Começam nesta sexta-feira as seminifinais do Festival Nacional do Frevo. O concurso, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, vai premiar as melhores composições de frevo, entre 274 inscritas, assegurando gravações audiovisuais em estúdio profissional e apresentações remuneradas no Festival de Inverno de Garanhuns deste ano e no Carnaval de 2019.
Na primeira das três semifinais que definirão os 12 vencedores das quatro categorias (Frevo de Bloco, Frevo de Rua, Frevo Livre Instrumental – Autoral e Frevo Canção), irão se apresentar oito candidatos, dois de cada categoria. Quatro garantem vaga na final.
O evento, que celebra uma das mais profundas raízes da cultura pernambucana, será realizado no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro. Será gratuito, aberto ao público e começa às 19h.
As próximas semifinais serão nos dias 18 e 25 de maio, no Compaz Eduardo Campos e na área externa do Paço do Frevo, sempre às 19h.
Desistência – O candidato Alan George da Silva, que defenderia a composição Benjamim no Frevo, inscrita e classificada na categoria Frevo Livre Instrumental – Autoral, comunicou hoje, à organização do festival, que não poderá comparecer à semifinal, por motivos pessoais. Assim, o candidato com melhor pontuação depois dele, foi habilitado. Irá se apresentar Zé Freire, defendendo a música Tubarão no Circo.
Confira a relação de músicas que irão se apresentar nesta sexta-feira e saiba mais sobre cada um dos candidatos:
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL NACIONAL DO FREVO
DIA 11 DE MAIO (19h, no Compaz Escritor Ariano Suassuna)
Músicas/artistas que se apresentarão:
Categoria Frevo de Bloco
Paisagens do Recife, de Ivanar Nunes da Silva Pereira: Licenciado em Música com Habilitação em Saxofone pelo IFPE – Campus Belo Jardim, Ivanar é compositor e instrumentista, natural de Tacaimbó. Atua como professor de Artes/Música, com ênfase em composição e instrumentação musical. É também professor titular de Artes da Rede da Educação Básica de Garanhuns. Foi finalista na categoria Frevo de Bloco do 1º Festival Internacional do Frevo da Humanidade do Recife, realizado em 2013.
Tempo de Saudade, de Luiz Guimarães: Médico, compositor, escritor e poeta, Luiz Guimarães já participou de inúmeros festivais. Como produtor cultural, já divulgou mais de 80 CDs, muitos deles dedicados ao frevo pernambucano, com artistas como Capiba, Getulio Cavalcanti, Coral Edgard Moraes, Jota Michiles, entre outros. Ocupa a Cadeira nº 17 da Academia Pernambucana de Música, sucedendo Luiz Bandeira, cujo Patrono é Luiz Gonzaga.
Categoria Frevo de Rua
Adriana no Frevo e Cia., de Parrô Mello: Saxofonista, clarinetista, arranjador, compositor e produtor, graduado em Música pela UFPE e Pós Graduado pela UNINTE, o maestro Parrô Mello já foi finalista de vários festivais de música de Pernambuco, defendendo canções como Coroação e Nação Elefante. Além disso, produz e toca com vários artistas, como DJ Dolores e Ylana Queiroga. O frevo que defenderá foi composto há oito anos, em homenagem a Adriana do Frevo e sua Companhia: Brasil por Dança.
Cabelos Grisalhos – Uma Homenagem a Albemar Araújo, de Kleber Rodrigo Vieira da Silva: Pesquisador da música popular pernambucana, licenciando em Música pela UFPE e estudante do Curso Técnico em saxofone na Escola Técnica de Criatividade Musical, Kleber é fundador da Orquestra MIX e músico de diversas orquestras de frevo do Recife e Olinda. Foi arte-educador e animador cultural em diversas escolas da Secretaria de Educação do Recife. Atuou também como maestro de coros e bandas musicais pelos projetos: Mais Educação e Escola Aberta.
Categoria Frevo Canção
Sabor de Rum, Hortelã Café, de Edinho Queirós: Cantor, compositor, violonista, arranjador e produtor, iniciou sua carreira em Macau. Canta desde os 12 anos e dedicou boa parte de sua carreira à defesa do frevo, gênero pelo qual nutre especial carinho desde quando ouvia, ainda criança de colo, seu pai cantarolar frevos de Nelson Ferreira e Capiba. De lá para cá, adquiriu uma vasta e eclética experiência musical, tanto no Brasil como na Itália, país em que morou por 10 anos, com vários discos lançados.
Olhos de Lança, de Eugênio Gerónimo : Natural do Sertão do Pajeú, cresceu influenciado pela poesia de tradição oral dos folhetos e dos cantadores. Mestre em Linguística pela UFPE, dedica-se a romper as barreiras entre arte popular e erudita. Devotado à prosa, à poesia e até à autoria de músicas, publicou os livros Aluga-se janela para suicidas e Gramática do chover no Sertão, além do recente O que eu disse e o que me disseram – a improvável vida de Geraldo Freire, em parceria com o comunicador.
Categoria Frevo Livre Instrumental – Autoral
Pífano Infernal, de Alexandre Rodrigues de Lima: Multi-instrumentista, compositor, arranjador, educador e luthier de pífanos, Alexandre foi aluno do Centro de Criatividade Musical do Recife e graduou-se em Música, com habilitação em clarinete, pelo IFPE de Belo Jardim. Atua em vários grupos, como as orquestras Popular do Recife e a Rockfônica e o Quarteto Brasileiro de Saxofone. Participou de diversos festivais, como o Recife Jazz II, além de ter gravado com músicos como Dominguinhos.
Tubarão no Circo, de Zé Freire: Zé Freire começou a tocar violão aos 11 anos influenciado pelo pai. Aos 13, entrou na escola Municipal de Artes João Pernambuco, na Várzea, bairro onde foi criado e formou-se em Música pela UFPE, em 2011. Desde então vem compondo e tocando com diversos grupos e em festivais como o FEMUCIC 2015 (PR) e Festival de Cultura Mostra na Roda 2017, entre outros. Também atua como professor de violão, guitarra, prática de conjunto e harmonia.