Inflação do Grande Recife em 2021 foi de 10,42%, quase o dobro de 2020 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Inflação do Grande Recife em 2021 foi de 10,42%, quase o dobro de 2020

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Do IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana do Recife teve alta de 1,05% em dezembro, acelerando levemente em comparação a novembro, quando a variação positiva foi de 1,02%. Este foi o segundo resultado mais alto para o mês entre as 16 localidades pesquisadas, atrás apenas de Rio Branco (AC). O Grande Recife, por outro lado, teve inflação superior à do Brasil (0,73%) no período. Os dados foram divulgados nesta terça (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já no acumulado de todo o ano de 2021, a inflação da Região Metropolitana do Recife ocupa a oitava posição na lista das capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, com 10,42%, percentual superior ao nacional (10,06%). No acumulado de 2020, a inflação para o Grande Recife havia sido de 5,66%, enquanto, no Brasil, o IPCA também havia sido menor, de 4,52%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta em dezembro de 2021 na RMR. O maior avanço ficou, pela primeira vez no ano, com o segmento de Vestuário (3,09%), seguido pelos Artigos de residência (2,6%), saúde e cuidados pessoais (1,52%) e despesas pessoais (1%).

No entanto, grupos que pressionaram a inflação em outros meses desta vez tiveram altas inferiores a 1%. Foi o caso da Habitação, que subiu 0,95%. Comunicação teve alta de 0,83%, acompanhada pelos Transportes (0,67%), Alimentação e bebidas (0,65%) e Educação (0,2%).

Já no acumulado do ano, os Transportes dispararam na frente, com alta de 21,86% entre janeiro e dezembro de 2021, impulsionada pelos seguidos reajustes no preço dos combustíveis. Habitação, pressionada pelo gás de cozinha e pela bandeira vermelha na energia elétrica residencial, ficou em segundo lugar, com 13,18%.

Os Artigos de residência (11,28%) estão na terceira posição do ranking, acima do índice geral de inflação para o período. Dentro desse grupo, os videogames, os refrigeradores e as TVs tiveram os maiores reajustes, devido ao aumento da demanda, à escassez de matéria-prima para componentes eletrônicos em todo o mundo e à variação cambial. A lista fica completa com Alimentação e bebidas (9,22%), Vestuário (8,86%), Despesas pessoais (5,8%), Saúde e cuidados pessoais (3,82%), Educação (3,57%) e Comunicação (2,23%).

O produto ou serviço que teve aumento mais expressivo no IPCA da Região Metropolitana do Recife em dezembro de 2021 foi a cebola (36,42%), seguido pelo óleo diesel (15,08%). As duas mercadorias também ocuparam a mesma posição no mês anterior.

Na sequência, estão duas frutas: a laranja-pera (13,2%) e o mamão (9,2%), junto com os perfumes (8,61%), a maçã (8,43%), o seguro voluntário de veículo (8,08%), o café moído (7,84%) e o transporte por aplicativo (7,46%). Os brinquedos registraram avanço de 6,43% e completam a lista de dez itens com maior alta.

No acumulado de todo o ano de 2021, o produto com maior reajuste de preço no Grande Recife foi o café moído (58,02%). Em seguida, estão o óleo diesel (49,91%), etanol (49,04%) e a gasolina (46,09%). Os combustíveis em geral tiveram uma forte alta ao longo dos últimos 12 meses, de 46,29%. O açúcar cristal (34,49%), a macaxeira (34,25%), a margarina (34,09%) e o fubá de milho (33,74%) também tiveram aumento considerável. O gás de botijão ocupa a décima posição no ranking, com aumento de 31,18% de janeiro a dezembro de 2021.

Já os produtos/serviços com maiores reduções no preço em dezembro de 2021 estão ligados ao grupo de alimentação e bebidas. A maior retração ficou por conta da batata-inglesa (-6,78%), o tomate (-4,51%), o coentro (-4,25%) e o arroz (-4,19%). O segmento outras bebidas alcóolicas, que inclui, por exemplo, o vinho, teve retração de 3,41% no mês, além do leite longa vida (-3,36%), do alho (-3,3%) e da farinha de arroz (-3,25%).

Quando se considera o acumulado de 2021, a maior queda de preço foi verificada na uva (-23,54%), seguida pelo arroz (16,28%), pela maçã (-12,02%), pelos cereais, leguminosas e oleaginosas em geral (-9,17%), além da batata-inglesa (-8,63%), da carne de porco (-8,56) e do coentro (-8,36%).

SOBRE O IPCA

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 29 de novembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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