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Recife tem menor número de pacientes em UTI para tratamento de covid-19

Rafael Dantas

Da Prefeitura do Recife

Os hospitais de campanha montados pela Prefeitura do Recife para tratar pacientes com covid-19 têm hoje o menor número de pacientes internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desde o início de junho. Ontem (24), o prefeito Geraldo Julio anunciou que há 107 pessoas em estado grave nos leitos municipais, sendo 60% de outros municípios.

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“Nós chegamos ao menor número de pacientes internados nas UTIs dos nossos hospitais de campanha. São 107 pessoas que estão internadas, sendo 43 aqui da nossa cidade. Esse resultado é fruto do esforço de todos os que fizeram o isolamento social e também todos os que estão fazendo a prevenção. A pandemia não acabou, não é hora de abandonar a prevenção. Nós devemos continuar usando a máscara e sempre limpar as mãos com álcool. Seria muito ruim para todos ver a pandemia voltar a crescer na nossa cidade. Nós devemos continuar priorizando a prevenção”, comentou o prefeito.

A Prefeitura do Recife tem registrado as menores quantidades de pacientes internados em leitos de UTI dos hospitais de campanha municipais, atingindo hoje o mesmo patamar do início de junho. A ocupação de leitos de UTI é um dos indicadores monitorados pelas equipes da Prefeitura do Recife na avaliação da retomada das atividades e na reorganização da estrutura emergencial montada para a covid-19.

Com a baixa ocupação, está sendo possível, por exemplo, desativar o Hospital Provisório Recife (HPR) 2, nos Coelhos, que entrou na sua fase final nesta semana, com a alta do último paciente registrada. Com o fechamento do HPR2, a PCR desativou um total de 560 leitos - 100 deles de UTIs. A capital pernambucana tem, atualmente, 466 leitos em funcionamento, sendo 244 de UTI e 222 de enfermaria.

Maior dos sete hospitais de campanha construídos pela PCR, o HPR2 registrou a última alta no fim de semana, após cerca de quatro meses de funcionamento. Desde o dia 22 de abril, o hospital dos Coelhos chegou a ter 350 leitos ativos, sendo 100 de UTI, e chegou a receber cerca de 1.600 pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de covid-19. Após o início da retirada de equipamentos médico-hospitalares, nos últimos dias, agora estão sendo desmontadas as estruturas das paredes, teto e pisos.

Desde o anúncio do fechamento gradativo da unidade, no último dia 12, o hospital administrado pela Fundação Martiniano Fernandes, ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), deixou de receber novos pacientes. No início de julho, a Prefeitura desmobilizou 90 leitos de uma das enfermarias do HPR 2. Nas últimas semanas, foram desativados os 260 leitos restantes, sendo 100 de UTI.

As equipes da Sesau retiraram camas, respiradores, concentradores de oxigênio, desfibriladores cardíacos, monitores de sinais vitais e outros equipamentos médico-hospitalares que estão sendo levados para outras unidades de saúde municipais, como as maternidades e o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, em Areias. Parte dos materiais ficará temporariamente guardada em galpões para caso a curva epidêmica volte a subir e a Prefeitura do Recife identifique a necessidade de voltar a abrir mais leitos municipais.

Depois de abrir cerca de mil leitos em sete hospitais de campanha e leitos de covid-19 em outras duas unidades de saúde, a Prefeitura do Recife desativou um total de 560 leitos - 100 deles de UTIs. Além do HPR2, também foram desativados leitos nos hospitais construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR - Curado) e das Policlínicas Barros Lima (Casa Amarela), Amaury Coutinho (Campina do Barreto) e Arnaldo Marques (Ibura). No HMR e nas policlínicas, foram removidas as estruturas provisórias erguidas nas áreas externas das unidades, mas todas permanecem com leitos de covid-19 nas áreas internas.

QUEDA NOS INDICADORES - A redução do número de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag) internados dos hospitais de campanha e o baixo percentual de moradores do Recife são reflexo de mais de cem dias de queda nos indicadores da pandemia na capital pernambucana. Em julho, o Recife foi responsável por apenas 16% de todos os novos casos de Pernambuco, enquanto, em abril, a cidade chegou a ser responsável por 54% dos casos do Estado.

Além da queda no número de pacientes internados, de óbitos e de casos de srag por covid-19, a Secretaria de Saúde do Recife também registrou queda de 60% no número de atendimentos nas emergências das policlínicas em cujas áreas externas foram construídos hospitais de campanha. Enquanto em abril a rede registrou mais de cinco mil atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios, no último mês, esse número caiu para cerca de dois mil.

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