Mostra Canavial de Música Instrumental começa hoje (10)

Reunindo atrações locais e de outros estados do Nordeste, a 5ª mostra será realizada entre quarta-feira (10) e domingo (14) em Nazaré da Mata e Condado. Foto: Ederlan Fábio

A Mostra Canavial de Música Instrumental chega a sua 5ª edição em 2024. Entre os próximos dias 10 e 14 de abril, moradores e visitantes da Zona da Mata Norte de Pernambuco poderão contemplar 13 diferentes espetáculos que serão realizados por artistas, bandas, orquestras e bandas filarmônicas, de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, em Condado e Nazaré da Mata. Diferentes vertentes da música instrumental se encontrarão nessas cidades, promovendo uma comunicação universal e transcendendo barreiras linguísticas e culturais. O público vai poder conferir coco, ciranda, forró, maracatu rural, cavalo marinho e frevo em acordes instrumentais, e sempre de forma gratuita.

“As bandas filarmônicas têm uma longa tradição na região, remontam há séculos de história. Elas ajudam a preservar e promover a cultura local, mantendo vivas as tradições musicais da Zona da Mata Norte. Durante a 5ª Mostra Canavial de Música Instrumental, o público vai poder conferir o encontro entre bandas e também artistas e grupos da região e de Vicência, Recife, Garanhuns, Natal, João Pessoa” comentou o produtor cultural e coordenador do evento, Ederlan Fábio.

No primeiro dia da mostra, quarta-feira (10), a sede da Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena – Capa Bode, localizada na Praça Herculano Bandeira em Nazaré da Mata, vai receber uma experiência intitulada Movimento Sonoro. Haverá um intercâmbio entre a Orquestra Capa Bode, com seus 136 anos de história, patrimônio vivo de Pernambuco desde 2010, e Nino Alves, artista de Garanhuns, Agreste de Pernambuco. A programação acontecerá às 10h e às 17h deste dia e se repetirá nos mesmos horários na sexta-feira (12).

Também na sexta-feira, haverá apresentações memoráveis na Igreja Nossa Senhora das Dores, em Condado. Às 20h, a Banda XV de Novembro de Vicência entrará em cena; na sequência, 20h45, será a vez da Desdobrado Trio, do Recife, mesclando vivência erudita com popular; e a noite será encerrada, às 21h30 com a Orquestra das Meninas de João Pessoa (PB). Já em Nazaré da Mata, na mesma noite, a partir das 20h, a Igreja Nossa Senhora da Conceição receberá a atração musical Som do Sol Duo, de Recife.

No sábado (13), a Mostra Canavial de Música Instrumental se fará presente na Praça Herculano Bandeira, a famosa Praça do Frevo, em Nazaré da Mata. A Banda Capa Bode e Nino Alves estarão juntos mais uma vez às 20h. Depois Marco César, de Recife, apresentará a sua arte às 21h. Também do Recife, Nelson Brederode e a charada sincopada estarão no palco às 22h. E o fim da noite de festa se dará com o experiente acordeonista Beto Hortiz às 23h.

No último dia da Mostra Canavial de Música Instrumental, domingo (14), a mesma Praça do Frevo reunirá o público para mais quatro espetáculos. A programação vai comerçar mais cedo, às 16h, com Lídia Fernandes Trio do Recife. Às 17h, com grandes clássicos instrumentais jazzísticos, a Big Band Jerimum Jazz, de Natal (RN), começa a tocar. Já Wallace Seixas Trio, do Recife, que já levou o seu jazz para vários países do mundo, subirá ao palco às 18h. O encerramento da Mostra será com a Orquestra de Frevo Zezé Corrêa, de Aliança às 19h. A programação será realizada com incentivo da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura.

O evento será acessível, pois haverá legendas para surdos e ensurdecidos nos teasers; reserva de espaço para pessoas em cadeiras de rodas e assentos para pessoas com deficiência motora e/ou mobilidade reduzida. Além disso, o evento contará com intérprete de libras para tradução dos shows e serviço de atendimento e informações a pessoas com deficiência auditiva, antes e depois das apresentações. A acessibilidade também se fará presente nos espaços físicos: móveis, rampas, equipamentos, tudo adequado.

.PATRIMÔNIOS – A Mostra Canavial realiza a difusão de artistas e grupos musicais, contribuindo com aspectos culturais e econômicos dos municípios da região. O evento promove a música instrumental de forma conectada à história e aos patrimônios da Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco, de forma acessível, gratuita e com qualidade. O objetivo é fazer cultura viva e perpetuar o legado musical da região. O projeto se apoia nos monumentos históricos que marcaram o desenvolvimento da música por entre os canaviais, são engenhos, capelas, vilarejos, e igrejas que guardam sonoridades de tempos memoriais.

“Muitas composições musicais instrumentais têm uma longa história e são consideradas parte do patrimônio cultural de uma sociedade, transmitindo conhecimento sobre períodos históricos e tradições passadas. A música instrumental também funciona como uma fonte de inspiração para novas criações musicais e experimentações, impulsionando a inovação”, explicou, Ederlan Fábio.

Portanto, durante a 5ª edição da mostra, o patrimônio imaterial, música instrumental, vai estar imerso no patrimônio material – sede de banda histórica, igrejas, praça. A sede da Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena – Capa-Bode – espaço de formação musical, que é Patrimônio Vivo do Estado e Ponto de Cultura. Outro ponto festivo desta edição é a Praça HercuPraça do Frevo. Os músicos já passaram por outras duas casas, mas consideram essa como definitiva. No espaço acontecem ensaios e reuniões. As recordações de 136 anos de história estão nas fotografias e pôsteres nas paredes, junto à imagem de Santa Cecília, padroeira dos músicos.

A Catedral Nossa Senhora da Conceição da Diocese de Nazaré repousa sobre o mesmo solo que abrigou a primeira ermida dedicada à Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em 20 de janeiro de 1806. A assistência religiosa era provida pelo Reverendo Luiz José da Silva, capelão do Engenho (A)Lagoa d’Anta. A construção da ermida foi supervisionada por uma comissão eleita pela comunidade, conforme estabelecido na escritura de doação do terreno. Essa Ermida de Nossa Senhora da Conceição de Nazaré foi elevada à categoria de Matriz com a criação da Paróquia (Freguesia), conforme estipulado pela lei nº 75 de 30 de abril de 1839. Já a Paróquia de Nossa Senhora das Dores ou Paróquia ou Paróquia do Condado, por muito tempo não foi conhecida com esses nomes. Ela era a Paróquia de Nossa Senhora do Ó, sediada na Vila de Tapaóca. Foi desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora do Rodário, de Goiana, em 1859. Em 1934, a sede foi transferida pela Vila de Goianinha.

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