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A importância da atividade física para deficientes físicos

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11 de outubro é o Dia da Pessoa com Deficiência Física, uma data para debater sobre a importância da acessibilidade e inclusão social. Profissionais de saúde também aproveitam o dia para lembrar sobre a importância da prática de atividades físicas para essas pessoas, já que muitos, por possuir algum tipo de limitação motora, acabam achando que sedentarismo é consequência. Segundo o professor do núcleo de pós-graduação em Educação Física do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) *Humberto Gomes, não se mexer pode até acentuar ainda mais os efeitos da limitação motora.

“O paralítico, como um dos exemplos, passa maior parte do tempo sentado, logo a circulação sanguínea para os membros inferiores pode ficar comprometida, acentuando os riscos de doenças vasculares, o que pode acentuar os riscos de doenças cardiovasculares”. Segundo o professor, outro aspecto a destacar é que em muitos casos o aumento do peso corporal pode ser observado, levando a efeitos deletérios ocasionados pelo sobrepeso e obesidade, como elevação dos níveis de colesterol LDL (ruim), aumento da glicemia (açúcar no sangue) e dores articulares.

Entre os comprometimentos ocasionados pelo sedentarismo é que, a depender da deficiência física, observa-se um desequilíbrio corporal (desalinhamento), situação observada em algumas patologias. “Nesse caso, pode haver o desenvolvimento de doenças relacionadas ao sistema osteomioarticular, que engloba os ossos, músculos e articulações) levando, geralmente, a dores lombares. Assim, o recomendado fortalecimento da musculatura dos membros superiores e região do tronco, denominada mais atualmente como CORE, são estratégias que devem ser adotadas”, explica Humberto.

O professor do IDE lembra ainda que, em se tratando de deficiências cognitivas, relacionadas principalmente ao processo de aprendizagem, o sedentarismo mostra-se mais prejudicial ao processo de formação e fortalecimento das relações interpessoais. Por isso, o ideal seria que o deficiente físico fosse acompanhado por uma equipe multidisciplinar, incluindo médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e profissional de educação física para que esses profissionais possam buscar e discutir as diferentes formas de intervenção.

“Entre as atividades realizadas por um profissional de Educação Física que podem ajudar a melhor a qualidade de vida do paciente, atividades lúdicas, recreativas, esportivas e atividade física de alto rendimento, como o Brasil vem se destacando como potência paraolímpica”, esclarece o professor do IDE. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que o Brasil tem 6,2% de sua população com algum tipo de deficiência.

As políticas públicas de inclusão no país ainda são precárias, e as cidades estão longe de uma acessibilidade ideal. Mas a dica do professor é que a pessoa busque, primeiramente, a superação em diferentes dimensões, como comportamental, emocional e física entre outras. “Assim, o exercício físico surge para muitos deficientes como um suporte, principalmente para os que ficaram deficientes após um acidente”.
Já a fisioterapia, outra grande aliada, vem para harmonizar os músculos e articulações, com o objetivo de tornar o movimento o mais funcional possível, segunda conta a coordenadora da pós-graduação em fisioterapia neurofuncional do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Adriana Maciel. “Costumo dizer que todo tratamento tem que ter começo, meio e fim. E no caso dos pacientes neurológicos, mesmo quando as metas funcionais são atingidas, é interessante que o paciente passe por revisões mensais, apenas para acompanhamento, mas sempre na dependência do tipo de patologia apresentada”.

Segundo a fisioterapeuta, movimento é vida. “Portanto, movimente-se bastante, nas mínimas atividades da vida diária, respeitando, claro, as limitações de cada um. Além disso, lembro de aliar com uma alimentação saudável para uma saúde e bem-estar”.

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