Psicóloga do UniCuritiba alerta para impactos do uso excessivo de redes sociais em sono, autoestima e ansiedade
O aumento do tempo de tela tem chamado atenção de especialistas em saúde mental, especialmente no contexto das redes sociais. Corpos perfeitos, viagens paradisíacas e conquistas exibidas online podem gerar sentimentos de solidão, inadequação e ansiedade em uma parcela crescente da população. No Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, a questão se torna ainda mais relevante, levantando discussões sobre o efeito das plataformas digitais na qualidade de vida.
Segundo a psicóloga Alexia Soares Montingelli Lopes, professora do curso de Psicologia do UniCuritiba, o ambiente digital funciona como um contexto de reforçamento, oferecendo recompensas rápidas que alteram o comportamento e podem prejudicar a saúde mental. “Na Análise do Comportamento, entendemos que o ambiente funciona como contexto de reforçamento. No caso das redes sociais, trata-se de um espaço que oferece recompensas rápidas e constantes, alterando a probabilidade de repetição do comportamento de uso, muitas vezes em prejuízo da saúde mental e das relações presenciais”, explica.
Entre os principais efeitos do uso excessivo das redes estão alterações no sono, fragilização da autoestima e aumento da ansiedade. A luz azul das telas e a superexposição a conteúdos idealizados dificultam o descanso e intensificam a comparação social, criando ciclos de estresse e insatisfação. Para prevenir problemas, a psicóloga recomenda automonitoramento, estabelecimento de limites de tempo e seleção consciente dos estímulos digitais.