Com o gradual aumento da oferta de vacina contra a Covid no Brasil, Eduardo Jorge da Fonseca, integrante dos Comitês de Vacinação contra o Coronavírus no Recife e em Pernambuco, acredita que até setembro, 70% da população brasileira candidata a receber a vacina contra Covid poderá imunizar-se. Outra boa notícia é a tendência de aumentar a variedade de vacinas eficazes e seguras para crianças. “O uso das vacinas em maiores de 12 anos já é autorizado para os imunizantes de plataforma RNA, como a vacina da Pfizer e da Moderna. Já existem estudos em conclusão, com resultados bem promissores em idades menores, inclusive com a CoronaVac”, informa o médico que é tutor de Medicina da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) e médico do Imip.
Mas essas boas notícias não significam que estamos prestes a vencer a batalha contra o coronavírus. Nesta entrevista à Cláudia Santos, Eduardo Jorge da Fonseca, que também é representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações, alerta para o risco da variante Delta, a possibilidade de surgirem novas mutações do vírus e a importância de continuarmos com as medidas de proteção contra a Covid-19.
Como o senhor avalia a velocidade da vacinação em Pernambuco e no Brasil?
Acreditamos que nos próximos meses haverá um incremento importante na cobertura vacinal com a garantia de um quantitativo de doses considerável. Tenho certeza de que até setembro, 70% da população elegível deverá ter tido acesso à primeira dose da vacina.
No contexto dessa nossa realidade, qual o perigo que a variante Delta pode apresentar em termos de aumento de casos, de óbitos e de pacientes hospitalizados por Covid-19 no Estado e no País?
A variante Delta apresenta maior transmissibilidade e isso é sempre um risco maior. Associado ao fato que para as vacinas atuais, a proteção para a variante Delta só acontece de forma adequada após a segunda dose. Entretanto, se continuar neste ritmo mais acelerado da vacinação, poderemos impedir uma nova onda.
Quem está vacinado pode propagar a variante Delta?
Para qualquer variante, a maioria das vacinas tem demostrado efetividade para as formas graves, porém não temos certeza se impede a transmissão da doença para outras pessoas.
E qual o risco de surgimento de novas variantes?
Este risco haverá sempre, enquanto a população não estiver vacinada com duas doses. Por isso que é tão relevante acelerar o processo de vacinação.
Como estão os estudos para investigar a eficácia e a segurança das vacinas em crianças?
O uso das vacinas em maiores de 12 anos já é autorizado para os imunizantes de plataforma RNA, como a vacina da Pfizer e da Moderna. Já existem estudos em conclusão, com resultados bem promissores em idades menores, inclusive com a CoronaVac.
Leia a entrevista completa na edição 185.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com