Os primeiros dias do outono têm sido de chuva e temperaturas elevadas, uma combinação perfeita para o surgimento de doenças típicas dessa mudança de estação. O ar quente favorece, por exemplo, a propagação do vírus da conjuntivite que é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina do globo ocular, a parte branca dos olhos, e o interior da pálpebra.
“A conjuntivite pode ser viral, bacteriana e alérgica. Os sintomas para todas elas são: vermelhidão, coceira, pálpebras inchadas, olhos lacrimejantes e secreções. É importante interromper imediatamente o uso de lentes de contato caso esses sintomas se manifestem”, afirma o Presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone, o oftalmologista Renato Neves.
Em todos os casos, é recomendado que um oftalmologista seja consultado tão logo surjam os sintomas para o diagnóstico exato da doença.
Conjuntivite Viral
A infecção viral é causada pelo adenovírus, normalmente a transmissão é feita por interação com secreções oculares e com tosses e espirros da pessoa infectada. Os sintomas desse tipo de conjuntivite se manifestam depois de 48h de contato com o vírus, duram de 7 a 15 dias e o tratamento é feito com o uso de colírios.
Conjuntivite bacteriana
O contágio da conjuntivite bacteriana acontece por meio do contato direto com a bactéria. A duração da infecção varia de 10 a 14 dias e o tratamento é feito por meio de colírio antibióticos.
Conjuntivite alérgica
Há quatro tipos de conjuntivite alérgica: associado à rinite e asma, ceratoconjuntivite atópica, que é associado à dermatite atópica; primaveril, causado pelo pólen, e desencadeado pelo uso de lentes de contato. Esse tipo de conjuntivite não é contagioso e pode ser tratado com anti-histamínico.
“Para evitar a conjuntivite é preciso seguir algumas recomendações básicas como evitar aglomerações, lavar bem as mãos e o rosto, trocar com frequência toalhas de uso comum ou usar toalhas de papel e não compartilhar produtos como esponjas e maquiagens”, aconselha o Dr. Renato Neves.