Foram nove dias de festival, com 17 espetáculos de companhias de seis estados brasileiros que trouxeram temas como a crítica política e social, os conflitos humanos e a beleza dos contos infantis. Esse foi o Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN), que teve sua 18ª edição encerrada neste domingo (27), com a apresentação de cinco espetáculos nos principais teatros da capital pernambucana.
Em todos os dias de FRTN, o público marcou presença conferindo de perto montagens que conduziram o espectador por diversos universos. No último dia de apresentações, dois espetáculos infantis trouxeram histórias distintas: um sobre o valor da amizade (Severina e Sebastiana, da Kamio Kaze); e o outro sobre o medo de enfrentar os perigos da vida (Vento forte para água e sabão, da Companhia Fiandeiros de Teatro). Ambas as produções foram de Pernambuco.
No teatro adulto, temáticas como os desafios emocionais do ser humano na sua relação consigo e com o outro (Fishman, Grupo Bagaceira – CE), a movimentação dos metalúrgicos no ABC paulista (O Pão e a Pedra, da Cia. do Latão – SP) e a prática da má política numa cidade fictícia (Teodorico Majestade, do Teatro Popular de Ilhéus – BA) promoveram boas reflexões através da arte.
Além disso, o FRTN trouxe debates importantes sobre a crítica literária, lançamentos e uma justa homenagem ao teatro de bonecos mais tradicional do Estado, o Mamulengo Só-riso, com uma exposição mostrando parte da trajetória de 41 anos de atividades. A 18ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional se despediu com um gostinho de quero mais que poderá ser saciado no próximo ano.