A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 266 milhões no terceiro trimestre de 2017. O resultado ficou um pouco abaixo do trimestre anterior, que teve R$ 370 milhões de lucro, mas representa um dado positivo na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a estatal registrou prejuízo de R$ 16,4 milhões.
No acumulado do ano, contando os três trimestres até setembro, o lucro líquido da estatal soma R$ 5,031 bilhões. No mesmo período de 2016, a companhia havia registrado prejuízo de R$ 17,3 bilhões.
De acordo com a Petrobras, o resultado do lucro líquido este ano até agora foi determinado por maiores exportações líquidas de petróleo e derivados a preços mais elevados; menores margens e volume de vendas de derivados no Brasil; menores gastos com pessoal e com baixas de poços secos e/ou subcomerciais; ganho com a venda da NTS (subsidiária da estatal) no segundo trimestre de 2017; redução do impairment [desvalorizações] dos ativos e maiores gastos com adesão a programas de regularização de débitos federais.
O fluxo de caixa livre foi positivo pelo décimo trimestre consecutivo e atingiu, nos nove meses deste ano, R$ 37,4 bilhões, o que representa alta de 26% relativo ao ano anterior. “Isso é muito importante. É uma mudança bastante grande comparativamente aos exercícios anteriores”, destacou o presidente da estatal, Pedro Parente.
Produção e dívida
A produção total de petróleo e gás natural nos nove meses atingiu 2776 mil barris de óleo/ dia, sendo 2.660 mil barris/dias no Brasil, 3% acima do registrado nos no mesmo período do ano passado.
O perfil da dívida da companhia também teve avanços. Segundo a Petrobras, o alongamento do prazo médio de 7,46 anos em 31 de dezembro de 2016 passou para 8,36 anos em 30 de setembro deste ano. Além disso, houve redução no custo da dívida que saiu de 6,2% ao ano para 5,9% ao ano no mesmo período de comparação. O endividamento líquido em dólares caiu 9%, passando de US$ 96,4 bilhões em 31 de dezembro de 2016 para US$ 88,1 bilhões em 30 setembro de 2017.
A Petrobras afirmou que as vendas de derivados no mercado brasileiro sofreram impacto da retração da demanda e pela concorrência mais acirrada, atingindo 1.959 mil barris por dia, o que significou queda de 6% em comparação com os nove primeiros meses de 2016. Na exportação, a empresa manteve a posição de exportadora líquida com saldo de 385 mil barris por dia. Segundo a estatal, o resultado foi influenciado pelo aumento em 39% das exportações de petróleo e derivados e da redução em 19% das importações, em comparação aos nove primeiros meses de 2016. Já nas importações, a diminuição foi impactada pelo aumento da participação de óleo nacional na carga processada.
O indicador de segurança (TAR), que avalia o nível de acidentes com empregados, chegou ao fim do período com 1,09 acidentado registrável por milhão de homens hora. “Continuamos mantendo uma redução consistente daquele indicador taxa de acidentados registráveis por milhões de homens hora. O máximo aceitável para este ano seria de 1,6 e a meta para o final de 2018 é de 1,4. O que naturalmente sugere que quando divulgarmos a revisão do nosso plano estratégico, até o fim do ano, vamos ver a redução da métrica para 2018”, disse Parente.
(Agência Brasil)