Recife Coffee 2017 se despede com palestra diferenciada sobre o mercado e consumo de cafés

Com cerca de 20 mil Sugestões do Barista vendidas nos 30 dias em que ficou encartado, o Recife Coffee 2017 se despediu, nesta quinta (1º), com o workshop Cafés Especiais – Mercado e Consumo, promovido pela organização do festival, em parceria com o Sebra-PE, no auditório da Associação Pernambucana dos Atacadistas e Distribuidores (ASPA), no Pina, Zona Sul do Recife.

O evento foi apresentado pela dupla Emílio Rodrigures – especialista em cafés e fundador da Casa do Barista (RJ) – , e o sócio-diretor da CoffeeBar em PE, Alexandre Ventura. Na ocasião, que teve mediação do barista e coordenador do Recife Coffee, Alan Cavalcanti, foram abordados pontos como os critérios que definem um café ou cafeteria especial – que, na opinião da dupla de palestrantes, devem abranger desde os aspectos naturais de cultivo do café, passando pela colheita personalizada, até o atendimento mais intimista e inclusive a temperatura da xícara, com que a bebida é servida nas cafeterias.

Para Alexandre, um ponto importante a ser considerado, cada vez mais, pelas cafeterias é a disponibilização de cafés especiais, não só para consumo interno nesses espaços, como também para compra pelo consumidor, tendo em vista que cerca de 60% do consumo de café no Brasil advém do varejo, sendo consumido nas residências. “Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 55% das cafeterias são especiais e apostam também nessa perspectiva de vender produtos diferenciados para que o visitante os leve para consumo em casa”, comentou Ventura, que apontou ainda o crescimento do consumo de cafés especiais em ambientes fora de casa, principalmente pelo público mais jovem, que vem aderindo à bebida enquanto item indispensável do dia-a-dia, e busca conhecer cada vez mais sobre o ‘pretinho’ (2ª bebida mais consumida no Brasil e no mundo).

Emílio, por sua vez, comentou que as cafeterias, as quais se propõem a investir em grãos especiais, na contramão das grandes indústrias do segmento – mais atentas ao retorno financeiro com a venda de bebidas mais comuns – , vêm conquistando um público diferenciado, que busca bebidas com características ímpares. Para ele, muito mais do que uma questão de valorizar marcas de café especiais, o empresário do segmento principalmente deve se ater aos processos, levando em conta seus sentidos, que influem na determinação da especialidade grão em questão.

“O ser humano perdeu, de certa forma, a capacidade de analisar as coisas através dos seus sentidos. É na contramão disso que nós, enquanto amantes do café, antes de tudo, devemos ir. Não são números que determinam o que de melhor levamos à nossa xícara e das outras pessoas, mas sim a experiência sensorial que um ou outro produto nos proporciona”, afirmou Rodrigues, que dirige a Casa do Barista, onde desenvolve cursos relacionados ao universo do café atualmente na Gamboa (Zona Portuária do Rio de Janeiro), e que ainda transformou um Ford Rural 1973, de nome ‘Terezinha’, numa escola de baristas itinerante – a qual percorre o Brasil e outros países.

Participaram da ocasião desta quinta, empresários do segmento de cafeterias especiais, entre os quais, representantes dos 25 estabelecimentos participantes do Recife Coffee 2017, membros do Sebrae-PE, como a Gerente de Projetos de Alimentos e Bebidas da instituição, Valéria Rocha, que apontou os serviços disponibilizados pelo Sebrae-PE, no sentido de incentivar o empreendedorismo nessa área, que contempla o universo das cafeterias. Baristas e ‘coffeelovers’, além de empresários em potencial na área de cafés, estiveram presentes no workshop.

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