Painel Mensal da Agenda discutiu as expectativas sobre as Eleições 2022 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco
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Rafael Dantas

Painel Mensal da Agenda discutiu as expectativas sobre as Eleições 2022

A tradicional Agenda TGI, maior evento empresarial de final de ano de Pernambuco, promove agora paineis mensais em formato digital. Na segunda edição do Painel Mensal da Agenda TGI, Francisco Cunha tratou sobre "O que esperar das eleições?".

Antes de tratar do pleito eleitoral, o consultor trouxe a preocupação da insustentabilidade do modo atual de produção e consumo planeta. Ele alerta como as mudanças climáticas ameaçam o mundo, caso mantenha a mesma direção de uso excessivo dos recursos naturais.

Após navegar por dificuldades críticas globais, com a manutenção da guerra da Rússia e Ucrânia e com o avanço da inflação mundial, Francisco Cunha destacou que no Brasil há um cenário econômico positivo em 2022. O crescimento do PIB, puxado pelo comércio e serviços represados na pandemia, e a melhora da balança comercial são as principais notícias do semestre. "O número de desempregados caiu abaixo de 10 milhões desde 2016. Essas foram as boas notícias".

Apesar de alguns bons indicadores econômicos em 2022, Francisco Cunha tratou de uma pergunta: "Porque o PIB cresce e há uma sensação de mal estar persistente no Brasil?" A criação de empregos mais precários e a fraqueza da renda são alguns dos motivos que explicam esse sentimento da população. Há indicadores elevados ainda de miséria no País e de fome na base da pirâmide social.

O QUE ESPERAR DAS ELEIÇÕES?

"Mais uma vez estamos fazendo uma campanha presidencial sem que se discutam questões essenciais. Os debates foram levados a questões de costumes, religião e acusações. Temas que não não essenciais, mas superficiais. Temos hoje mais de 60% da população em insegurança alimentar leve. Com isso não podemos dizer que a economia está indo bem. São 33 milhões de insegurança grave", afirmou o consultor.

Ele destacou vários indicadores que expõem as dificuldades sociais e econômicas, com níveis enormes de misérie e pobreza, principalmente na metrópole. "Nada disso está sendo discutido nos debates eleitorais. Nesse momento, a batalha contra a fome e a pobreza é mais importante que a bataha contra a desigualdade social. Regredimos quase três décadas".

"Pernambuco representou o maior aumento da pobreza, entre 2019 e 2021 no Brasil. Foi o Estado onde a pobreza mais cresceu, segundo o estudo da FGV Social. Pernambuco é também o quarto lugar no Brasil em população de pobres em 2021, com 50,32% dos pernambucanos considerados pobres", afirmou Francisco Cunha.

Para o Estado, o consultor destacou uma declaração de Visão para 2037, que foi enviada pela TGI e Algomais para os candidados ao Governo de Pernambuco neste ano, bem como o desafio da próxima gestão estadual.

No agregador das pesquisas apresentadas na última semana, Francisco Cunha destacou a 12% de diferença entre Lula e Bolsonaro, mas também o crescimento das demais candidaturas. Apesar da vantagem, ele aponta a perspectiva do segundo turno, ancorada pelas medidas de incentivo econômico que foram aprovadas pelo congresso.

"Conclusões parciais: O problema do acrescimento global é sério, como se mostram os eventos do clima mais próximos uns dos outros. A economia do mundo tende diminuir acentuadamente em 2023. Nas eleições presidenciais, o cenário de hoje sinaliza um segundo turno onde deve se dar "guerra do fim do mundo" no País. Em Pernambuco, tudo indica haver segundo turno entre a primeira colocada e quem conseguir se firmar na segunda posição. Tudo indica hoje que o segundo será Marília Arraes e um dos quatro demais candidatos".

Para participar da próxima edição do Painel Mensal da Agenda TGI, assine a Algomais: assine.algomais.com

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