Na última semana de março tive a grande satisfação de participar do lançamento da pedra fundamental do Parque Capibaribe no seu “marco zero” que é o Jardim do Baobá em Ponte D’Uchoa, por trás do Restaurante PapaCapim.
Um fim de tarde agradável, num lugar fantástico, dando início físico (com a ordem de serviço para começo da obra de qualificação do local) ao parque que tem o poder de transformar para sempre a cidade ao promover o seu reencontro com o Rio Capibaribe e, com isso, uma revolução urbanística radical no Recife.
Trata-se de uma importante vitória de um movimento que começou em 2012 com o projeto O Recife de que Precisamos do Observatório do Recife, apoiado editorialmente pela Revista Algomais. Uma das cinco proposições do projeto para o Recife, apresentadas a todos os candidatos a prefeito e incorporadas pelo prefeito eleito Geraldo Julio no seu programa de governo, foi a recuperação do Capibaribe e a transformação de suas margens num parque de 15 km de extensão (da Várzea ao centro da cidade). As outras proposições foram, pela ordem: (1) retomada do controle urbano; (2) retomada do planejamento de longo prazo; (3) destravamento da mobilidade; (4) recuperação do centro da cidade.
Uma vez adotado o projeto do rio pela nova administração municipal, o passo seguinte foi a celebração de um convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Universidade Federal de Pernambuco por intermédio do InCiti (Instituto de Pesquisa e Inovação para as Cidades). Depois que o grupo de pesquisa transdisciplinar começou a trabalhar, descobriu-se o enorme potencial de regeneração urbanística que o Capibaribe tem para a cidade do Recife. Um verdadeiro “ovo de Colombo” capaz até de, em 20 anos, transformar a nossa capital numa cidade-parque.
Parabéns ao prefeito Geraldo Julio que compreendeu a importância do projeto e o patrocina, à secretária de Meio Ambiente Cida Pedrosa e a Romero Pereira, secretário-adjunto, que tocam bravamente o convênio pela prefeitura, aos arquitetos e urbanistas Circe Monteiro, Luiz Viera e Roberto Montezuma, professores da UFPE e coordenadores técnicos, além da abnegada equipe do Parque Capibaribe. Mais do que isso, parabéns ao Recife que ganha um projeto redentor. Falta agora o cidadão recifense conhecer o parque visitando o nascente Jardim do Baobá. Vamos lá!
Visita ao Jardim do Baobá (Abril/2016)
Revista algomais
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