A oficina RECIFE CIDADE PARQUE / Recentro – construindo uma visão urbanística integradora da Ilha de Antônio Vaz acontece no Rec’n’Play, na Escola Técnica Porto Digital (Av. Rio Branco, 193) hoje, dia 18 (quarta-feira). Serão sete horas de atividades, realizadas das 10h às 17h, destinadas a urbanistas, arquitetos, paisagistas, engenheiros, geógrafos, historiadores, entre outros. Organizada pelo Recentro e pelo Recife Cidade Parque – Plano de Qualidade da Paisagem (projeto de pesquisa desenvolvido por meio de um convênio entre a UFPE e a Prefeitura do Recife), a oficina tem o objetivo de promover uma visão urbanística integrada dos bairros que compõem a Ilha de Antônio Vaz: São José, Santo Antônio, Cabanga e ilha Joana Bezerra no Centro Histórico.
A oficina terá como curador Francisco Cunha (consultor da TGI e presidente do Conselho de Administração da Agência Recife para Inovação e Estratégia – Aries) e terá como coordenadores os professores da UFPE Roberto Montezuma, Luiz Vieira e Fabiano Diniz e os pesquisadores Evandro José (UFPE), Milla Avellar Montezuma (Instituto para Educação das Águas – Unesco/Governo Holandês), Alexandre Campello (UFPE), Marta Roca (UFPE), Patrícia Menezes (UFPE) e outros convidados. A participação é aberta ao público interessado. E a capacidade é para 20 participantes – as vagas serão preenchidas por ordem chegada.
A Ilha de Antônio Vaz pode ser interpretada como uma “Ilha de todos os tempos” da arquitetura e do urbanismo do Recife – desde o século XVI até o século XXI. Para entender a proposta da oficina é preciso conhecer um pouco da história do Recife. A Ilha de Antônio Vaz faz parte da antiga Cidade Maurícia, erguida durante a dominação holandesa. A área foi arrasada pela Guerra de Restauração. Ao ser reerguida transformou-se com as construções sacras, destacando-se as características Barroca e Rococó. Uma estética que se manteve até metade do século XX, quando os bairros centrais foram impactados com a construção das avenidas Guararapes e Dantas Barreto. “Os bairros de Santo Antônio e São José foram objeto de uma espécie de esquartejamento. O resultado dessas intervenções esquartejadoras foi um território desconectado que não consegue ser ‘lido’ pelo transeunte, inclusive com a perda de articulação do extraordinário patrimônio Barroco/Rococó”, explica Francisco Cunha.
Em 2019 o Workshop Internacional Recife Exchange Holland (RXN), realizado por pesquisadores pernambucanos e holandeses, lançou uma visão urbanística contemporânea para a Ilha de Antônio Vaz. Essa visão deve se integrar ao atual convênio de pesquisa e inovação entre a PCR e a UFPE, o RECIFE CIDADE PARQUE – Plano de Qualidade da Paisagem. Projeto que tem como objetivo a reinvenção do Recife a partir da estrutura hídrica da cidade, composta pelas bacias dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e pela frente marinha.
O resultado da oficina servirá de importante insumo para os estudos prospectivos que estão sendo elaborados para construção do plano estratégico Recentro na Rota do Futuro, desenvolvido sob a coordenação do Recentro.
Serviço:
A oficina RECIFE CIDADE PARQUE / Recentro – construindo uma visão urbanística integradora da Ilha de Antônio Vaz
Onde: Rec’n’Play, na Escola Técnica Porto Digital (Av. Rio Branco, 193)
Quando: 18 de outubro (quarta-feira), das 10h às 17h
Gratuita
*A capacidade é para 20 participantes – as vagas serão preenchidas por ordem chegada.