Motivados pela matéria recém publicada do #OxeRecife¹, da jornalista Letícia Lins, sobre os cafés do Recife século 19 e 20, publicamos hoje uma série de 6 imagens do Café Lafayette, que resgatam um pouco dos tempos mais boêmios do centro da cidade.
De acordo com o historiador e professor da UPE Carlos André Silva de Moura: "No encontro da Rua do Imperador com a Primeiro de Março estava o Café Continental, mais conhecido como o Café Lafayette. Nas décadas de 1920 e 1930, os diversos assuntos fervilhavam no lugar. Personagens de várias regiões procurando o Lafayette pelas notícias de um espaço que reuniam os principais nomes da intelectualidade e servia a “melhor coalhada da região”. A Revista Ilustração Brasileira classificou o lugar como ambiente de “reunião de políticos, corretores, desocupados e toda a variada flora e fauna de maldizentes”.
O texto acima faz parte do artigo Os antigos cafés do Recife: a sociabilidade na capital pernambucana (1920 – 1937)², em que o historiador Carlos André Silva de Moura descreve alguns detalhes da vida boêmia do Recife daquela época. "A boemia era um costume dos indivíduos das cidades que se diziam modernas, mentes pensantes e fervilhantes que debatiam no centro, local que concentrava os maiores acontecimentos da região, a capital para onde corriam os principais pensamentos de contestação social. Ideias que inspiravam os leitores mais atentos". O Lafayette, especificamente, era o destino escolhido por usineiros, deputados, médicos, literatos, comerciantes, estudantes, jornalistas e até governadores.
O nome do lugar era Café Continental. Mas o espaço ficou mais famoso por Lafayette, por estar no mesmo prédio do depósito dos cigarros Lafayette.
As imagens são da Villa Digital (Fundaj) e do Museu da Cidade do Recife. Clique nas fotos para ampliar.
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Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)
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¹Sessão Recife Nostalgia: os cafés do século 19 na cidade que imitava Paris
²RESGATE - vol. XX, N0 23 - jan./jun. 2012 - Moura, Carlos andré Silva de - p. 97-107