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Pernambuco consolida balança comercial positiva, mas registra queda nas exportações

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Setor automotivo e produtos derivados ainda lideram exportações, enquanto Argentina se torna principal destino

*Por Rafael Dantas

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Pernambuco está prestes a completar uma década com uma balança comercial positiva. As operações da Stellantis e dos sistemistas do pólo automotivo são fundamentais nesse cenário. 

“No histórico de Pernambuco, um dos grandes motivadores desta inversão da dinâmica de internacionalização é o inicio do polo automotivo em Goiana. O início da produção e exportação de veículos aumentou muito o volume financeiro das exportações em função do valor agregado dos carros, contribuindo fortemente na mudança radical da pauta exportadora”, destacou João Canto.

Além da exportação de automóveis, outros protagonistas dessa pauta exportadora são os produtos derivados de petróleo, químicos, vidros, baterias automotivas, cerâmicas, alimentos, frutas, entre outros, além do tradicional açúcar.

No entanto, as exportações no Estado após atingirem o pico em 2022 estão em queda desde então. Apesar disso, o saldo comercial segue positivo, devido a uma queda também nas importações.

“As importações vêm caindo desde 2022, de fato. Entre 2023 e 2022, a queda foi de 11%. Em 2024, o dado projetado em relação a 2023 é de uma nova baixa de 8,7%”, afirmou João Canto, vice-presidente do Iperid.

Entre 2016 e 2023, houve um aumento também do número de players entre as  médias e grandes empresas no Estado. “Houve um leve crescimento, de 181 empresas em 2016 para 203 em 2023. Embora o crescimento seja menos expressivo que nas pequenas empresas, ele reflete uma possível expansão industrial”, afirma a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEPE, Sthefany Miyeko.

Mesmo com um número total de exportadores no Estado de aproximadamente 300 empresas, Urbano Nóbrega, da Agência Condepe-Fidem destaca que o volume de negócios está concentrado em pouquíssimos setores. “Os principais itens da nossa pauta são os óleos combustíveis, os veículos passageiros, açúcar e melaços, além das frutas. Nesses quatro grupos de produtos estão mais de 70% das nossas exportações”.

Outra mudança recente no cenário de exportações de Pernambuco é no destino. Até o ano passado, Singapura era o País que mais recebia os produtos do Estado. Porém, em 2024 a liderança volta ser da Argentina. 
Uma curiosidade da experiência pernambucana nas exportações é sobre a China. O gigante asiático, que é o principal destino da maioria dos produtos brasileiros e líder de muitos estados, aparece em 2024 apenas como o 15° destino dos produtos made in Pernambuco.

*Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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