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Rafael Dantas

Meetup Escobar & Mota discute cenário econômico e empresarial

Aconteceu ontem (27) o primeiro Meetup Escobar & Mota, com palestras de Fábio Menezes, sócio da TGI Consultoria em Gestão, e  Paulo Guimarães, sócio da Ceplan. O evento promovido pelo escritório de advocacia Escobar e Mota, dos sócios Gustavo Escobar, Renata Escobar e Antônio Mota, tem o objetivo de debater os cenários econômicos brasileiro e pernambucano.

O cenário de um tímido crescimento econômico e um turbulento momento político foram destacados nas palestras. A incerteza acerca da reforma da aprovação da previdência e as dificuldades de articulação política do presidente Jair Bolsonaro foram a tônica das duas palestras. Fábio Menezes descreveu que o cenário a que os empresários estão lidando é de “volatilidade” sem previsão para acabar.

Os números da economia mostram uma tendência de alta, de acordo com Paulo Guimarães, porém ainda instável. A Ceplan projetou que Pernambuco deverá crescer entre 3,5% e o Brasil em um patamar de 2%.  “Isso é preocupante, pois está muito aquém do que é necessário. O Brasil, como um País em desenvolvimento, deveria crescer numa taxa de 5%, mas para isso precisa realizar as reformas estruturais”, disse o economista. Ele apontou que pior que o cenário de crescimento lento é a retomada ainda mais lenta da geração de empregos.

Fábio Menezes, sócio da TGI Consultoria em Gestão e um dos palestrantes, afirmou que os acontecimentos políticos interferem nas perspectivas econômicas. “Está havendo uma guerra de narrativas, pouco se ouve falar em oposição e o próprio governo de Bolsonaro cria os problemas. E, desta forma, a flutuação econômica pode continuar. O mercado comprou a ideia de uma economia mais liberal com a equipe do governo de Bolsonaro, mas até quando as expectativas se sustentam se os resultados não aparecerem? Para os investimentos chegarem, a política tem que deixar a economia avançar”, disse.

Mesmo em meio as incertezas da crise política, que se arrasta por anos,  o consultor sugere manter a calma diante do cenário e ter estratégias. “Em consultoria, estamos sugerindo para algumas áreas segurarem os seus planejamentos, mas está chegando ao fim o primeiro trimestre e toda empresa precisa ter um planejamento. Então estamos trabalhando com duas expectativas, o planejamento no cenário bom e no ruim”, explica.

O consultor apresentou ainda um difícil cenário que o mercado de trabalho irá enfrentar com uma intensa substituição de mão de obra. Uma transição que já está em curso e que dificulta a melhoria dos indicadores de desemprego do País.

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