Logo após o feriado, mais uma nova exposição entra em cartaz na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu. O equipamento cultural da Prefeitura do Recife recebe a partir do dia 16 de novembro até 8 fevereiro de 2018 a exposição Desmanche Construção (dis) Junção: Oxigênio e Outros Trabalhos do artista plástico Roberto Vietri.
Pela primeira vez no Nordeste, a exposição reúne um recorte da produção de Roberto Vietri que atravessa o conjunto de obras chamado (O)utros Trabalho(s), além de vídeos e peças inéditas, como a instalação Oxigênio, feita com areia. O artista paulistano tem se dedicado a produzir trabalhos a partir de uma leitura das possibilidades da fotografia contemporânea, pensando-a em diálogo com a escultura e técnicas como o desenho, por meio de um jogo de improvisações visuais inspiradas em conceitos da música, principalmente o jazz. Fortemente conceitual, a mostra cria um jogo imagético onde as obras podem ser encaradas como peças de um grande tabuleiro. Com vários níveis vivenciais, o artista propõe experiências que atingem os mais diversos públicos, em um espaço que convida o interlocutor a ser parte do jogo e não apenas expectador.
O espaço converge na instalação Oxigênio, onde todos são convidados a interagir em uma praia construída dentro da Galeria Janete Costa. Desse modo, o artista avança na proposta de reconstruções de uma forma de “conversa com o outro” ao tocar em universos que dizem respeito à autonomia das pessoas frente às ameaças que circundam o nosso tempo, em especial a própria ideia de cultura e arte como campo de discussão pública. A conversa com o outro, portanto, passa a ser também uma conversa com nós mesmos. As contundentes críticas estão abrigadas em detalhes afiados, como o texto que circunda a praia é comido por uma areia inquieta.
Desmanche Construção (dis) Junção: Oxigênio e Outros Trabalhos, com abertura no dia 16 de novembro na Galeria Pública Janete Costa, em Recife, é a primeira mostra individual do artista paulistano Roberto Vietri no Nordeste.
Contemplada pelo Edital de Artes Visuais de Recife em 2015 (um concurso conturbado em que boa parte dos artistas ainda sofre com falta e atraso de pagamentos), a exposição tem curadoria de Galciane Neves, expografia de Marcus Vinicius Santos e reúne um recorte da produção de Roberto Vietri que atravessa o conjunto de obras chamado (O)utros Trabalho(s), além de vídeos e peças inéditas, como a instalação Oxigênio, uma enorme caixa de areia.
O artista tem se dedicado a produzir trabalhos a partir de uma leitura das possibilidades da fotografia contemporânea e da fabulação narrativa na arte, pensando-a em diálogo com a escultura e técnicas como o desenho, por meio de um jogo de improvisações visuais inspiradas em conceitos da música, principalmente o jazz. Fortemente conceitual, a mostra cria um jogo imagético onde as obras podem ser encaradas como peças de um grande tabuleiro. Com vários níveis vivenciais, o artista propõe experiências que atingem os mais diversos públicos, em um espaço que convida o interlocutor a ser parte ativa do jogo e não apenas espectador.
O espaço converge na instalação Oxigênio, onde todos são convidados a interagir em uma praia construída dentro do espaço expositivo. Desse modo, o artista avança na proposta de reconstruções de uma forma de “conversa com o outro”, ao tocar em universos que dizem respeito às ameaças que circundam o nosso tempo, em especial a própria ideia de cultura e arte como campo de discussão pública. Para Roberto, ao ser transportado para o ambiente coberto da instituição, a aparente fragilidade do material (areia) é ressignificada enquanto embate com forças externas. Ao mesmo tempo, reafirma a possibilidade de protagonismo de cada um que dela se apropria. A conversa com o outro, portanto, passa a ser também uma conversa com nós mesmos. As contundentes críticas estão abrigadas em detalhes afiados – como o texto que circunda a praia e se apresenta como discurso em estado de perigo.