Os bondes faziam parte da rotina do Recife até poucas décadas atrás. Quem só conhece a cidade que se move pelos automóveis, motos, ônibus e pelo metrô (e mais recentemente viu o crescimento das bikes) não imagina o tamanho do sistema de bondes na capital pernambucana.
De acordo com informações da Fundação Joaquim Nabuco, o bondes de tração animal surgiram no Recife em 1871, como uma concorrente das maxambombas, que era uma espécie de trem urbano da época. “A empresa de bondes de burros, Pernambuco Street Railway Company. Eram veículos de tração animal que se deslocavam sobre trilhos. Suas atividades foram iniciadas no bairro do Recife, do Brum até a Madalena”, descreve Virgínia Barbosa no artigo da Fundaj “Transporte Urbano do Recife“. Em 1912 esse serviço possuía 81 km de linhas e 27 locomotivas.
O serviço de bondes elétricos foi inaugurado em 1914, pelas mãos da companhia inglesa Tramways, de acordo com a bibliotecária da Fundaj Maria do Carmo Andrade. “O desaparecimento desses coletivos, que tantos e tão bons serviços prestaram aos recifenses, foi um processo lento e moroso. Enquanto foi possível manter o serviço, mesmo em condições precárias, o povo usou o bonde até sua extinção total nos anos de 1956 a 1957”.
Confira abaixo uma seleção de imagens do Acervo da Villa Digital da Fundaj que selecionamos sobre os Bondes do Recife.
Rua Nova, em 1910. Observe que o bonde era puxado por cavalos
Praça Maciel Pinheiro. O bonde ainda com tração animal
Rua do Imperador. Registro de 1915, já com o bonde elétrico
Ponte Maurício de Nassau
Passando ao lado do Teatro Santa Isabel
Ponte Santa Isabel. Perceba que o destino deste bonde era para o bairro de Beberibe, periferia da Zona Norte
Ponte da Boa Vista
*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais
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