Usinas devem pagar mais pela cana do agricultor nesta safra em PE – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Usinas devem pagar mais pela cana do agricultor nesta safra em PE

Uma mudança na composição do preço da cana de açúcar fornecida pelos agricultores às usinas pernambucanas, elevando o valor final pago pela matéria prima, foi aprovada pelos canavieiros em assembleia nesta segunda-feira (3), na Associação dos Fornecedores de Cana do Estado (AFCP). O segmento aprovou, por unanimidade, a proposta apresentada pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool de PE (Sindaçúcar). Nas próximas semanas, a decisão deverá ser chancelada pelo Conselho de Produtores de Cana, Açúcar e Etanol do Estado (Consecana), órgão conjunto que reúne as entidades dos produtores de cana e das unidades industriais.

O acréscimo na composição do preço da cana do agricultor deve ser de 2,95% em comparação à Taxa de Açúcar Recuperável (ATR) mensal. “O incremento está relacionado à inclusão do crédito presumido sobre o etanol hidratado que é concedido pelo governo estadual às usinas, mas as unidades não repassavam aos canavieiros”, fala Alexandre Andrade Lima, atual presidente do Consecana e também da AFCP. A reunião do Consecana ocorrerá no início do próximo mês para finalizar o assunto.

Pela decisão na assembleia, com participação dos associados da AFCP e do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco, o novo valor da cana passará a vigorar com base no último mês de maio. Assim, com referência do ATR deste período e mais a inclusão do referido crédito presumido, a tonelada da cana padrão sobe de R$ 88,88 para R$ 91,50.

Para Andrade Lima, haverá agora um preço mais justo. Ele explica que quando o governo concedeu aos industriais o crédito presumido do etanol hidratado, há bastante tempo, o gestor imaginava que tal benefício seria estendido também aos mais de 10 mil produtores de cana. Ademais, o presidente do Consecana lembra aos agricultores que todos continuam livres para negociar bonificação extra com as usinas onde fornecem. “Na última safra na usina Coaf/Cruangi, em Timbaúba, o bônus mínimo por tonelada fornecida foi de R$ 9”, realça Lima, que também preside a respectiva cooperativa da usina.

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