Procuradores do Estado, ao lado de alunos e professores da Universidade de Pernambuco (UPE) e em parceria com a Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI-PE), iniciaram nesta semana o Projeto Aurora, para desenvolvimento de soluções de inteligência artificial para a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE). Durante este semestre, quatro procuradores da Procuradoria da Fazenda Estadual (PFE) participarão do Programa Sala de Aula Aberta, da UPE, frequentando a disciplina Computação Inteligente, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Computação da UPE (PPGEC).
Os mestrandos e doutorandos da turma estarão exclusivamente dedicados a desenvolver soluções de inteligência computacional a partir dos problemas e desafios apresentados pelos procuradores Fernanda Braga, Bruno Lemos, André Barros Leite e Rodolfo Cavalcanti. Segundo o professor Fernando Buarque, coordenador do programa e professor da disciplina, a previsão é que, ao fim do semestre, sejam mostrados os primeiros resultados do Projeto Aurora.
O procurador-geral do Estado de Pernambuco, Ernani Medicis, ressalta que o investimento em tecnologia é uma das prioridades da PGE-PE e que os resultados obtidos com o Projeto Aurora, que será direcionado à recuperação do crédito, serão posteriormente expandidos para as demais Procuradorias especializadas.
A primeira aula do grupo ocorreu nesta quarta-feira (4/3). Para a procuradora-chefe da PFE, Fernanda Braga, “é um enorme privilégio participar de um projeto que conjuga pesquisa científica de ponta e eficiência administrativa”. “As aulas agregam profissionais e estudantes de formações distintas e essa pluralidade enriquece a pesquisa e amplia muito as possibilidades de soluções. A PFE é grata ao professor Fernando, à UPE e aos alunos pela oportunidade de ter toda uma turma dedicada a desenvolver ferramentas de inteligência computacional para o trabalho de recuperação da dívida ativa e combate à fraude estruturada”, afirma.
O primeiro integrante da PGE-PE a participar do Programa Sala de Aula Aberta foi o procurador do Estado André Barros Leite, que desenvolveu em 2018 o projeto “Otimização de meios de cobrança da Dívida Ativa do Estado”. A experiência resultou em ferramentas que passaram a ser utilizadas no trabalho do Núcleo de Dívida Ativa da PFE, do qual é coordenador.
No encontro desta quarta, estiveram presentes ainda o coordenador de Sistemas da Unidade de Informática da PGE-PE, Álvaro Pinheiro, responsável pelo Laboratório de Inteligência Governamental (LiGov) da Procuradoria e doutorando em Engenharia da Computação na UPE, além dos integrantes do LiGov-PGE-PE Edinaldo Júnior, graduando em Engenharia da Computação na UPE; Marcelo Lacerda, doutorando em Ciência da Computação na UFPE; e João Luiz Vilar Dias, doutorando em Engenharia da Computação na UPE.
Instalado em maio de 2019, o LiGov da PGE-PE é o primeiro do Estado e sua equipe já construiu 11 robôs para automatização de processos que possibilitaram a agilização do trabalho dos procuradores. Também desenvolveu 17 painéis, com o uso de tecnologias de Business Inteligence, para produção de relatórios, processamento, gerenciamento, mineração e análise de dados.
CORREGEDORIA – O Sala de Aula Aberta também conta neste semestre com a participação da corregedora-geral da PGE-PE, Socorro Brito, na disciplina Inteligência Artificial, na graduação em Engenharia da Computação da UPE. A matéria é ministrada pelo professor Fernando Buarque e integra o estágio-docência de Álvaro Pinheiro.
“A primeira aula foi ótima e já apontou que a perspectiva é desenvolver um bom trabalho. Nosso objetivo é utilizar a IA para criar mecanismos que possibilitem realizar a avaliação de produtividade dos procuradores de forma unificada”, informou Socorro Brito, que apresentou o projeto com Álvaro Pinheiro. Participou ainda da aula, na terça-feira (3/3), Tiago Ramos, graduando em Engenharia da Computação na UPE.
SALA DE AULA ABERTA – O Programa Sala de Aula Aberta é uma metodologia de ensino-aprendizagem desenvolvida pelo PPGEC da UPE desde 2017, na qual representantes da sociedade civil, empresas ou órgãos públicos participam das aulas do mestrado e doutorado levando problemas reais, para os quais os alunos propõem soluções de inteligência computacional.
Em 2018, a UPE fechou convênio com a ATI para ampliar a participação no programa dos gestores públicos de órgãos que desejem prospectar soluções especializadas e complexas no campo da mineração de dados e da inteligência artificial. Os projetos desenvolvidos ficam disponíveis no repositório LiGov, hospedado na ATI.