Animais doutores: cães guias – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Animais doutores: cães guias

Além de auxiliar no autismo, a cinoterapia ajuda no tratamento de pacientes com dificuldades motoras, auditivas e visuais. No Kennel Club de Pernambuco, eles disponibilizam a pacientes cegos um cão-guia para acompanhar no dia-dia. Neste caso, os procedimentos são parecidos com os dos autistas, entretanto, até chegar a ter o contato com os pacientes, os cães realizam treinos de socialização, técnica de condução e formação de duplas. Antes de serem entregues como guias, eles ficam em torno de 8 a 10 meses com uma família acolhedora, sendo acompanhado pelo clube com o objetivo de socializar.

Após esse período, ele retorna ao Kennel para receber os primeiros comandos através de simulações de elementos urbanos, para que se adaptem, como o semáforo, faixa de pedestres, lixeiros, orelhões, rampas, calçadas e alguns barulhos. Depois o paciente que vai receber o cão-guia, vem ao clube para realizar alguns treinos com o animal, para sincronizar a velocidade de andadura, a familiarização da voz da pessoa e entender alguns sinais indicados pelo cão, por meio do arreio, peça metálica colocada no dorso do animal.

Essa formação, que dura em média de 3 a 4 meses, segundo o Presidente do clube, Luiz Alexandre, serve para que o cão execute os comandos corretamente e esteja preparado para atender melhor as situações do dia-dia. “É importante o cão passar por estas etapas, para que haja interação com o paciente e o deficiente visual se sinta seguro com o animal. Depois disso, o cão vai estar apto para acompanha-lo”, destaca.

A professora brailista, Ketyanne Barros dos Santos, foi a primeira cega em Pernambuco a receber o cão-guia chamado Simba, ainda no início do projeto do Kennel. Ela conta que depois que recebeu cãozinho para acompanhá-la, a velocidade de mobilidade melhorou muito. “Quando utilizava a bengala, tinha que ter cuidado por onde estava andando, com o cão-guia não tenho tanta preocupação”, justifica. Além da mobilidade, ela explica que a socialização melhorou muito. “Quando me veem acompanhada com Simba, as pessoas querem acariciá-lo, porque ele chama muito atenção. Ter um cão-guia ajuda na aproximação com as pessoas, faz com que você tenha novos vínculos de amizade, facilita a interação, além de ser uma excelente companhia, ao ponto do cão olhar para você e saber o que você quer, sem precisar dar um comando”, acrescenta.

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