Temporada de incertezas para os clubes pernambucanos (por Houldine Nascimento)

A Copa do Nordeste começa nesta terça-feira (16). Três clubes pernambucanos estarão na disputa pelo troféu mais cobiçado da região: Santa Cruz, Salgueiro e Náutico, que garantiu vaga na fase de grupos após eliminar o Itabaiana (SE) nos pênaltis, no último sábado.

Dos três representantes do estado, apenas o Santa venceu o Nordestão. Este ano, Pernambuco corre por fora, sobretudo pelo abismo financeiro em relação às grandes equipes da Bahia e do Ceará. Quando comparamos a folha salarial do Vitória com a do Náutico, por exemplo, isso fica evidente. O Rubro-negro baiano gasta mensalmente R$ 4 milhões, enquanto o Timbu tem despesa de aproximadamente R$ 200 mil mensais, vinte vezes menos que o rival da boa terra.

É difícil pedir ao torcedor alvirrubro paciência, uma vez que o Náutico vivencia um jejum de títulos há 14 anos. Se o longo período sem taça for quebrado com um triunfo regional, será formidável, mas diante do cenário desenhado, é compreensível que isso não aconteça.

Na elite do futebol brasileiro, o Ceará inicia o ano gastando R$ 1,2 mi por mês com o elenco, superando em seis vezes a folha do Santa Cruz, que vai jogar a Terceira Divisão. A diferença nos orçamentos dos clubes não impede uma eventual conquista pernambucana, mas o principal objetivo nesta competição será mesmo o de montar os times para a Série C.

No Campeonato Pernambucano, a disparidade financeira também é latente. O Sport começa 2018 com gastos mensais de R$ 3,4 mi, dezessete vezes mais que os seus adversários históricos.

Graças a uma decisão absurda de sua diretoria, o Leão abdicou de disputar a Copa do Nordeste nesta temporada e concentra as forças no estadual. No mínimo contraditório, especialmente porque o presidente do Rubro-negro, Arnaldo Barros, afirmou que o Sport não cabia mais em Pernambuco.

Houve algumas baixas no elenco. O principal nome, o meia Diego Souza, e o lateral esquerdo Mena deixaram a Ilha do Retiro. O volante Rithely, por sua vez, demonstra que não quer permanecer no clube. Para completar, atrasos salariais passaram a fazer parte do cotidiano rubro-negro.

Para Santa, Náutico e Salgueiro, a briga será forte para subir de patamar na esfera nacional. Para o Sport, a manutenção do time na Série A é a prioridade. Será que vão conseguir?

 

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