As tendências que devem nortear o mercado de educação em 2017 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

As tendências que devem nortear o mercado de educação em 2017

Análise de dados (analytics), tecnologias abertas, empregabilidade e acesso 24 horas por dia ao conteúdo dos cursos estarão entre as tendências do mercado de educação em 2017, segundo pesquisadores do LMS Canvas, ambiente virtual de e nsino. Essas quatro tendências, impulsionadas pelas tecnologias disruptivas, farão com que as instituições acadêmicas reavaliem os serviços oferecidos, aumentando o foco no aprimoramento da experiência vivenciada pelos estudantes.

Analytics: aproveitamento de dados
Uma década atrás era fácil encontrar líderes educacionais que descartavam dados de desempenho dos alunos, acreditando terem apenas um uso limitado para melhorar as escolas ou sistemas de ensino. Hoje se completou o círculo, com a indústria educacional utilizando essas informações para a tomada de decisões, assim como dados de pesquisas.
Em 2017, o segmento de educação adotará o modelo baseado na análise de dados para obter previsões mais precisas de desempenho. Também esperamos uma mudança rumo ao big data, em que o compartilhamento de informações de estudos entre escolas permitirá a formação de insights para o mercado, e não apenas de forma isolada em cada instituição.
Mas, os pesquisadores alertam que a aceitação desses dados não irá direcionar o mercado educacional para adoção de medidas de desempenho, com uma confiança plena em métricas que utilizam dados de forma passiva para prever o sucesso. Em vez disso, o sucesso dependerá de como as escolas aproveitam os dados de forma saudável, transformando testes e mensurações em insights práticos e úteis. Ser capaz de modificar a forma de ensinar para atender aos anseios dos estudantes pode aumentar o engajamento e motivação dos alunos e melhorar os resultados.
E enquanto o conceito de big data expande a automação para a grande maioria, a equipe de pesquisadores do LMS Canvas percebe os professores como detentores da chave para o sucesso desses dados, pois serão capazes de utilizar essas informações com sabedoria para intervir ou encorajar e transformar o ensino e a aprendizagem.
Tecnologias abertas: o ano do open source
Especialistas em tecnologia acreditam que as escolas e faculdades podem se beneficiar da virtualização e dos serviços na nuvem, assim como outros segmentos. Mas mesmo assim, muitas escolas ainda relutam em adotar esta tecnologia. Em 2017, veremos que as preocupações constantes em torno da privacidade e da segurança diminuem à medida que as instituições estabelecem relações sólidas com fornecedores de tecnologia, trabalhando em parceria para construir sistemas adaptáveis, seguros e capazes de evoluir dentro de um ambiente ágil de TIC. A computação na nuvem ajudará a desencadear a próxima onda de inovação tecnológica nas escolas, permitindo aos educadores modificarem a maneira como os cursos são ministrados para uma geração de estudantes conectados.
Em 2017, outros provedores de TI também irão aderir às tecnologias abertas, afastando-se de um modelo proprietário. O questionamento é o sobre o que é melhor: um produto criado por um grupo de desenvolvedores ou aquele construído por uma comunidade, envolvendo milhares? O papel colaborativo no desenvolvimento da tecnologia se tornará proeminente. A mudança para a adoção do open source (código aberto) trará à inovação e capacitará as escolas a modelar os produtos adquiridos para superar os desafios atuais.
Educação preparatória: ensinar para a vida
Uma pesquisa global do LMS Canvas mostrou que uma minoria dos estudantes (10%) acredita que a educação prepara-os adequadamente para o mercado de trabalho. A combinação da necessidade das instituições em demonstrar o retorno sobre o investimento (ROI) em educação e a pressão exercida pelos estudantes trará um foco renovado à empregabilidade em 2017. As instituições de ensino superior devem adaptar-se, demonstrando o seu valor, com formandos preparados para serem bem sucedidos no mercado profissional. Ao invés de ensinar os alunos a pensarem criticamente e a se tornarem solucionadores de problemas, os professores ainda se preocupam com a memorização de conteúdos. Em 2017, as instituições em todos os patamares devem ajudar a criar um ambiente de aprendizagem voltado para a aquisição de habilidades desejadas pelo mercado de trabalho e para que os estudantes possam ser cidadãos plenos, sem tantas preocupações com testes durantes as aulas e outras formas de mensuração.
Experiência estudantil: sempre aprendendo
Com os alunos solicitando constantemente acesso remoto aos materiais dos cursos, as instituições exigirão maior disponibilidade de seus parceiros tecnológicos. A computação na nuvem ou o gerenciamento de serviços voltarão a ser atraentes à medida que as instituições perceberem e compararem o valor do consumo X propriedade. Mas, garantir a integridade dos dados e a sua disponibilidade contínua requer confiança, o que é algo que muitos fornecedores de tecnologia terão que construir junto às escolas e faculdades atendidas. Ao selecionar um parceiro, as instituições devem refletir nessas questões, considerando o tempo de atividade, a confiabilidade e as credenciais que garantam que estes parceiros tenham procedimentos robustos de recuperação de dados (disaster recovery).
*Jared Stein é vice-presidente de pesquisas e educação do Canvas LMS, desenvolvido pela Instructure, empresa de tecnologia de software como serviço (SaaS).

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