*Por Lu Bazante
Estamos começando março, o mês em que se comemora o dia das mulheres. Apesar de muitas conquistas, a mulher ainda tem uma longa maratona de conquistas pela frente. Desigualdade salarial, machismo, diferença na cobrança dos afazeres domésticos, menor possibilidade de ascensão hierárquica...são apenas alguns dos obstáculos que a profissional do sexo feminino precisa driblar em meio a essa corrida.
O machismo, aliás, é a raiz desses obstáculos e é um tipo de preconceito, que expresso por opiniões e atitudes, favorece os direitos do gênero masculino em detrimento ao feminino. Na prática, ele pode passar por julgar a mulher como inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais, mesmo que inconscientemente.
E por que inconscientemente? É que o pensamento machista está estruturado em nossa cultura e faz relativamente pouco tempo que tem sido discutido. Com o passar das décadas e as mudanças sociais, as mulheres tiveram mais oportunidades de escolhas. Aquela que antes se detinha aos afazeres domésticos, casamento e filhos, passou a ter um número maior de opções em sua vida.
Não se trata de uma mulher querer o lugar de um homem, mas de que essa mulher tenha igualdade de acesso a esse lugar que escolher. Até hoje, algumas pessoas pensam que as mulheres não podem assumir atividades que antes eram consideradas apenas masculinas, mesmo que não expressem verbalmente. Mas o cenário que vivemos comprova esse pensamento: Quantas mulheres caminhoneiras você já viu ou quantas mulheres são diretoras de grandes organizações? Agora, compare esse número com a quantidade de homens que já viu nas mesmas atividades. Percebe?
A sociedade em que vivemos ainda é, em sua estrutura, machista, o que é possível comprovar observando as desigualdades de direitos entre homens e mulheres, seja nos altos índices de assédio, violência, estupro, objetificação da figura da mulher, diferença salarial, entre outros exemplos.
É importante aproveitar todas as oportunidades para conversar e promover o diálogo respeitoso sobre o tema, entendendo que é importante dar voz àquelas que são oprimidas por esse preconceito e tanto têm a dizer. Também é importante igualmente discutir esse tema na formação dos lares e sistema educacional, além de construir na mulher a percepção sobre sua própria capacidade. De tanto escutar que as mulheres não são apropriadas para certas atividades, os pais acabam repetindo esse discurso para as próximas gerações. De tanto escutar que não podem assumir certas atividades, algumas mulheres acabam se conformando com aquilo que a sociedade julga que é melhor para elas e, muitas vezes, se vê apenas na condição de pessoa frágil e sem opções.
Que possamos cada vez mais construir esses espaços de diálogo e desconstrução do machismo, proporcionando igualdade de direitos e, acima de tudo, vidas saudáveis e felizes para as mulheres. Que, igualmente, possamos construir espaços para que essas mulheres entendam que podem fortalecer a sua mente, de maneira a alcançar seus objetivos. Existem métodos diversos que podem ajudá-las a conhecer sobre si, fortalecer a sua mentalidade a aprender a traçar seus objetivos, aliando processos terapêuticos, como terapia convencional, psicanálise ou hipnoterapia, com apoio profissional em paralelo para melhorar o seu desempenho, usando mentorias ou processos de coaching. É possível, mas precisamos manter o tema em pauta. Feliz mês das mulheres!
*Lu Bazante é coach e palestrante, especialista em Gestão da Qualidade e Produtividade, Auditora-líder em ISO 9001, practioner em PNL.