Mitos e verdades sobre a Fertilização in Vitro - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Mitos e verdades sobre a Fertilização in Vitro

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Um casal jovem e saudável deve tentar a gravidez naturalmente por um ano, durante os períodos em que a mulher está fértil. Segundo médicos especialistas em reprodução humana assistida, sete entre cada oito casais consegue atingir seu objetivo. Mas, quando a gestação não se confirma nesse prazo, vale a pena procurar uma clínica de reprodução assistida, que oferece técnicas que vão aumentar bastante as chances de sucess o. Segundo o Dr. Edson Borges Junior, diretor científico do Fertility Medical Group, a fertilização in vitro é responsável pelo nascimento de milhares de crianças no mundo inteiro desde 1978.

Vale lembrar também que, após os 35 anos, a chance de uma mulher engravidar cai significativamente, e continua se reduzindo com o passar dos anos. Como hoje em dia muitas mulheres buscam a estabilidade financeira e profissional antes de se tornarem mães, também se tornam candidatas à fertilização in vitro.

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O processo consiste em estimular os ovários da mulher, com medicamentos hormonais, para produzir mais óvulos. Eles são retirados (sem corte nem dor) e fertilizados em laboratório, com o sêmen do homem. Aqueles que são fertilizados com sucesso, em de três a cinco dias, são transferidos para o útero materno, e se tudo correr bem, a gravidez irá transcorrer normalmente.

Parece simples, mas não é bem assim. O último passo, que é a técnica de transferência de embriões, exige uma série de condições e precauções cruciais para dar certo. “Assim como um casal fértil, aqueles que estão em tratamento de fertilização assistida têm geralmente entre 20% e 25% de chance de engravidar. Por se tratar de um processo desgastante do ponto de vista emocional – e, muitas vezes, financeiro t ambém –, nosso objetivo dentro do laboratório é aumentar consideravelmente essa chance, elevando a taxa de gravidez”, explica o também diretor do Fertility Medical Group Dr. Assumpto Iaconelli.

Além disso, quando a fertilização in vitro é associada a bons hábitos, como não fumar nem beber, fazer exercícios regularmente, combater o stress e ter uma dieta equilibrada e saudável, a gravidez acontece com maior facilidade.

Mas, apesar de a medicina reprodutiva ter avançado muito nos últimos anos, suas técnicas ainda são desconhecidas por uma grande parcela da população. Daí a necessidade de se optar por uma boa clínica especializada, para atingir o objetivo, que é ter um filho. Para fazer essa escolha, o casal deve levar em conta cinco fatores: o histórico da clínica, tipos de tratamentos oferecidos, taxas de sucesso, custo do procedime nto e bom atendimento.

O casal deve saber ainda que, nem mesmo as técnicas mais avançadas de fertilização in vitro podem dar todas as respostas sobre como será o bebê. Ainda que exista uma investigação minuciosa dos espermatozoides e óvulos que serão fecundados em laboratório, os pais que passam por este processo não conseguem saber – nem escolher – se a criança será menino ou menina, como serão os cabelos, olhos, cor da pele ou altura. Por mais informação que se tenha, independentemente do grau de escolaridade dos pacientes, a reprodução assistida ainda é uma área médica que desperta muita fantasia, afirma o Dr. Edson Borges.

Completa Iaconelli dizendo: “ainda que existam casais que chegam à clínica querendo filhos gêmeos, ou pensando que podem escolher o sexo, essas duas opções são proibidas pelo Código de Ética do Conselho Federal de Medicina.”

O Código também determina a quantidade de embriões que podem ser transferidos para o útero. Em mulheres com menos de 35 anos, são no máximo dois; entre 35 e 40, três; acima de 40, no máximo quatro.

Cabe ao médico também esclarecer que a gravidez múltipla é uma complicação do tratamento, e não um sucesso. Quanto mais fetos, maior é o risco de complicações na gravidez e de nascimentos de prematuros.

Além disso, transferir um determinado número de embriões não é garantia de que todos se desenvolverão. As taxas de sucesso da fertilização são de 40% – índice que varia de acordo com a idade da mãe –, o que significa que seis em dez casais não conseguem atingir o objetivo da gestação.

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