Gente & Negócios

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Rafael Dantas

“Pernambuco é referência mundial em prestação de serviços para jogos”

Rodrigo Carneiro, diretor da Abragames, representante do estado de Pernambuco, e CEO da PUGA Studios, fala sobre o crescende mercado de games e sobre o posicionamento das empresas pernambucanas nesse mercado. Vários pernambucanos atuam no segmento, que gera algumas centenas de postos de trabalho principalmente no Recife. Com o home office, muitos profissionais estão trabalhando para empresas nacionais ou mesmo de outros países.

Quais os números mais recentes de faturamento que vocês estimam que o segmento de games movimenta no Brasil?
Segundo a Newzoo (quadro em anexo), a indústria brasileira de games movimentou cerca de USD 2,1 bilhões em 2021 e há uma tendência de crescimento de aproximadamente 6% para 2022. Acredito até que será mais, já que existe um bom movimento no Brasil em relação à chegada e atração de investimentos de grande porte. Com esses números de 2021, o Brasil se tornou o maior mercado da América Latina e chegou à décima segunda posição no ranking mundial.

O Brasil é um grande mercado consumidor de games?
O Brasil é o quinto maior mercado consumidor de games no mundo.

A pandemia ampliou o público consumidor de games no país? Vocês identificaram alguma mudança do perfil de consumo nos últimos dois anos?
Durante a pandemia, os gamers brasileiros jogaram 76% mais que antes da pandemia, segundo a Pesquisa Games Brasil. Houve uma grande necessidade das pessoas conseguirem socializar de forma remota e, principalmente, terem momentos de distração para tentar esquecer, mesmo que por poucas horas, o que estava acontecendo no mundo. Os games foram uma das formas das pessoas se sentirem menos isoladas.

Quais as principais oportunidades para quem deseja trabalhar no segmento ou empreender na área?
Estamos no momento mais aquecido da indústria de games. Uma das maiores dificuldades das empresas é conseguir mão de obra de alta qualidade para trabalhar em novos produtos e em serviços. Há uma alta demanda de profissionais especializados em programação e em arte para jogos, por exemplo. Na PUGA Studios, empresa a qual sou CEO, em 2022 estamos trabalhando para mais que dobrar o time da nossa produção em comparação a 2021.

Pernambuco possui um polo tecnológico importante, principalmente no Porto Digital, com muitas empresas de TI. O Estado é forte no segmento de games também?
Pernambuco é referência mundial em prestação de serviços para jogos. Hoje, somos o principal polo do Brasil e da América Latina em exportação de serviços de jogos para empresas de todos os tamanhos na indústria global.

Quais as perspectivas para o setor nos próximos anos?
Vamos continuar crescendo de forma orgânica e teremos novas empresas de altíssimo nível nascendo no Brasil. Já estamos vendo e veremos cada vez mais empresas estrangeiras investindo, adquirindo e criando bases na indústria brasileira de jogos, ou seja, quem quiser ingressar na área, é o momento de estudar e se especializar cada vez mais.

Quais são os principais desafios para as empresas e profissionais do segmento?
O principal desafio para as empresas de games é o mesmo da indústria atual de tecnologia: mão de obra disponível e capacitada. Para os profissionais, principalmente os que estão iniciando, o principal desafio é conseguir criar um portfólio que consiga dar match com as empresas da indústria, pois somos exigidos a entregar um alto nível de qualidade. A mágica acontece quando você consegue de forma estratégica criar essa mão de obra especializada e, ao mesmo tempo, realizar entregas no nível exigido pelos clientes e consumidor final.

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