Reinauguração da Concha Acústica Paulo Freire marca aniversário da UFPE - Revista Algomais - a revista de Pernambuco
Notas do sertão

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Geraldo Eugênio

Reinauguração da Concha Acústica Paulo Freire marca aniversário da UFPE

Rafael Dantas

Reinauguração da Concha Acústica Paulo Freire marca aniversário da UFPE

Rafael Dantas

Da Ascom da UFPE

Marcando oficialmente a comemoração da passagem dos 75 anos da UFPE, o reitor Alfredo Gomes inaugurou ontem (11) a obra de restauração e requalificação da Concha Acústica do Campus Recife, que passa a ter o nome de Paulo Freire, em homenagem ao educador pernambucano e patrono da Educação Brasileira, nascido há 100 anos. A solenidade, que, devido às restrições sanitárias por conta da covid-19, foi restrita a poucos convidados, foi aberta pela primorosa apresentação de um duo de cordas, Paula Bujes e Pedro Huff, ambos professores do Departamento de Música da Universidade.

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Ao destacar as qualidades do novo equipamento, com projeto moderno, inclusivo e sustentável, o reitor adiantou que, no próximo semestre serão restaurados, também, o teatro, anfiteatros e hall da edificação que, com a concha, compõem o complexo do Centro de Convenções da UFPE. “Essas obras, junto com outras recentes deliberações da Universidade, reforçam o compromisso da nossa UFPE com o povo”, afirmou, se referindo à aprovação de resolução que implementa políticas afirmativas, também, na pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Para Alfredo Gomes, o fortalecimento do compromisso da instituição com a democracia, neste momento, se constitui um ato importante.

A decisão, ratificada em maio pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPE (Cepe), implica que os cursos de pós-graduação terão uma reserva de, no mínimo, 30% do total das vagas para pessoas negras (pretas e pardas), quilombolas, ciganas, indígenas, trans (transexuais, transgêneros e travestis) e pessoas com deficiência. “Precisamos de políticas públicas para incentivar o aumento do número de alunos e alunas nas nossas universidades públicas e que fomente a interiorização e diversidade nas nossas instituições; pois o combate à desigualdade se concretiza com igualdade de oportunidades de acesso ao mercado de trabalho e renda dos grupos sociais discriminados”, afirmou o reitor.

A aluna Maria Luiza, presidente do Diretório Acadêmico de Pedagogia e representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) no evento, ressaltou a relevância de os estudantes contarem com um novo equipamento destinado à cultura no campus e, afirmou: “Além de parabenizarmos a instituição UFPE, também parabenizamos a gestão que está sempre aberta aos estudantes, prezando pelo debate e atuando no papel de resistência, sobretudo na pandemia”. O reitor da UFPE, Marcelo Carneiro Leão, que defendeu a educação pública “para todos, todas e todes”, se valeu do pensamento de Paulo Freire para saudar o momento: “Educação transforma pessoas e as pessoas transformam o mundo”.

Como convidados que participaram efetivamente da cerimônia, ainda estiveram presentes o professor Guido Correia de Araújo (UPE), representando o reitor da UFPE, Pedro Falcão; o comunicador Aderval Barros, representando a Prefeitura de Vitória de Santo Antão; o professor aposentado Cristóvão Vieira, pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe); a pró-reitora de Gestão Administrativa da UFPE, Liliana Vieira de Barros; o servidor técnico-administrativo Sebastião; o engenheiro Leandro dos Santos, que fiscalizou a obra; a professora Conceição Lafayete, diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH); e o superintendente de Infraestrutura, Carlos Falcão.

A professora Eliete Santiago, coordenadora da Cátedra Paulo Freire da UFPE, enviou mensagem ao reitor Alfredo Gomes e ao vice-reitor Moacir Araújo congratulando-se com todos os segmentos da Universidade pela passagem de 75 anos da instituição. Ela destacou: “A Concha Acústica, ao trazer o nome Paulo Freire, carrega um significado simbólico: ter este educador na sua casa de formação e de atuação de forma engajada. Tem um significado político, uma vez que reafirma a importância deste professor para a Ciência, a Cultura e a Humanização do humano. Há também uma perspectiva político-pedagógico ao homenageá-lo, pois firma seu nome e, portanto, sua biografia em um equipamento cultural a ser colocado a serviço da aproximação da universidade com a sociedade e com os saberes diversos.”

A CONCHA – O recém-reinaugurado equipamento cultural da UFPE tem mais de 2.000 m² de área útil e está localizada no Campus Recife como um equipamento independente, mas complementar ao conjunto de edificações do Centro de Convenções (Cecon) da UFPE. Ela tem três acessos distintos, sendo dois para o público e um para os organizadores dos eventos. Com a reforma, a plateia ganha mais conforto graças à instalação de cadeiras que atendem às normas de ergonomia e acessibilidade da ABNT sobre a arquibancada de concreto existente. São 1.349 lugares, dos quais 13 são destinados a pessoas obesas, 13 para pessoas com mobilidade reduzida e espaço para 26 pessoas que usam cadeiras de rodas. Além disso, o local passa a contar com uma cobertura tensionada em material leve, impermeável e flexível.

A acústica de palco foi otimizada por meio de elementos corretores pré-fabricados em concreto colados na parede de fundo, e o impacto sonoro provocado pela emissão de ruídos oriundos da Avenida dos Reitores também é contido por diferença de nível. As obras ainda revitalizaram o átrio, as escadas, as rampas, os camarins, o depósito do palco, os banheiros e a sala de apoio para motoristas. O projeto é assinado pelos arquitetos Enio Eskinazi (professor aposentado da UFPE) e Claudio Manguinho (da ATP Engenharia, empresa que realizou os trabalhos). Foram investidos R$ 8,5 milhões na requalificação.

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