Após ser adiada por conta da pandemia do coronavírus, as Olimpíadas de Tóquio têm novas datas: começam no dia 23 de julho e seguem até o dia 8 de agosto. O campeonato, que estava previsto para acontecer em julho de 2020, em Tóquio, teve que ser adiado por um ano. Com este cenário, os atletas encontraram dificuldades para continuar a preparação física; afinal, no alto rendimento, é importante mantê-la em dia. O desafio é manter o corpo ativo e a cabeça focada para o retorno às competições.
“A preparação durante a pandemia manteve os atletas em atividade e a manutenção de suas capacidades orgânicas. A importância de estarem ativos ressalta a tentativa de manterem tudo aquilo que conseguiram acumular durante as etapas anteriores de treinamento era fundamental, para que conseguissem níveis significativos de performance posteriormente”, ressalta Paulo Vaz, professor de Educação Fisica do Centro Universitário UniFBV e mestre em Treino de Alto Rendimento Desportivo.
Paulo acredita que o maior impacto, em relação aos esportes diretamente, vem por meio da diminuição das competições. “Os ciclos de treinamento voltados para os jogos olímpicos têm duração de 4 anos, e nesse período as competições são fundamentais para analisar todo o trabalho realizado e identificar os ajustes necessários para alcançarem o que almejam. Sem competições, as possibilidades de organização e construção do trabalho fica um tanto quanto escassas”, afirma.
A rotina de um atleta de alto rendimento envolve treinos pesados, fisioterapia e acompanhamento de médicos, psicólogos e nutricionistas, os dias de preparação são intensos. Impossibilitados de treinar como de costume, os atletas adotaram uma nova palavra ao momento vivido: adaptação. Foi necessário se adaptar ao novo normal e iniciar treinamentos em casa para evitar a perda de condicionamento físico.
Apesar dos desafios, a bandeira de Pernambuco estará bem representada nos jogos. Etiene Medeiros (natação), Carol Santiago (natação), Phelipe Rodrigues (natação), Maria Eduarda Francelino (Duda, futebol), Marcilio Mota (Nino, futebol), Bárbara Micheline (futebol) e Érica Sena (atletismo) serão os nomes do Estado na competição pelas medalhas no maior evento esportivo do mundo. Modalidades como futebol, handball, e os esportes individuais, principalmente algumas provas do atletismo, são possibilidades, além da natação. “Creio que o fato dos nossos atletas pernambucanos estarem entre aqueles que compõem a delegação do Brasil que vai à uma olimpíada seja um feito de enorme grandeza”, diz Paulo confiante.
PROTOCOLOS
De acordo com o protocolo de convivência com da covid-19 pelo Governo de Pernambuco, os atletas terão que manter o distanciamento social e as medidas de higiene, usando sempre o álcool em gel. O uso das máscaras é indispensável. Aqueles que apresentarem sintomas de gripe deverão ficar em isolamento.
As modalidades também terão diretrizes específicas, como a desinfecção dos materiais e equipamentos e aferição de temperatura antes do acesso aos espaços esportivos. A orientação é que mantenham em atividades remotas os atletas que se enquadrarem no grupo de risco da covid-19.
“Acredito na realização dos jogos dentro das circunstâncias impostas pela pandemia no mundo com todos os cuidados necessários. Temos hoje competições de grande porte acontecendo em alguns países, a Eurocopa é um exemplo, o que mostra que a vacinação em massa associada aos cuidados com aspectos de higiene e limpeza, dão possibilidade para a realização dessas atividades”, conclui Vaz.