Nossa relação com a comida vai além do paladar, envolve todos os sentidos. Somos atraídos desde as cores de um prato ao aroma que exala. É uma experiência completa. Street Food: Ásia, série documental da Netflix, trata dessa experiência.
Street Food: Ásia é produzida por David Gelb, mente criativa por trás de Chef’s Table, outra série de culinária do serviço de streaming. A diferença entre elas está no ambiente: saltamos dos requintados restaurantes, muitos deles classificados como melhores do mundo, para o burburinho das ruas. Ao todo são nove episódios protagonizados por personagens e pratos que revelam um pouco da cultura asiática. Exemplos como o da centenária Mbah, que, apesar da idade, ainda trabalha nas ruas de Yogyakarta, cidade da ilha de Java, na Indonésia. Ela vende Gudeg, comida tradicional feita com jaca assada acompanhada de ovo, frango ou carne de boi crocante.
O programa mostra o embate entre a tradição e o novo olhar proposto pelos mais jovens no trato com as receitas clássicas. Como acontece com Aisha Hashim, de Singapura. Aisha sofreu resistência dos pais quando decidiu utilizar maquinários industriais para processar os ingredientes de um doce chamado Putu piring, um bolinho de arroz no vapor recheado com açúcar de palma derretido. Após a mudança, conseguiu diminuir o tempo de processamento da farinha de arroz de dez para duas horas.
Street Food: Ásia desvela histórias de vida que inevitavelmente se entrelaçam à história da criação de cada receita. É certeira a afirmação de Kevindra P. Soemantri, crítico gastronômico entrevistado na série: “a comida de rua representa o povo e sua cultura.”
A nova temporada estreia na Netflix no dia 21 de julho, agora com foco na América Latina.