Em 20 anos, 75% dos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso
Manoel Ribeiro tinha 54 anos quando começou a tratar o diabetes. O representante comercial pernambucano pesava 131 quilos, não fazia atividades físicas e tinha péssimos hábitos alimentares. Hoje, três anos depois e 30 quilos a menos, ele se exercita diariamente, faz tratamento medicamentoso para manter as taxas de glicose normalizadas e agora possui dieta saudável. Seu Manoel é um entre as 828 milhões de pessoas no mundo com o diagnóstico, segundo a mais recente publicação da revista científica “The Lancet”, com base em estudo feito pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa estima haver 22 milhões de diabéticos no Brasil e, dentre eles, cerca de 5 milhões desconhecem que vivem com a condição. Os analistas apontam que a obesidade e a má alimentação são os principais fatores para o aumento da doença em escala global. Aqui no país, estima-se que 75% dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso em 20 anos.
“Toda obesidade um dia foi sobrepeso. Na verdade, são espectros da mesma doença. Ninguém se torna obeso do dia para a noite”, provoca a endocrinologista Karina Santos.
Com mais de 13 anos de experiência na especialidade, o principal foco de atuação da médica tem sido em obesidade e sobrepeso, identificando padrões alimentares disfuncionais e os diversos fatores e comportamentos que influenciam no surgimento e no tratamento desses males.
“A obesidade é uma doença crônica, que pode reduzir a expectativa de vida de oito a dez anos. Aumenta o risco não apenas do diabetes, mas também da hipertensão, doenças do coração (como angina e infarto), acidente vascular cerebral (AVC), além de diversos tipos de câncer”, orienta.
CONSCIENTIZAÇÃO – Durante o Novembro Azul, mês de conscientização sobre o diabetes, entidades médicas lembram que a detecção precoce e a consulta médica são essenciais para prevenir o avanço da doença, que age silenciosamente no nosso corpo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o Brasil é o 6º país com mais casos de diabetes no mundo e cerca de 70% dos pacientes só descobrem depois que surgem complicações (danos de nervos e artérias, o que favorece infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A pré-diabetes, estágio clínico que antecede a diabetes tipo 2, pode já ter atingido mais de 17 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com dados da 10ª edição do Atlas da IDF.
“Quanto antes se inicia o tratamento, maiores as chances de bons resultados em longo prazo. Isso porque seu cérebro ‘grava’ o peso máximo alcançado na vida como seu peso normal e ele vai desenvolver mecanismos para que você sempre volte a esse estágio da balança. Além de ficar de olho nos números, é fundamental prestar atenção a padrões alimentares disfuncionais, como o comer emocional, fissura por doces, dificuldade de saciedade, que devem ser tratados assim que surgirem. Não se pode esperar a obesidade para buscar ajuda profissional”, alerta a endocrinologista.
Você sabe a diferença entre os tipos de diabetes?
Tipo 1 – O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. É resultante da destruição autoimune das células produtoras desse hormônio. O diagnóstico do tipo 1 acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.
Tipo 2 – Nesse caso, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.
Gestacional – Durante a gravidez, a mulher passa por mudanças hormonais. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. Então, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar. Em algumas mulheres, contudo, o processo não acontece e elas desenvolvem o diabetes gestacional, aumentando o nível de glicose no sangue.
Pré-diabetes – O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos e hipertensos estão no grupo de alto risco. O perigo é que 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença, além de se tornarem propensos a infarto e derrames.
Karina Santos é médica endocrinologista @karinasantosendocrino
Rio Doce Beneficente: futebol e solidariedade reúnem artistas, políticos, ex-jogadores e sociedade olindense
No dia 7 de dezembro, o Estádio Grito da República, em Olinda, será palco do Rio Doce Beneficente, uma partida de futebol solidária que reúne amigos, políticos, artistas e ex-jogadores em prol de uma boa causa. O evento começa às 13h e a entrada é 1 kg de alimento, que será doado às instituições carentes da região. Organizada por amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, a partida tradicional busca união esportiva e solidariedade, além de celebrar o espírito de união e amizade no final de ano.
Gledson Ricca, um dos organizadores do evento, comenta:
“O Rio Doce Beneficente não é só uma partida de futebol; é um encontro que reflete a união e a vontade de ajudar. O mais importante é ver as pessoas contribuindo e se divertindo por uma causa maior”, diz Gledson
A confraternização de final de ano já se tornou um marco em Olinda, trazendo emoção dentro e fora do campo. Em 2024, o Rio Doce Beneficente reúne os amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, além de artistas e ex-jogadores que, de forma voluntária, se juntam para um dia de muito futebol e solidariedade. A animação será garantida pelo grupo de pagode Reconkista, que se apresentará ao longo do evento para envolver o público em um clima festivo e descontraído.
A partida será composta por dois tempos especiais, criados a partir dos amigos de Lupércio e Gledson. Para o público, além de assistir a um jogo cheio de emoções, o evento é uma oportunidade de contribuir com a comunidade, uma vez que os alimentos arrecadados serão destinados a instituições locais de apoio social.
Mais do que uma competição, o Rio Doce Beneficente é uma celebração de amizade, solidariedade e comunidade. Os organizadores esperam que, assim como em anos anteriores, o evento inspire ainda mais pessoas a participarem e doarem, promovendo um Natal mais generoso para aqueles que mais precisam.
“Esperamos todos para mais um dia de muita alegria e ajuda ao próximo”, finaliza Gledson Ricca.
Informações: @riodocebeneficente
Dormir com maquiagem não é inofensivo
Hábito causa alergias, irritações e acelera o envelhecimento
Fim de ano batendo à porta e a agenda começa a ficar mais intensa, com formaturas, confraternizações de trabalho, amigos e familiares. Tantos eventos e tantas maquiagens por fazer, não é mesmo?! E, quando chega em casa, você cai no sono e dorme com o que restou da produção? Mas, olha, esse hábito pode até parecer inofensivo, mas traz sérios riscos à saúde da pele. Os dermatologistas alertam: cosméticos comuns contêm substâncias que, quando acumuladas, podem acelerar o envelhecimento, além de causar alergias e irritações.
Ao longo do dia, nosso rosto acumula sujeira e poluição, sem contar com os resíduos dos produtos que passamos pela manhã. Durante a noite, nosso corpo sofre com a alteração de temperatura e dos hormônios, o que deixa a pele mais permeável.
“O atrito do nosso rosto com o travesseiro também obstrui os poros e, dependendo do tecido, pode causar alergias e irritações. É, inclusive, o cenário ideal para o aparecimento de espinhas e cravos”, lembra a dermatologista Marina Coutinho.
Enquanto estamos dormindo, a pele entra em vários processos de regeneração. Os hormônios de crescimento liberados pelo nosso organismo fazem com que a pele se renove com mais facilidade. E, nesse momento, nossa pele ainda produz mais colágeno.
“Quando se dorme de maquiagem ou não dorme o suficiente, acaba perdendo uma boa parcela dessa renovação mais potente, pois, ou você não está dormindo ou está bloqueando a pele e os poros, dificultando essa renovação mais saudável”, explica Coutinho.
Outro detalhe é que muitas das maquiagens contêm derivados de petróleo, que podem ter impurezas e materiais pesados.
“Essas substâncias podem aumentar os riscos de irritações e alergias, especialmente se ficarem na pele por longas horas. Não deixe que a preguiça lhe impeça de proteger a pele. Para uma rotina segura, remova toda a maquiagem antes de dormir e consulte sempre um dermatologista para orientações personalizadas”, indica a especialista.
FIQUE DE OLHO – Produtos para cílios e pálpebras podem causar infecções e alergias, quando não removidos adequadamente. Maquiagem com proteção UV, assim como o protetor solar sem cor, precisa ser removido para evitar o acúmulo de resíduos e danos à pele.
5 Benefícios de remover a maquiagem antes de dormir
- Ação antioxidante: o ato de demaquilar remove as toxinas e impurezas do nosso rosto, o que retarda e previne o envelhecimento precoce da pele;
- Higienização e limpeza da pele: É só comparar um dia que você dormiu de make, para outro que fez o ritual de limpeza direitinho, vai ver a diferença na hora;
- Redução da oleosidade: ao manter o rosto limpo, deixamos os poros livres de obstruções, o que impede o acúmulo de sebo e o desenvolvimento da oleosidade;
- Redução de cravos e espinhas: com a pele limpa, poros livres e sem oleosidade excessiva, também reduzimos a resposta inflamatória da pele, diminuindo a população de cravos e espinhas;
- Previne alergias e irritações: muitas vezes as maquiagens possuem ingredientes sintéticos nas suas fórmulas, então, ao dormir de pele maquiada, estamos criando um cenário perfeito para irritações e possíveis alergias.
@dermatomarinacoutinho