A Esclerose Múltipla atinge mais de 35 mil brasileiros, é o que aponta uma pesquisa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Pensando em promover um maior diálogo sobre a doença, se institucionalizou o Agosto Laranja, com o intuito de divulgar melhor o problema, contribuindo para o diagnóstico precoce. “A esclerose múltipla é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso central. Na doença, o sistema imunológico (defesa) do corpo confunde as células saudáveis com malignas e as atacam, provocando lesões”, explica o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos Lucilo Maranhão Neto.
As causas da esclerose múltipla ainda são bastante desconhecidas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. “O diagnóstico precoce é sempre a melhor indicação. E no caso da esclerose múltipla, a ressonância magnética do cérebro é o exame mais indicado, pois consegue detectar a presença de lesões inflamatórias no sistema nervoso central”, afirma o médico. “Hoje, o exame é considerado como o mais sensível e mais completo para diagnosticar a esclerose múltipla e controlar a sua evolução técnica”, completa o radiologista.
De acordo com Maranhão Neto, em alguns casos, a ressonância pode ser realizada logo após o primeiro sinal da doença. “Sempre que sintomas que sugerem problemas no sistema nervoso central são observados a recomendação é a ressonância magnética”. O médico ainda afirma que por meio do diagnóstico precoce e de um acompanhamento rigoroso, é possível atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença. “A ressonância magnética é a principal ferramenta para o diagnóstico da esclerose múltipla. Além disso, no primeiro exame, o estudo da medula espinhal também pode fornecer informações diagnósticas e prognósticas de muito valor”, afirma o radiologista.
O exame de ressonância é também fundamental no que diz respeito ao monitoramento terapêutico da enfermidade, pois, além de fornecer informações objetivas da sua atividade e progressão, ainda consegue investigar futuras complicações relacionadas. “A ressonância é capaz de detectar lesões que se manifestam de forma silenciosas em pacientes que ainda nãoapresentam os sintomas da doença”, finaliza o médico.