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Março de 2018 tem o menor número de homicídios dos últimos 19 meses em PE

Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Pernambuco tiveram, em março de 2018, sua menor incidência em uma série de 19 meses. Os 366 casos registrados no mês passado só estão acima das estatísticas de agosto de 2016, quando houve 362 CVLIs. Em comparação a março de 2017, quando se contabilizaram 551 homicídios, a redução foi de 33,58% (ou 185 assassinatos a menos). Esse foi o terceiro mês seguido de 2018 com declínio dessa modalidade criminosa em relação aos mesmos períodos do ano anterior. Os dados da segurança pública, com seus diversos recortes, foram disponibilizados pela Secretaria de Defesa Social em seu portal (www.sds.pe.gov.br) no último domingo (15/04). Na sexta-feira passada (13/04), foram publicadas as informações sobre os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), que também caíram (-22,5%), levando-se em consideração 2017. Em todo o mês de março deste ano, 89 municípios não registraram CVLIs e 76 apresentaram reduções. No dia 30 de março, a Região Metropolitana do Recife, composta por 15 cidades, não teve nenhuma pessoa assassinada. O mesmo cenário se verificou em cinco dias de março (04, 20, 25, 26 e 31) em 61 cidades do Sertão Pernambucano que compõem a Diretoria Integrada do Interior 2 (Dinter 2) – incluindo Petrolina, Salgueiro, Serra Talhada e Arcoverde. No Recife, a redução entre os marços deste e do ano anterior foi de 41,1% (56 em 2018, contra 95 em 2017). O feriado da Semana Santa (de 30 de março a 1º de abril) foi o menos violento desde a criação do Pacto pela Vida, em 2007. Com 21 CVLIs, esse período de 2018 teve 63% de queda nos homicídios em relação à Semana Santa de 2017. Nos últimos dez anos, as estatísticas mais baixas desse mesmo feriado tinham sido em 2013, quando foram contabilizados 36 assassinatos. MOTIVAÇÕES - As principais motivações para os homicídios em março continuaram a ser o envolvimento com o tráfico de entorpecentes, os acertos de contas e outras atividades criminosas, que tiveram relação com 72,4% dos óbitos. Dos 366 CVLIs, 5 - ou 1,4% do total - foram de criminosos que entraram em confronto com policiais. Em fevereiro deste ano, foram 7 ( 1,7% das motivações daquele mês) casos assim e, em janeiro de 2018, 12 (2,7%) suspeitos faleceram confrontando as forças de segurança. A maior parte dessas 24 pessoas integravam quadrilhas especializadas em investidas a bancos e instituições financeiras. “Recebemos essa queda nos CVLIs em praticamente todo o Estado, pelo terceiro mês consecutivo, sem qualquer comemoração, pois ainda estamos longe dos nossos objetivos, que são poupar o máximo de vidas que pudermos e aumentar a tranquilidade e sensação de segurança dos pernambucanos, do Litoral ao Sertão. O planejamento que fazemos no Pacto pela Vida e os investimentos autorizados pelo governador Paulo Câmara na segurança nos permitem vislumbrar maiores avanços. Não há, no entanto, como não agradecer aos policiais militares, civis, científicos e bombeiros, que estão muito motivados e conscientes do seu papel fundamental na garantia do bem-estar social”, avalia o secretário Antônio de Pádua. MULHER – O número de feminicídios diminuiu 43% em maço de 2018, em relação a março de 2017. Quatro mulheres foram vítimas desse crime, contra sete no ano anterior. Os casos de estupro também caíram, tendência já observada em janeiro e em fevereiro. A redução no mês passado foi ainda mais acentuada: - 18,72% casos. Em março de 2017, 203 vítimas desse tipo de crime registraram queixa. Um ano depois, 165 recorreram à polícia para denunciar um estupro sofrido durante o mês. Outro aspecto que se ressalta em março é que as mulheres têm procurado mais as delegacias para denunciar a violência doméstica e familiar. No mês, 3.480 casos foram notificados, contra 2.837 em março de 2017. Um aumento de 22,66%. A ampliação dos serviços policiais especializados contribui para essa maior notificação. Em 2017, a SDS implantou mais uma Delegacia da Mulher, desta vez em Afogados da Ingazeira, no Sertão, e abriu uma nova unidade no Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana). INVESTIMENTOS – Em 2017, o Governo de Pernambuco aplicou R$ 4,46 bilhões na SDS, o maior volume de recursos já registrado. Para 2018, a previsão de orçamento está em R$ 5 bilhões. Esses investimentos possibilitaram um dos maiores reforços já vistos nas forças de segurança pública do estado. Desde setembro do ano passado, 2.822 PMs e 1.241 policiais civis (incluindo 140 delegados) e científicos foram nomeados e estão nas ruas. No próximo mês, 300 bombeiros serão integrados ao efetivo e, no segundo semestre, será aberto um novo concurso para a PMPE, com previsão de 500 vagas. Entre os investimentos recentes, destacam-se a entrega de 1.313 viaturas para as forças de segurança; a criação de 9 delegacias de repressão ao narcotráfico; 9 unidades regionais da polícia científica; implantação do 25º Batalhão da PM, em Jaboatão dos Guararapes; instalação do Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp), em Caruaru; e as Companhias independentes de Tamandaré e Araripina, além de um grupamento do Corpo de Bombeiros em Surubim. “Para este ano, vamos entregar o 2º Biesp, com sede em Petrolina, o 26º Batalhão da PM em Itapissuma, beneficiando o Litoral Norte, e a Companhia Independente de Lajedo, no Agreste Meridional. Pelo Corpo de Bombeiros, estão sendo construídos novos grupamentos em Arcoverde, Araripina, Petrolândia e Palmares, possibilitando ações mais rápidas e efetivas de resgates, salvamentos e fiscalizações nessas cidades e regiões”, complementou Pádua. PRODUTIVIDADE – Durante o mês de março de 2018, as polícias de Pernambuco apreenderam 18,5% mais armas do que em fevereiro do mesmo ano. Foram 569 armas retiradas de circulação, 89 a mais do que no mês anterior. O número de pessoas presas em flagrante também tem crescido mês a mês: de 2.180 autuações em janeiro, as polícias pernambucanas passaram para 2.350 em fevereiro e, depois, para 2.756 em março. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Exportação de frutas cresce 18,3% nos primeiros meses de 2018

Nos dois primeiros meses do ano, produtores brasileiros exportaram 124,3 mil toneladas de frutas frescas e processadas para diversos países, um aumento de 14,4% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2017. Quando se observa o valor arrecadado com as vendas, de US$ 98,1 milhões, o crescimento foi ainda maior, cerca de 18,3% em apenas um ano. Os dados são da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), entidade que representa um total de 53 associados, entre cooperativas, empresas e grupos regionais de produtores. O maior destaque entre as frutas exportadas no período é a laranja (fresca ou seca), cujo volume vendido ao exterior aumentou 96.380%, passando de 4 mil toneladas no ano passado para mais de 3,8 milhões de toneladas embarcadas nos últimos dois meses. Morango (394%) e banana (267%) também registraram forte crescimento nas vendas, em termos de volume. Apesar dos bons números do setor na exportação, apenas 2,5% de todo o volume de frutas produzidos no país é vendido para outros países. Mesmo sendo o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com volume anual de 44 milhões de toneladas – atrás apenas de China e Índia – o Brasil é apenas o 23º colocado na lista dos principais exportadores. “Diferentemente de produtos como carnes, café e açúcar, com os quais estamos ao mesmo tempo na lista dos maiores produtores e dos principais exportadores, no setor de frutas, ainda temos esse desafio de crescer muito nas exportações”, explica Jorge Souza, diretor técnico da Abrafrutas. A União Europeia responde por 70% das cargas brasileiras de frutas, seguida pelos Estados Unidos (15%), e outras fatias distribuídas entre países da América do Sul e o Oriente Médio. Segundo Jorge Souza, há um potencial enorme de expansão para a Ásia, que concentra o maior contingente populacional do planeta, ainda pouco explorado pelos produtores de frutas do Brasil. “Não podemos vender ainda para a China, porque não temos acordo fitossanitário para nenhum tipo de fruta fresca para aquele país, mas já há tratativas em curso sobre isso”, revelou. Além das barreiras fitossanitárias, o protecionismo do setor está entre os desafios para ampliar as vendas externas dos produtores nacionais. “Do ponto de vista do ambiente de negócios, esses movimentos nacionalistas que temos visto em termos comerciais pode dificultar a abertura de novos mercados. No âmbito interno, é mais um trabalho de desenvolvimento da cultura exportadora do produtor”, disse o diretor técnico da Abrafrutas. De acordo com Souza, a maioria dos produtores brasileiros é formada de pequenos proprietários, o que demanda um processo abrangente de capacitação. Outro gargalo está na infraestrutura para escoamento da produção. “No caso das frutas, que são altamente perecíveis, os portos e aeroportos precisam estar mais bem preparados, com cadeia de frios, para garantir a integridade dos produtos”, afirma Jorge de Souza. O Brasil tem muita competitividade, disse Souza, com a exclusividade de produtos como açaí, castanha e frutos do cerrado. “Nosso país é reconhecido internacionalmente por produzir uma fruta muito doce e saborosa. Precisamos explorar essa potencialidade.” Em dezembro do ano passado, a Abrafrutas e a Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil) assinaram convênio para a promoção de ações com o objetivo de aumentar as exportações de frutas. O acordo foi firmado há dois anos, e a meta é que as exportações de frutas brasileiras alcancem a marca recorde de US$ 1 bilhão até o fim de 2019. Com a ajuda da Apex, os produtores vão participar de feiras e missões e visitar outros países. (Agência Brasil)

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Desembolsos de recursos do BNDES caem 20% nos dez primeiros meses do ano

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou queda de 20% nos desembolsos entre janeiro e outubro de 2017, se comparado ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a instituição, foram R$ 55,1 bilhões liberados. O valor de aprovações somou R$ 54,4 bilhões, o que representou redução de 13% entre janeiro e outubro de 2017. Nos últimos 12 meses, as aprovações registraram R$ 71,1 bilhões (-21%) e os desembolsos, R$ 74,4 bilhões (-25%). As micro, pequenas e médias empresas representaram 42,9% dos desembolsos entre janeiro e outubro de 2017 realizados pelo banco. De acordo com a instituição, foram R$ 23,6 bilhões liberados para o segmento, o que manteve a trajetória crescente na participação desses tipos de empresas nas liberações da instituição no período. Energia e agropecuária O segmento de energia elétrica recebeu R$ 10,1 bilhões e teve crescimento de 43%, com participação de 18,6% nos desembolsos. Quando se refere a aprovações, o total para o setor chega a R$ 12,1 bilhões. Isso representa crescimento de 182% de janeiro a outubro de 2017. Com o total de R$ 11,7 bilhões, a agropecuária ficou com 21,3% dos desembolsos até outubro deste ano. O valor representa crescimento de 9%, se comparado com o mesmo período de 2016. Em relação aos últimos 12 meses, o crescimento aumenta para 14%, com o total de R$ 14,8 bilhões desembolsados entre novembro de 2016 e outubro de 2017. Financiamento de máquinas O BNDES informou que a linha Finame, destinada aos financiamentos de máquinas e equipamentos, atingiu R$ 16 bilhões nos dez primeiros meses do ano, tendo alta de 11% em relação a 2016. Já nos últimos 12 meses, houve desembolsos de R$ 19,2 bilhões. O banco destacou que a Finame “pode ser vista como importante termômetro da atividade econômica e projeta crescimento, uma vez que as aprovações, última etapa antes da contratação e desembolso, alcançaram R$ 18,2 bilhões, de janeiro a outubro de 2017, expansão de 25% na comparação com o mesmo período de 2016”. A linha de financiamento BNDES Giro, que é utilizada pelas empresas que necessitam de capital de giro, teve alta de 252% em relação aos dez meses de 2016, com um total de R$ 5,5 bilhões em 2017. No acumulado em 12 meses, os desembolsos atingiram R$ 6,6 bilhões, o que representa elevação de 211%, se comparado aos 12 meses entre novembro de 2016 e outubro de 2017. Desembolsos por região Na distribuição regional dos recursos liberados pelo BNDES, o Nordeste chamou atenção com crescimento de 19% em desembolsos: R$ 10,1 bilhões. Mas quando se analisa as aprovações (R$ 10,2 bilhões), o percentual de crescimento é 117%, entre janeiro e outubro. Já em outras regiões houve quedas. No Norte, ficou em -9%; Centro-Oeste em -12%; o Sul em -21%, e a mais relevante foi no Sudeste de - 33%. A região Sul, no entanto, apresentou crescimento de 3% nas aprovações feitas este ano: R$ 14,8 bilhões. Houve queda ainda nas consultas, que são a primeira fase da análise do crédito. Entre janeiro e outubro de 2017, elas somaram R$ 81,5 bilhões, ou seja, 14% menos que no mesmo período de 2016. O banco destacou, que apesar disso, “as curvas das demais fases da operação permanecem na mesma trajetória observada nos meses anteriores”. Outro recuo foi notado nos enquadramentos de operações do BNDES, que são a fase de acolhimento dos pedidos de financiamento. O total chegou a R$ 73,4 bilhões, entre janeiro e outubro de 2017, 11% menor que o mesmo período do ano anterior. O percentual aumenta quando se verifica o desempenho nos últimos 12 meses. Neste período, os enquadramentos alcançaram R$ 89,8 bilhões, sendo 17% menor que o registrado entre novembro de 2016 e outubro de 2017. (Agência Brasil)

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