90% dos brasileiros fizeram doações ou realizaram trabalhos voluntários durante a pandemia - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

90% dos brasileiros fizeram doações ou realizaram trabalhos voluntários durante a pandemia

Rafael Dantas

É fato que o povo brasileiro é solidário, e isso fica ainda mais claro em situações como catástrofes naturais e tragédias provocadas por negligência ou erro humano, quando doações em dinheiro, alimentos, roupas e produtos são enviados de todo o país. Este movimento tem sido reforçado durante a pandemia do novo coronavírus, conforme mostra a pesquisa “Eu ajudo, Tu ajudas, Todos ajudam!” realizada pela Rede Filantropia, que consultou 450 pessoas com mais de 18 anos de todos os Estados.

Segundo o levantamento, que contou com 19 questões de múltipla escolha, 89,8% dos entrevistados informaram ter feito, durante a pandemia, doações em dinheiro, roupas, alimentos, medicamentos e tempo em trabalhos voluntários. Desse total, 20,7% disseram já ter realizado ambas as ações – doações e trabalho voluntário para alguma organização da sociedade civil ou iniciativa social.

“Embora não haja cunho científico, a pesquisa visa entender o comportamento filantrópico do brasileiro, reconhecido mundialmente por se engajar em causas de ordem social, inclusive em momentos como este que estamos passando”, afirma o presidente da Rede Filantropia, Marcio Zeppelini.

A pesquisa mostra ainda que, dentre as pessoas que realizaram alguma doação, a maioria (41,6%) o fez de duas a quatro vezes; 35,6% doaram somente uma vez; e 13,1% optaram por fazer uma doação única até o momento.

Mesmo quando a pandemia terminar e chegarmos ao “novo normal”, as doações deverão continuar ocorrendo periodicamente, conforme apontaram 77,3% dos participantes. De outro lado, 18,2% dos entrevistados pretendem aumentar a quantidade de doações e horas voluntárias.

Em relação ao volume de doações em espécie, o levantamento mostrou um volume de doações maior, entre R$ 50 e R$ 200, em comparação ao que se fazia antes da pandemia. As pessoas relataram pretender continuar com esta estratégia após o fim desta emergência sanitária.

Quase 65% se consideraram mais solidários e perceptivos a questões humanitárias como fome, saúde e renda básica, e da mesma forma sobre questões ambientais, políticas públicas e questões globais.

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