Arnaldo Barros deixa legado ruinoso ao Sport, de volta à Série B em 2019

Por Houldine Nascimento.

A vitória sobre o Santos por 2 a 1, nesse domingo (2), não foi suficiente para evitar a queda do Sport para a Série B em 2019. A última vez que o Rubro-negro pernambucano havia disputado a Segunda Divisão foi em 2013, numa herança ruinosa que o então presidente Gustavo Dubeux deixou, em um mandato notabilizado por uma ação folclórica ao comprar um boi com dinheiro do próprio clube e ter destinado o animal a um babalorixá.

Seis anos depois, o novo rebaixamento (o quinto dos 113 anos do Leão) recai sobre os ombros de Arnaldo Barros. Em 2016, ele era o vice-presidente do Executivo e foi ali que a agonia para não cair teve início. Só na última rodada, o Sport se livrou. No ano seguinte, Barros assumiu a Presidência.

Com quase R$ 120 milhões à disposição – a maior receita da história rubro-negra –, ele continuou direcionando o clube para o abismo. Mais uma vez, o Sport escapou do descenso na rodada final, capitaneado por nomes como Diego Souza, André e companhia. Os atrasos salariais também passaram a fazer parte do cotidiano da Ilha do Retiro.

O começo da campanha no Brasileiro de 2017 deu uma falsa impressão de que o Sport brigaria por vaga em Libertadores. Naquele momento, demonstrando arrogância, Barros se precipitou ao retirar o Leão da Liga responsável por gerir a Copa do Nordeste. Foi um dos primeiros erros como mandatário. Nunca é demais lembrar sua escolha de contratar Vanderlei Luxemburgo, que há vários anos não fazia um bom trabalho e acabou demitido meses depois, deixando o time em apuros na tabela de classificação da Série A.

Nesta temporada, a situação se agravou e os erros já ocorreram na montagem do elenco. Na esfera esportiva, o Sport vivenciou eliminações precoces no Campeonato Pernambucano – quando caiu para o modesto Central na semifinal – e na segunda fase da Copa do Brasil para o Ferroviário-CE, equipe da Quarta Divisão nacional. Os resultados catastróficos culminaram em trocas na diretoria e no retorno de um velho cartola: Guilherme Beltrão, o qual entregou o cargo no segundo semestre.

Até o momento, atletas como Jair, Marcão e Mateus Gonçalves, que tiveram um bom desempenho, não receberam um centavo sequer. “Não recebi nada, bem dizer estou pagando para jogar. O presidente que assumir tem que rever o que foi feito de errado nessa gestão que passou e tentar fazer as melhores coisas”, desabafou Jair, em entrevista ao Jornal do Commercio.

A cartilha do rebaixamento já vinha sendo seguida há algum tempo. Em 2019, o próximo presidente terá muitas dificuldades para gerir o Sport. A cota de TV esperada é de menos de R$ 7 milhões. Isso causará um grande impacto na arrecadação. Este é o desastroso legado de Arnaldo Barros: falsas promessas, dívidas milionárias acumuladas e fracassos esportivos.

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