Síndrome do Coração Festeiro: entenda problema típico do fim de ano  - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Síndrome do Coração Festeiro: entenda problema típico do fim de ano 

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Com a chegada das festas de fim de ano, a dieta é deixada de lado e o consume de alimentos e bebidas acaba sendo exagerado. Desde pratos especiais a drinques dos mais variados, muita gente se permite desfrutar sem restrições, podendo resultar na Síndrome do Coração Festeiro. Identificada em 1978 pelo pesquisador americano Philip Ettinger, a síndrome do Coração Festeiro foi definida por conta do aumento de problemas cardiovasculares relacionados ao consumo de álcool durante as festas de fim de ano.  

Com isso, o risco de ter um ataque cardíaco aumenta 4%, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Melbourne, na Austrália, durante os feriados e comemorações já que muitos dos sintomas podem ser facilmente confundidos com a famosa ressaca. 

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“Os excessos nas comemorações podem aumentar o risco de morte súbita independente se há ou não doença cardíaca de base. Suas características normalmente se dão pela presença de palpitações e desconforto no peito, causados por arritmias cardíacas após a ingestão, em excesso, de bebidas alcoólicas. É comum as pessoas se confundirem com os sintomas do infarto e o mal-estar da ressaca, deixando de ir para emergência”, alerta a cardiologista do Real Cardiologia/MedInterv, Dra Tieta Albanez, acrescentando que a grande ingestão de álcool pode desencadear a fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca. 

Outras pesquisas que desenvolveram o tema, mostram que o maior risco de sofrer problemas no coração, está entre as festas de Natal e Ano-Novo, com as internações se concentrando nos dias 25 e 26 de dezembro e em 1º de janeiro. Mas, nem só excesso de bebidas pode causar problemas cardíacos. Os energéticos – que também aceleram os batimentos cardíacos – são potencializadores para o problema. 

Os brasileiros estão consumindo mais energéticos. Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir) revela que, entre 2010 e 2020, o consumo desse tipo de bebida passou de 300 mililitros por habitante ao ano para 710 mililitros no mesmo período. 

Ainda de acordo com a Dra. Tieta, muita gente consome energéticos, mas sem saber que tal produto oferece riscos à saúde. Consumida, especialmente, para momentos de diversão na vida social ou para aumentar o desempenho no trabalho, a bebida pode prejudicar o coração e afetar a qualidade do sono devido ao alto teor de cafeína e outras substâncias.  

“Os energéticos à base de taurina podem causar arritmias e infarto. Em pessoas com problemas nas artérias — muitas vezes silenciosos —, o efeito eventualmente serve como estopim para causar um infarto ou derrame cerebral”, alerta, acrescentando que a mistura do álcool com o energético permite que o indivíduo tolere uma quantidade de álcool muito maior que do que o normal.  

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