O pernambucano Diego Miranda, 30 anos, foi um dos 42,4 milhões de imunizados contra a Covid-19 nos Estados Unidos. Desde que Joe Biden assumiu o poder na Casa Branca, o número de pessoas que recebeu ao menos uma dose da vacina mais que triplicou em poucas semanas. Mesmo ainda distante de atingir uma imunidade de rebanho que consiga reduzir o número de mortes e contaminações, a maior potencia global já vacinou 12,45% da sua população.
O pernambucano, que mora na cidade de Weymouth, esteve nos grupos prioritários por trabalhar no setor de logística de uma empresa farmacêutica. Ele e todos os profissionais da corporação foram imunizados. “A campanha de vacinação estava indo devagar, mas todas as estruturas estão fazendo um acompanhamento depois da vacinação, para analisar se não houve nenhuma reação alérgica. Com a saída de Trump, o novo presidente Biden disse que vai fortalecer e melhorar a campanha”, projeta.
A previsão do Governo Biden é de ter 75% da sua população vacinada até o final do ano. A corrida contra o tempo em solo americano tem justificativa. O País, além de ser o que mais registrou vítimas da Covid-19, ainda tem uma taxa elevada de contágio e de mortes. Vários dias desde o início do ano o número de óbitos tem ultrapassado a marca de 3 mil e até 4 mil falecimentos.
Apesar disso, ao menos na taxa de novos casos, o gráfico é decrescente no País desde o dia 7 de janeiro. Houve um recuo de 61% de novas infecções. De acordo com informações do Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os EUA registram também uma queda de 41% do número de hospitalizações.
Atualmente, o País usa as vacinas Pfizer/BioNtech e Moderna. Além disso, vive a expectativa de liberar nos próximos dias o uso do imunizante da Johnson & Johnson.
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Outro pernambucano que vive em solo americano é o advogado Thiago Bezerra, 34. Morando em Boston, ele tem a previsão de ser vacinado no mês de abril. “O grande benefício que eu vejo é que os EUA têm insumo, têm condições de comprar novos insumos para produção. Então, nós sabemos que vai chegar a hora de vacinar, o que nos fará sentir um pouco mais seguros”.
Apesar de não ter sido vacinado, Thiago considera que a campanha ocorre bem e de forma transparente. “Fizemos o cadastro que por enquanto contempla apenas os mais idosos e o pessoal que trabalha na área de saúde.
O reflexo da pandemia no cotidiano das pessoas tem apontado para um maior otimismo. O país está reagindo bem otimista, é tanto é que você vê a bolsa de valores subindo”. Diante do otimismo da vacinação e dos estímulos anunciados por Biden para a economia americana, ontem (8) as bolsas do País alcançaram recordes no fechamento.
O índice Dow Jones chegou a 0,76%, batendo 31.386 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq alcançou 0,95%, chegando a a 13.988 pontos.
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*Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente
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