Se por um lado o catálogo variado de filmes e séries é encarado como ponto forte da Netflix, por outro, pode ser também grande vilão na hora de escolher o que assistir. Sendo assim, sempre é bom quando surgem listas que apontam o caminho e facilitam a vida dos cinéfilos assinantes do serviço de streaming.
Nesta lista, indico três filmes de nacionalidades diferentes que marcaram presença no Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo.
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Bem no estilo Onde Os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Coen, a produção americana Hell or High Water (no Brasil recebeu o título de A Qualquer Custo) é um faroeste moderno, impregnado da melancolia de um xerife prestes a se aposentar, Marcus Hamilton (Jeff Bridges), e sua caçada incansável a dois irmãos assaltantes de banco, Toby e Tanner Howard, interpretados por Chris Pine e Ben Foster, respectivamente. Recebeu três indicações ao Oscar, entre elas a de Melhor Filme. Em Cannes, concorreu, em 2016, na categoria “Um Certo Olhar”, mostra paralela à competição oficial.
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Considerado o Tarantino da Coreia do Sul, Chan-wook Park está entre os cineastas de maior prestígio do país. Seu trabalho mais conhecido é a Trilogia da Vingança, com os filmes Mr. Vingança (2002), Oldboy (2003) e Lady Vingança (2005). Seu último longa, A Criada, mantém o bom nível das produções anteriores. Carregado de erotismo e violência, apresenta uma trama marcada por grandes reviravoltas. Na história, a jovem Sookee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar como criada para Hideko (Kim Min-Hee), uma herdeira nipônica que vive em uma casa isolada com um tio autoritário. Mas Sookee tem outros planos para Hideko: planeja, ao lado de um vigarista, roubar a fortuna da jovem e prendê-la em um sanatório.
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Ganhador do prêmio de melhor roteiro em Cannes em 2018, o filme italiano Lazzaro Felice acompanha a jornada de Lazzaro, um jovem doce, por demais ingênuo, cara de santo, como o próprio nome sugere, inspirado no personagem bíblico. O longa trata das relações de poder em uma mistura de realidade e fantasia. Surpreende o espectador ao dividir a trama em duas partes, com propostas bem diferentes. De cara, chama a atenção a bela cinematografia, trabalho realizado pela experiente diretora de fotografia francesa, Hélène Louvart. O longa foi todo filmado em 16mm. É o terceiro filme da diretora italiana Alice Rohrwacher.