A partir de agora, a visita à Academia Pernambucana de Letras (APL) se torna mais inclusiva, graças a novos recursos acessíveis para pessoas com deficiência visual e auditiva. Fundada em 1901, ela está situada em um casarão neoclássico do século XIX, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no bairro das Graças, oferecendo aos visitantes uma imersão histórica na trajetória da APL e e no seu extenso acervo museológico.
Projeto de Acessibilidade Comunicacional
O projeto “Museu da Academia Pernambucana de Letras – Um passo em direção à Acessibilidade Comunicacional”, realizado pela produtora Arkhé Cultural com o apoio do Funcultura, visa tornar acessíveis as informações imagéticas dos painéis que representam os espaços do museu. A exposição permanente inclui obras de arte, peças decorativas e mobiliário doados à Academia ao longo dos anos, oferecendo uma rica experiência cultural e histórica.
Tecnologia Assistiva no Museu da APL
O Museu da APL, com visitação aberta ao público, agora conta com intervenções que possibilitam a acessibilidade comunicacional. Cada um dos dez cômodos da casa possui painéis informativos equipados com QR-codes. Esses códigos direcionam os usuários a traduções em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição, promovendo a democratização do acesso ao patrimônio cultural e garantindo uma experiência inclusiva para todos os visitantes. O horário de visitação do Museu da APL é de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. É possível realizar agendamentos para grupos através do telefone (81) 3268-2211.
Jamille Barbosa, produtora cultural responsável pela Arkhé
“A intervenção visa dar um primeiro passo em direção a um patrimônio cultural mais acessível às pessoas com deficiência. É um projeto importante para lançar luz ao tema, encontrar cada vez mais apoio do poder público e, consequentemente, possibilitar a fruição do acervo do Museu ao maior número de pessoas possível”.
Lourival Holanda, presidente da APL
“Certamente, esse passo em direção à acessibilidade inclui a APL num rol ainda muito enxuto de instituições culturais que aproximam pessoas com deficiência de atividades culturais e literárias. Pretendemos ainda ampliar o leque de iniciativas neste sentido e tornar a Academia um ambiente cada vez mais acessível e visitado pela sociedade”.