7 de setembro: Além do grito do Ipiranga – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

7 de setembro: Além do grito do Ipiranga

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

Dom Pedro I, o Grito da Independência, o quadro de Pedro Américo… muitos são os ícones que rondam o marco da separação da mais importante colônia de Portugal. Mais que várias controvérsias sobre essas imagens que ficaram imortalizadas nos filmes e na arte, no bicentenário do 7 de Setembro existem algumas narrativas sendo relembradas que nos mostram um dicionário de outras independências – incluindo as pernambucanas – e uma pergunta incômoda no meio das festividades dessa célebre data para a nossa história: o Brasil deu certo ou deu errado?

O primeiro mito a cair, segundo o historiador e professor da Universidade de Pernambuco, Carlos André Silva de Moura, é que a nossa independência não foi um evento que nasceu da noite para o dia do 7 de Setembro, às margens do Riacho do Ipiranga. “A verdade é que foi um processo de construção política e social, que aconteceu antes e depois do 7 de setembro. Pernambuco, por exemplo, teve em 1817 a Revolução dos Padres. Havia uma insatisfação de várias províncias pelo distanciamento da Capital, pelo aumento de impostos e pelo luxo da corte. Pernambuco foi o espaço onde essa insatisfação foi mais marcante”.

A Revolução promovida pela Junta de Goiana, em 1821, a Independência da Bahia, em 1823, e a Confederação do Equador, de novo em Pernambuco, em 1824, são alguns dos mais notórios movimentos que marcam as tensões desse período. Algumas delas contra o domínio português, outras já pelos conflitos gerados após o Grito da Independência.

Para o historiador Josemir Camilo, PhD em História pela UFPE e professor aposentado da UFPB, os movimentos posteriores ao 7 de Setembro indicam um conjunto de frustrações com os primeiros anos de governo de Dom Pedro I.

“Na época não havia o conceito de Brasil como um País, cada província começou a se pensar pelas juntas provinciais. O caminho era a federação, que só veio em 1889. Mas já havia esse pensamento federativo em 1821, principalmente por Gervásio Pires. O projeto dele era uma monarquia federativa”, afirmou Josemir Camilo.

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