistema cardiovascular e cardiopulmonar diante de um esforço específico.
“Nele analisamos a taxa de recuperação cardíaca, a frequência cardíaca antes, durante e depois do teste de esforço. Esses dados servem para verificar a competência desses sistemas, sendo extremamente importante no desenvolvimento de diversas outras funções do corpo que interferem no dia a dia”, revela Jacqueline.
A avaliação dinâmica pode ser feita de diversas formas. Uma delas é através de vídeos (por apps, por exemplo). Na Avaliação por vídeo, ela consiste em analisar alterações que ocorrem normalmente na cintura escapular, quadril, joelho e tornozelo. É diante dessa análise dinâmica e de todas as outras analises já citadas que temos um mapeamento individual e completo de cada avaliado, independentemente do nível de atividade física ou esportiva que você tenha.
Para quem deseja alcançar melhores resultados nos treinos, prevenir lesões e ter um acompanhamento mais personalizado, a avaliação física é uma etapa necessária.
“É fundamental entender que cada corpo é único e reage de maneira diferente aos estímulos. A avaliação física completa é o ponto de partida para qualquer programa de exercício bem-sucedido”, destaca Elton Alves.
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Jacqueline Jeremias complementa:
"A avaliação não deve ser vista como um extra, mas sim como uma ferramenta essencial para garantir segurança e eficiência nos treinos. Independentemente do local em que você pratica suas atividades físicas – seja na academia, no parque ou até em casa – realizar uma avaliação completa irá guiá-lo a alcançar seus objetivos de maneira mais assertiva".
Com esse incentivo dos profissionais, fica claro que incluir a avaliação física no seu planejamento é o caminho para maximizar os resultados e cuidar da sua saúde.
Elton Alves é Bacharel em Educação Física - UFPE, especialista em hormonização, nutrição e treinamento feminino, pós-graduando em ciência da alta performance e prevenção de lesões, pós-graduando em reabilitação de lesões - da avaliação ao treinamento físico. @eltonalves.personal
Jacqueline Jeremias é Bacharela em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em reabilitação de lesões: da avaliação ao treinamento. Pós-graduanda em fisioterapia esportiva e pós-graduanda em biomecânica e cinesiologia ambas pela Uniguaçu. Membro do grupo de pesquisa e extensão LABGESP (Laboratório em gestão do esporte e políticas públicas) - UFPE. @jjacqueline.personal
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60+ na HospitalMed
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Com o envelhecimento da população brasileira, o segmento voltado ao público 60+, para rede de apoio de profissionais que atuam nessa área, ganha cada vez mais atenção. Na HospitalMed 2024, o Projeto Vida60+ Expo será um dos principais focos, reunindo empresas que oferecem produtos e serviços direcionados à longevidade saudável e segurança financeira. O evento acontece entre os dias 23 e 25 de outubro, no Pernambuco Centro de Convenções, movimentando o mercado com novas soluções voltadas para o público sênior, reforçando o potencial econômico do segmento de saúde e bem-estar.
Inscrições para corrida solidária estão abertas
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A escola bilíngue ABA Maple Bear realiza a 1ª Terry Fox Run, no Recife. O evento, que é solidário, acontece em todo o mundo e arrecada fundos para pesquisas contra o câncer infantil. A edição de Pernambuco da corrida acontece no dia 19 de outubro, no Parque Santana Ariano Suassuna, na zona norte do Recife, com aquecimento às 6h e largada às 7h30. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site https://bit.ly/TerryABAMaple. As categorias abrangem os seguintes percursos: Corrida Oficial, com 5km (idade mínima de 15 anos); Caminhada da Família, com 2,5 km (idade mínima de 10 anos); e Corrida Infantil, com 200m (entre 3 a 9 anos). Nessa primeira edição, toda a renda será revertida como doação para o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), instituição referência no tratamento de tumores ósseos, como o osteossarcoma, atendendo cerca de 90% dos casos desse tipo de neoplasia no estado.
Avanços em Odontologia são discutidos em evento gratuito
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Os avanços no ramo odontológico serão assuntos discutidos na Jornada de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) – localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão. Nos dias 17 e 18 de outubro, os participantes do evento, que será gratuito e durará o dia inteiro, poderão se inscrever em palestras e workshops com temáticas variadas. A programação completa pode ser conferida no site https://www.unit.br/pe/jornada-odontologica O tema escolhido foi “Avanços em Odontologia: Um Olhar para o Futuro”.
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Abordagem individualizada do câncer de mama é tendência na medicina
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O avanço da medicina e a melhoria das tecnologias têm levado a uma abordagem cada vez mais personalizada da saúde como um todo. No câncer de mama, ao qual é dedicado o Outubro Rosa, a individualização começa antes do diagnóstico e segue até o tratamento. Atualmente, existe uma recomendação geral de iniciar as mamografias anuais a partir dos 40 anos para ajudar na identificação precoce da doença, quando as chances de cura podem chegar até 95%, mas cada caso deve ser analisado minuciosamente. O avanço do câncer entre as mulheres mais jovens, especialmente no Brasil, onde 40% dos diagnósticos ocorrem em pacientes com menos de 40 anos. “O rastreamento personalizado tem sido uma tendência cada vez mais forte. Ele vem para melhorar a eficácia do rastreamento do câncer de mama, sob o princípio de que cada mulher é única e precisamos considerar seus fatores de risco para entender qual a melhor forma de buscar o diagnóstico precoce”, diz a médica radiologista Mirela Ávila.
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Antigo abatedouro público vira celeiro de oportunidades na periferia de Lagoa de Itaenga, na Mata Norte
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O antigo abatedouro público de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte, virou um "Nascedouro de Oportunidades" na periferia do município. O local foi transformado pelo Centro de Desenvolvimento Integral em Lagoa de Itaenga (Cedili), e agora abriga o Projeto Comunidade Meu Lugar - Envelhecer Bem, que oferece atividades e serviços de cidadania para toda comunidade, em especial, os idosos.
O projeto conta com aulas de pilates, recreação e lazer, de terça a quinta-feira. O espaço agora conta com duas salas para multiuso e uma para atendimento psicossocial, uma cozinha, banheiros com acessibilidade, salão com palco e tela de cinema, onde serão realizadas oficinas sobre diversos temas.
A reforma contou com a mão de obra dos moradores. “Este espaço representa mudança. Uma mudança que não é apenas física, mas também na de futuro. O Nascedouro de Oportunidades foi criado para proporcionar às pessoas – desde os mais jovens até os idosos– uma chance de crescer, de aprender e de se transformar. Aqui, cada pessoa encontrará oportunidades para desenvolver habilidades, compartilhar conhecimentos e, principalmente, resgatar sonhos” disse Denise Soares, presidente do Cedili, instituição que tem a concessão do espaço.
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“Estou muito feliz por participar desse momento tão importante para minha comunidade. O Cedili tem mudado a realidade de muitos aqui. Depois que comecei a participar desse projeto, minha vida é só alegria. Moro aqui faz 50 anos, e ver esse prédio se transformar desse jeito, é maravilhoso. Esse lugar agora é sinônimo de alegria e realizações” disse Maria José, de 72 anos, moradora da comunidade.
A obra teve o investimento de mais de R$100 mil. A iniciativa foi financiada pelo Fundo do Direito da Pessoa Idosa de Lagoa de Itaenga, juntamente com as empresas parceiras Nubank, Brasilcap, Edenred, Ticket Serviços e Bayer Brasil. A empresa Zoom Social atuou com captadora de recursos.
SOBRE A ONG – O Cedili é uma instituição social sem fins lucrativos e desenvolve atividades socioeducativas para crianças, jovens adultos, adolescentes e idosos. O centro desenvolve um papel importante na reurbanização da comunidade do Matadouro, em Lagoa de Itaenga, com a participação da população e o financiamento de grandes empresas.
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