*Por Paulo Caldas
No universo das Letras, Campina Grande concebeu nomes respeitáveis: Dione Barreto, Bráulio Tavares, Jessier Quirino, José Teles e Orlando Tejo, para citar só um quinteto que beijou as flores da Serra.
Fernando Ribeiro de Gusmão, outro galo de campina, demonstra o mesmo apelo dos conterrâneos e, tal os tropeiros da Borborema, tem as alpercatas gastas pelo piçarro das trilhas. Nos escritos dedica-se ao conto, gênero insurreto ao império da verborragia, conforme lembra, enfático, Edgar Allan Poe.
Este “Contos da Borborema e arredores”, traz duas cancelas expressivas: a da escritora Lourdes Rodrigues, expert na condução de claricianos, e a de Fernando Pessoa, não o do além mar, mas o do aquém, o das Pedras que cantam por aqui.
A leitura seduz desde “A rosa de Taperoá” e outros textos que vestem a trama do realismo mágico revelado por um certo Senhor Guarda-Roupa ou que desnudam protagonistas insólitos, em histórias tanto hilárias quanto curiosas, surpreendentes: Frei Chiquinho, O amarelinho cearense (de ascendência chinesa) e a prostituta Dandara.
A publicação traz o selo da Editora Nova Presença, projeto visual de Ricardo da Cunha Melo e impressão da Luci Artes Gráficas Limitada.
Os exemplares podem ser adquiridos na internet Amazon.
*Paulo Caldas é escritor