Quando o verão chega, algumas doenças tornam-se mais frequentes, devido às características próprias desta estação. O verão, que começou oficialmente em dezembro, traz com ele o sol escaldante e as altas temperaturas, que podem causar sérias complicações à saúde como desidratação, queimaduras, envelhecimento precoce, micoses e doenças de pele, além de provocar o câncer de pele. Com o período de férias escolares nessa estação, as crianças ficam mais expostas a esses riscos e os cuidados precisam ser redobrados em relação à hidratação, à alimentação, ao vestuário, aos locais de lazer e ao tempo para ficar ao ar livre.
As brincadeiras sob o sol devem ser realizadas em horários específicos, evitando os momentos de pico. Também é importante um equilíbrio entre a alta temperatura externa e o ar condicionado dos ambientes fechados. “A exposição solar deve ser evitada entre 10h e 16h. Nesse período, predomina a radiação ultravioleta-B, que é responsável pelo desenvolvimento do câncer da pele. Até às 10h e após às 16h, a exposição solar pode ser feita, mas sempre com o uso do filtro solar, roupa apropriada e chapéu. E, nas crianças maiores, óculos de sol. O ar condicionado deve ser utilizado com cuidado, principalmente se a criança ficar entrando e saindo do ambiente refrigerado”, alerta o dermatologista Marcos Miranda, do Hospital São Marcos – Rede D’Or São Luis.
Além da desidratação e da diarreia, os problemas mais frequentes em crianças durante o verão, também é comum o surgimento de doenças de pele como miliária (a popular brotoeja), decorrente do suor, micoses devido à exposição mais frequente aos fungos, larva Migrans (conhecida como bicho-geográfico), ocasionada pela penetração na pele de vermes vindos das fezes de cachorros e gatos em terrenos arenosos, e reações de hipersensibilidade a picadas de insetos. Outras doenças mais comuns são a Tungíase (vulgo bicho-de-pé), onde a transmissão se dá pelo contato direto com solo contaminado, o Pitiríase Versicolor (famoso pano branco), também conhecido como micose de praia, é o surgimento de pequenas manchas brancas ou avermelhadas.
O dermatologista orienta que para que esses efeitos nocivos e doenças sejam evitados, é ideal a ingestão sistemática de água e sucos, o consumo de alimentos leves como verduras e frutas, a utilização de calçados em locais frequentados por animais, o uso de roupas com tecidos finos de algodão e cores claras, que armazenam menos calor, além do cuidado frequente da pele com o uso do filtro solar.