A menopausa é um marco natural na vida da mulher, geralmente entre os 45 e 55 anos. Mas os efeitos na saúde física, mental e emocional começam antes — na chamada pré-menopausa — e continuam após o fim do ciclo menstrual, na pós-menopausa. Segundo a ginecologista Ariana Couto, da Hapvida, as mudanças hormonais iniciam-se, em muitos casos, a partir dos 40 anos, embora possam surgir precocemente em algumas mulheres.
O que é a pré-menopausa e como identificar os primeiros sintomas?
A pré-menopausa é a fase de transição que antecede o fim definitivo da menstruação. Nessa etapa, o corpo passa por oscilações hormonais que afetam diretamente o bem-estar da mulher.
“Nesta fase, ocorrem variações nos níveis de estrogênio e progesterona, que podem causar ondas de calor, suores noturnos, insônia, alterações de humor, ressecamento vaginal, diminuição da libido e irregularidade menstrual”, explica a ginecologista.
Esses sinais nem sempre são associados à menopausa pelas pacientes, o que pode atrasar o diagnóstico e o cuidado adequado.
Pós-menopausa: quando o corpo entra em nova fase de equilíbrio hormonal
A pós-menopausa é caracterizada pela estabilização dos hormônios em níveis mais baixos e pela ausência definitiva da menstruação. Nessa fase, as mulheres podem enfrentar novas questões de saúde.
Entre os principais impactos da pós-menopausa, estão:
- Perda de massa óssea, com risco de osteoporose;
- Maior risco cardiovascular;
- Ressecamento da pele e das mucosas;
- Alterações na saúde sexual e emocional.
“A reposição hormonal pode ser uma alternativa, mas deve ser cuidadosamente avaliada, considerando riscos e benefícios”, alerta Ariana Couto.
Além disso, mudanças no estilo de vida são fundamentais para atravessar essa fase com qualidade: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e acompanhamento médico são essenciais.
Menopausa precoce: quando o diagnóstico surpreende
Recentemente, a cantora Naiara Azevedo, de 35 anos, revelou que recebeu o diagnóstico de menopausa precoce aos 28 anos — uma condição que pode impactar profundamente a vida reprodutiva e emocional.
“A menopausa precoce pode estar associada a fatores genéticos, doenças autoimunes, tratamentos como quimioterapia ou causas desconhecidas. Quando diagnosticada, o suporte médico e psicológico é ainda mais necessário”, afirma a médica.
Esse tipo de diagnóstico exige atenção redobrada à saúde emocional, fertilidade e prevenção de doenças associadas à queda hormonal precoce.
Informação e acolhimento são essenciais em todas as fases
A informação qualificada e o acompanhamento profissional contínuo ajudam a mulher a entender seu corpo e a lidar melhor com as transformações hormonais da menopausa.
“Independentemente da idade, é fundamental que a mulher tenha acesso a orientações claras e seguras. Isso ajuda a desmistificar o tema e promove qualidade de vida”, finaliza a ginecologista.
Mais do que uma fase, a menopausa é um convite ao autoconhecimento e à reconexão com o corpo. Com informação de qualidade, acompanhamento profissional e hábitos saudáveis, é possível viver esse momento com equilíbrio, bem-estar e qualidade de vida. Falar sobre menopausa é também quebrar tabus e valorizar a saúde da mulher em todas as suas fases.
Médica Ariana Couto - @arianacouto.gineco

Curso gratuito capacita profissionais de saúde para ampliar o diagnóstico precoce de doenças raras na primeira infância

A farmacêutica Roche e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) estão lançando um curso gratuito e virtual com o objetivo de promover a atualização científica no manejo de pacientes com atraso no desenvolvimento psicomotor na primeira infância e contribuir para a promoção de práticas profissionais de qualidade, centradas na atenção e cuidado da criança nesse paciente, visando o fortalecimento do cuidado humanizado e integral pela equipe multiprofissional da atenção primária. Além de democratizar o acesso ao conhecimento em saúde, a iniciativa busca estimular o diagnóstico e tratamento precoces de doenças raras e outras condições que podem surgir na primeira infância, promovendo um cuidado integral e de qualidade a bebês e crianças. Para se inscrever ou saber mais informações, acesse mais.conasems.org.br.
Festival “Viva as Diferenças”

Em alusão ao Abril Azul, o Festival “Viva as Diferenças” chega na segunda edição com uma programação diversa e gratuita. O evento, promovido pela Aprimore Terapia Integrada, acontece no dia 12 de abril, das 15h às 19h, no Parque da Jaqueira. Na programação, haverá atividades circenses, musicais e exibição de filmes com a temática. O objetivo é provocar um novo olhar da sociedade em relação às pessoas neurodivergentes, promovendo um espaço de acolhimento e celebração da pluralidade.
Caminhada pela Inclusão da Pessoa Autista

O Instituto Dimitri Andrade realiza no dia 15 de abril, a O Instituto Dimitri Andrade realiza no dia 15 de abril, a Caminhada pela Inclusão da Pessoa Autista, em alusão ao Mês Mundial de Conscientização do Autismo. O evento acontece a partir das 14h, com concentração na unidade do instituto em Palmares, localizada na Rua Dom Expedito Lopes, 211, bairro Modelo, e segue até a Praça Paulo Paranhos.A programação contará com apresentação musical da banda Fulô de Araçá, da APAE de Palmares, além de uma apresentação teatral do grupo Heróis de Pernambuco. Também haverá uma palestra sobre autismo, ministrada pela psicóloga Frínea Andrade, especialista em autismo e diretora do instituto.

O peso da tristeza persistente: o que é distimia?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11,5 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de depressão no Brasil. Nesse cenário, a distimia (ou transtorno depressivo persistente) é uma condição frequentemente negligenciada que afeta silenciosamente parcela significativa da população.
Trata-se de uma forma crônica de depressão, caracterizada por uma tristeza constante, cansaço persistente, baixa autoestima e alterações no sono ou apetite. Segundo a psicóloga, Lua Helena Moon Martins Cardoso, diferentemente da depressão maior, que costuma ser mais intensa e episódica, a distimia é comparada a uma garoa incessante. “Ela pode acompanhar o indivíduo por anos, muitas vezes sem diagnóstico ou tratamento adequados”, alerta.
Lua Helena destaca a importância de reconhecer essa condição. “Por ser menos intensa, a distimia é frequentemente confundida com traços de personalidade ou até mesmo com a ideia de que ‘a pessoa é assim’. Isso pode atrasar o diagnóstico e impedir que o sofrimento seja acompanhado e amenizado. A conscientização é o primeiro passo para transformar vidas”, afirma.
A psicóloga explica que as causas da distimia são multifatoriais. “Pode envolver predisposição genética, traumas e contextos sociais que dificultam a expressão emocional”. No entanto, ela reforça que há esperança. “Psicoterapia, apoio medicamentoso, quando necessário, e mudanças no estilo de vida, como prática de exercícios físicos e, principalmente, boa higiene do sono, têm impacto significativo na recuperação”, explica.
Principais sintomas:
- Sentimentos constantes de tristeza ou melancolia
- Baixa autoestima ou sentimento de inutilidade
- Falta de energia ou fadiga constante
- Dificuldade em se concentrar ou tomar decisões
- Alterações no apetite e no sono (dormir ou comer demais ou de menos)
- Sensação de desesperança
Tratamento:
- Terapia: a psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, é eficaz para ajudar o paciente a entender seus pensamentos e comportamentos relacionados ao transtorno.
- Medicamentos: antidepressivos, como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), são frequentemente utilizados.
- Mudanças no estilo de vida: exercícios físicos regulares, boa alimentação e suporte social contribuem para o bem-estar emocional.
A distimia é uma batalha silenciosa, muitas vezes invisível para os outros, mas profundamente sentida por quem a enfrenta. Reconhecer os sinais, buscar ajuda e cultivar o autocuidado são passos fundamentais para resgatar a alegria de viver. Não hesite em procurar apoio profissional — saúde mental merece atenção e cuidado tanto quanto a saúde física.
