Nos últimos dois anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 371 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que visaram os prédios dos Três Poderes. Entre as mais de duas mil pessoas investigadas, 898 réus foram responsabilizados, sendo 225 por crimes graves, como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Outros 527 participaram de ações menos graves e fizeram acordos com o Ministério Público Federal (MPF), resultando no pagamento de multas e cumprimento de penas alternativas.
As condenações mais severas incluem penas que variam de três a 17 anos e seis meses de prisão. Em contrapartida, os réus de menor gravidade foram obrigados a pagar multas, prestar serviços comunitários e frequentar cursos sobre democracia. Além disso, 146 condenados tiveram restrições de liberdade, incluindo o uso de tornozeleiras eletrônicas, proibição de redes sociais e necessidade de autorização judicial para viagens.
O balanço também revelou que 122 pessoas envolvidas nos ataques são consideradas foragidas. Entre elas, 61 deixaram o Brasil após romperem tornozeleiras eletrônicas, e pedidos de extradição foram enviados a países onde foram localizadas. Uma vez extraditados, os foragidos deverão cumprir pena em regime fechado.
Punições e acordos
As multas pagas por 527 réus somaram R$ 1,7 milhão e foram acompanhadas de 150 horas de serviço comunitário. Além disso, os envolvidos se comprometeram a frequentar cursos presenciais sobre o funcionamento da democracia, oferecidos pelo MPF. Desde os ataques, apenas cinco pessoas foram absolvidas, segundo dados divulgados pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
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