UTIs dos hospitais de campanha do Recife chegam ao menor número de pacientes - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

UTIs dos hospitais de campanha do Recife chegam ao menor número de pacientes

Rafael Dantas

Da Prefeitura do Recife

Após mais de 80 dias em tendência de queda dos indicadores da covid-19 na capital pernambucana, a Prefeitura do Recife registrou a menor quantidade de pacientes internados em leitos de UTI dos hospitais de campanha municipais, desde o início de julho, quando os leitos de terapia intensiva chegaram a ter 189 pessoas em estado grave. Atualmente, 133 pacientes estão internados nos hospitais de campanha, sendo cerca de 65% de outras cidades pernambucanas. Em anúncio realizado nesta quinta-feira (6), o prefeito Geraldo Julio ressaltou a importância dos leitos criados pela Prefeitura e dos novos leitos do Governo do Estado, que vêm permitindo a retomada das atividades da cidade.

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“Nós registramos, hoje, a menor quantidade de pacientes internados em leitos de UTI da Prefeitura, desde o dia 1º de julho. Nesta quinta, temos 133 pacientes, sendo 48 do Recife e 85 de outras cidades. Os leitos criados pela Prefeitura, somados aos novos leitos do Governo do Estado, permitem que o comércio esteja funcionando, que as igrejas estejam abertas, que os restaurantes e escritórios possam ter voltado à ativa, que parques e praias estejam abertos. Se não existissem os hospitais de campanha, tudo isso ainda estaria fechado e todos ainda estariam no isolamento social”, afirmou o prefeito Geraldo Julio.

A redução do número de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag) nas UTIs dos hospitais de campanha municipais e o baixo percentual de moradores do Recife são reflexo dos mais de 80 dias de tendência de queda nos indicadores da pandemia na capital pernambucana. Em julho, o Recife foi responsável por apenas 16% de todos os novos casos de Pernambuco. A cidade já chegou a ser responsável, em abril, por 54% dos casos do Estado.

Na fase mais crítica da pandemia, entre abril e maio, a rede de saúde da capital pernambucana não entrou em colapso graças ao isolamento social e à abertura de leitos que não existiam no início deste ano. O Recife foi a capital brasileira que proporcionalmente abriu mais leitos para pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19. De acordo com levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a capital pernambucana criou 1.155 leitos durante a pandemia, ficando atrás apenas da cidade de São Paulo, que abriu 1.791 leitos. Levando em conta o número de habitantes, o Recife criou, proporcionalmente, cinco vezes mais leitos para sua população, já que a capital pernambucana tem 1,6 milhão de habitantes e a capital paulista tem mais de 12,2 milhões de habitantes.

Desde que foi decretada a pandemia, a gestão municipal ergueu sete hospitais de campanha e ainda abriu leitos de covid-19 em outras duas unidades de saúde, chegando a cerca de mil leitos (cerca de 700 enfermarias e mais de 300 UTIs). Depois de ter desativado 300 leitos de enfermaria, a rede municipal tem atualmente 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria. Esta semana, os hospitais de campanha da Prefeitura do Recife atingiram a marca de mais de 14 mil atendimentos durante a pandemia de covid-19, mas registraram uma queda de mais de 60% nesse indicador de abril para julho. Enquanto em abril a rede registrou mais de cinco mil atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios, no último mês, esse número caiu para cerca de dois mil.

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