Claudia Santos – Página: 140 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Saneamento básico e o combate ao Aedes

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) divulgou uma nota pública na qual alerta que o País só ganhará a guerra contra o mosquito Aedes aegypti com saneamento básico. A iniciativa da ABES busca concentrar esforços para conscientizar a sociedade de todo o Brasil de que somente por meio do saneamento básico será possível mudar o cenário epidemiológico de expansão de doenças cujos agentes são transmitidos pela falta de saneamento, como é exemplo do mosquito Aedes aegypti. O estado de alerta em que se encontra o País demonstra que persiste a necessidade de investimentos em saneamento básico para as cidades brasileiras. Segundo a ABES, em 2001, políticas públicas surgiram através de uma orientação da Organização Mundial da Saúde para a erradicação do Aedes aegypti. No entanto, essa opção não se tornou viável ao longo do tempo. Atualmente, a orientação nacional é para o controle do mosquito vetor. “Enquanto o poder público busca soluções para as demandas isoladas, o mosquito vai sobrevivendo. Sua característica biológica, que permite que os ovos permaneçam em ambiente seco por mais de 500 dias, permite a sua viabilidade após muitos meses, o que faz com ele possa ser transportado por via terrestre ou marítima ampliando sua distribuição geográfica”, afirma Dante Ragazzi Pauli, presidente nacional da ABES. No abastecimento de água, o pior problema para o combate à dengue, de acordo com a ABES, é o abastecimento irregular, como falta ou intermitência de água, porque leva a população a usar caixas d’água, potes e barris. E, sem tampas ou mal tampados, esses reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade. O mosquito só deposita seus ovos em recipientes de água potável e não potável, mas com pouco material em decomposição, por isso que esgotos também devem ser considerados. Nos resíduos sólidos, adverte a associação, o problema está na coleta irregular de resíduos, no acúmulo de resíduos como garrafas plásticas, embalagens, pneus e outros recipientes, nos quais a água da chuva se acumula. Isso ocorre tanto em imóveis como nas ruas e áreas de depósitos de lixo irregulares. “Não há sustentabilidade financeira e ambiental para que servidores da saúde, o exército ou outros agentes estejam a cada dez dias visitando todas as casas no País para removerem focos do mosquito”, ressalta o presidente da ABES. Ele explica que o controle com inseticidas é realizado apenas pelos órgãos de Vigilância em Saúde nos municípios, de acordo com orientações do Ministério da Saúde, quando houver casos confirmados de doentes. Isso porque o inseticida atua apenas na forma adulta do mosquito, e não é eficiente para ovos e pupas (fase intermediária entre a larva e vida adulta). Porém, muitas pessoas acreditam que a aplicação dos produtos é a solução do problema, o que tem levado ao seu uso indevido e a contaminação ambiental. A ABES considera também que o uso indiscriminado de larvicidas pelos agentes de saúde reforçam na população o sentimento de que apenas o uso de produto químico pode resolver o problema. “Esta concepção errônea reduz o comprometimento necessário pelo cuidado constante de prevenção nas casas pelo morador e dificulta a redução da infestação do mosquito”. Dante pontua que as ações de controle do mosquito envolvem tanto as políticas públicas de saúde como de saneamento. Mas os responsáveis por tais políticas, segundo o presidente da ABES, não têm uma ação integrada quanto a ação individual e comunitária. “Promover o saneamento é a melhor campanha sanitária contra essas doenças”, finaliza

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Pediatra, folião, cantor e compositor

Acorda Recife, Acorda/ Que já é hora de estar de pé/Levanta o Carnaval começou/No Bairro de São José. Carnavalesco pernambucano que se preze certamente já cantou esses versos do Frevo do Galo, seguindo o cortejo do maior bloco do mundo. O que poucos foliões talvez saibam é que um dos compositores da canção, Fernando Azevedo, é um renomado pediatra. Mas não é difícil perceber, logo no primeiro contato, o artista que existe neste médico elegante de sorriso largo. Sua voz forte e tranquila revela o cantor de serestas e clássicos da música popular. Um talento que foi descoberto ainda na infância por sua tia, que o estimulou a tocar piano. “Aos 5 anos já fazia audições no Teatro Santa Isabel com outros alunos e professores”, recorda o médico cantor. A carreira de pianista, porém, foi interrompida por um velho preconceito muito presente na sociedade recifense dos anos 50: piano não era homens, mas exclusividade do universo feminino. “Era o presente de 15 anos das mulheres”, resume. Para preservar a imagem de sua masculinidade, ele resolve desistir do piano, para desconsolo da tia. Inconformada com a desistência e ciente que o sobrinho era um músico nato, presenteou-o com um violão. “Tive, então que enfrentar outro preconceito, já que se dizia na época que violão era instrumento de vagabundo e boêmio. Mas essa barreira enfrentei e acabei virando um militante da boemia”, conta sorrindo, Fernando Azevedo, recordando-se do período em que frequentava os bares famosos do centro do Recife como o Canavial e Capibaribe. Com seu violão, ele se apresentava em programas de rádio e tv cantando bossa nova e serestas. Porém, aos 18 anos, veio o momento de decidir a profissão e o legado do pai médico, fundador da Faculdade de Ciências Médicas, falou mais alto. Nessa trajetória encontrou com o mestre Fernando Figueira, fundador do Imip, que despertou nele o interesse para ser pediatra. “A pediatria tornou-se uma paixão”, revela, categórico. Hoje, aos 75 anos atende a terceira geração de muitas famílias. “Fui médico da avó de pacientes atuais. Esse é o lado bom da pediatria, participo da vida desses familiares e faço com gosto”, afirma o médico, ostentando orgulhoso mais de 50 anos de medicina. E a aposentadoria não consta dos seus planos. A medicina, no entanto, não o fez separar da sua outra paixão, a música. E, nesse meio tempo, até voltou a dedilhar um piano. Afinal, os tempos são outros. A retomada aconteceu quando a amiga Josefina Aguiar, famosa pianista erudita, pediu para guardar o seu instrumento na espaçosa residência onde o médico morava com a mulher e os filhos. Anos depois, casa foi vendida a uma construtora que ergueu no local, um edifício em que Azevedo hoje possui um apartamento. Mas na decoração do novo lar, um piano tem um lugar de destaque. Seu talento o levou também a compor canções inspiradas como o Frevo do Galo – bloco em que desfila desde a fundação. Teve composições gravadas por intérpretes como Amelinha e se apresentou com artistas como Cauby Peixoto. Há um momento também em que as duas paixões – a arte e a medicina – se entrelaçam. Ele e outros seis médicos criaram a Orquestra de Médicos do Recife, que se apresenta em hospitais dentro da filosofia da musicoterapia. “A música é uma terapia para quem faz e para quem ouve. Alegra o paciente e alivia seu sofrimento”, constata o médico, cantor, músico e compositor

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Pesquisa estuda uso da tilápia em queimadura

Ler uma reportagem no Jornal do Commercio em novembro de 2011, intitulada “Couro de tilápia vira artesanato”, despertou o interesse do cirurgião plástico Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas, localizado em Pernambuco. O médico vislumbrou a possibilidade de utilizar a pele desse peixe como curativo biológico temporário no tratamento das queimaduras e feridas. As informações sobre como descontaminá-la de forma segura para o uso em humanos vieram com o decorrer do tempo, por meio da experiência do cirurgião plástico como responsável técnico por quase dois anos do Banco de Pele do Imip. Delineava-se então o esboço da pesquisa científica, inédita no mundo. A pesquisa agora está em andamento, graças a um convênio firmado com o Instituto de Apoio ao Queimado (ONG do Ceará), por meio de seu presidente e pesquisador, o cirurgião plástico Edmar Maciel. Ainda com seu auxílio, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC) também aderiu ao projeto, trazendo o pesquisador e professor Odorico Moraes. Além desses médicos, a investigação científica conta com a participação de Nelson Piccolo, experiente cirurgião plástico de Goiás. Coube ao Instituto também viabilizar o financiamento da pesquisa, através de parceria estratégica firmada com a Companhia Energética do Ceará (Coelce/ANEEL). Até o momento, no NPDM, foram realizadas dez fases da primeira etapa pré-clínica, todas com bons resultados. Dentre os aspectos avaliados estão a histologia e microbiologia da pele de tilápia, teste de resistência à tração e estudo comparativo com a pele humana. O projeto foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o objetivo de obter orientações e aprimoramentos sobre o estudo. Os primeiros resultados serão publicados no início deste ano na Revista da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ). Eles também serão apresentados no Congresso Anual da American Burn Association, que ocorre em maio, em Las Vegas. “Nosso intuito é que a pesquisa, pioneira na área de queimaduras, seja apresentada a um maior número de publicações e eventos da especialidade no Brasil e no exterior”, conta Marcelo Borges. Os pesquisadores estimam que a etapa clínica em seres humanos deva acontecer no segundo semestre de 2016, após aprovação formal do Comitê de Ética e Pesquisa (Conep). Nessa fase, haverá participação dos maiores centros de queimados do Brasil, para que possam ser colhidos os resultados e a evolução do tratamento utilizando a pele da tilápia.

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Priscila Krause visita Algomais

A deputada estadual Priscila Krause visitou a redação da Revista Algomais, onde foi recebida pelos diretores Sérgio Moury Fernandes e Luciano Moura. A parlamentar elogiou o conteúdo editorial da revista. “Fico feliz em saber que uma revista de credibilidade, como a Algomais, vai completar 10 anos em 2016”, afirmou. Durante a visita, Priscila Krause mostrou a finalização de mais uma etapa do projeto Monitora Recife, criado para acompanhar o andamento de 293 obras da atual administração municipal da capital pernambucana, por meio do site www.monitorarecife.com.br. Segundo análise do documento, 12% dos projetos da prefeitura estão concluídos, 9% estão em andamento dentro do prazo, 15% estão atrasados, outros 15% parados e 49% não foram iniciados.

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Cuidados com a alimentação no Carnaval

A nutricionista Sylvia Lobo dá algumas dicas preciosas para se manter bem alimentado e saudável durante a folia de Momo: A mistura de sol e Carnaval é a pedida preferida pelos foliões de plantão. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, é preciso cuidados especiais com a alimentação. A recomendação diária é a ingestão de 2 litros de água para um adulto, nesta época do ano passa para 3,5 litros. Como as pessoas pulam e suam muito, o organismo fica desregular, causando desidratação e cãibras musculares. Entre as dicas para manter o equilíbrio corporal e garantir a hidratação, combinar sucos de frutas com água de coco, que é um isotônico natural e rica em minerais. Por exemplo, pode-se misturar a água de coco com suco de laranja e limão, que tem muita vitamina C, ou com suco de couve-folha, pois contém ferro. O alerta também deve ser direcionado para a origem dos alimentos, já que a maioria acaba comendo na rua. O folião deve evitar comer em locais abertos, onde ele não conhece a procedência, pois podem surgir as conhecidas, mas muito perigosas, intoxicações alimentares. Assim, é importante não sair em jejum para as festas, sejam nas ruas ou em locais fechados, para não ter hipoglicemia. Recomenda-se uma refeição rica em vitaminas, carboidratos e proteínas, mas leve, como frutas, inhame, queijo e sanduíches naturais. Porém, se o exagero fez parte da festa, principalmente, regada de bebida alcoólica, no outro dia a opção é por uma dieta rica em líquido. O que chamamos da lei da compensação, evitando comida com muito sal e gordura, pão e massas, em geral. Uma ótima opção seria o refresco de melancia. PEQUENOS FOLIÕES – Entre confetes e serpentinas, a folia de Momo também abre espaço para a garotada brincar. Mas no meio da farra, os pais não podem esquecer-se de ter bastante cuidado com o que os pequenos foliões vão comer durante o carnaval. Com a grande oferta e o pouco tempo, é comum que as crianças se alimentem de guloseimas e frituras, o que pode prejudicar a saúde dessa turminha. A orientação é que as famílias evitem os salgados prontos, como coxinhas e empadas, cujo recheio não pode ser avaliado. Fuja de frituras e comidas com muito sal: elas retêm líquidos e a criança pode ficar inchada, se sentindo mal. Também é importante não esquecer de dar bastante água e refrescos para que seu filho não desidrate com o calor. O ideal é levar o lanche das crianças de casa, em uma bolsa térmica. Pode ser um sanduíche de queijo branco – menos gorduroso que o amarelo, diminuindo o risco de uma dor de barriga indesejada, acompanhado de uma bebida natural, que repõe as energias e refresca. A bebida pode ser um suco de acerola, ou laranja, que tem vitamina C e ajuda na prevenção a gripes. Se não for possível levar já pronto, prefira comprar os alimentos que são feitos na hora, como espetinhos de carne e frango ou queijo branco no palito. A tapioca de queijo coalho também vale, mas sem o coco. RECEITAS: Suco de água de coco com couve-folha: cozinhar a couve-folha e passar no liquidificador com um pouco de água mineral. Após peneirar, adicionar a água de coco, que neutraliza o gosto da couve-folha. Não é necessário adoçar. Refresco de melancia: para cada 100 gramas de melancia (uma fatia com a espessura de “dois dedos”), adicionar dois copos de 200ml de água e bater no liquidificador.

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Pernambucanos ajudam refugiados sírios

Nesta época quando se ressalta o espírito natalino, chama a atenção os esforços que um grupo de pernambucanos tem feito para ajudar os refugiados sírios que sofrem com guerras e as ameaças do Estado Islâmico. Nada mais compatível com a filosofia do Natal. Afinal, o Menino Jesus e seus pais também podem ser classificados como refugiados, por terem partido para o Egito, fugindo das ameaças do rei Herodes. A iniciativa para auxiliar os sírios foi da bancária Bruna Guedes, que acolheu em sua casa, em Igarassu, o casal Mouammar e Mermin e filho Ameer, de menos de um ano. “Como sou espirita, sempre busquei ajudar as pessoas”, conta Bruna. “Estava acompanhando no noticiário a triste situação dos refugiados, com aquelas imagens chocantes e quando vi o menino Aylan morto fiquei angustiada, porque lembrei do meu filho”, recorda-se. A partir do impacto dessas cenas, ela decidiu que ajudaria de alguma forma essas pessoas. “Havia um quarto sobrando na minha casa e pensei que poderia acolher alguns sírios que fugiam da guerra”, justificou. A partir do contato com uma refugiada em São Paulo, ela soube da situação de Mouammar e sua família. Em outubro eles ficaram na residência de Bruna e hoje já estão instalados num apartamento no Recife. De lá para cá, formou-se uma rede de solidariedade em torno deles. A ponto de hoje essas pessoas planejarem a criação de uma ONG chamada Mãos Unidas. Ao saber da iniciativa de Bruna, sua amiga Dani Lins, proprietária da Casa Mecane, uma escola de artes, ofereceu a Mouammar a oportunidade de dar aulas de violão no local. “Ele é professor de música”, explica Bruna. As imagens dos refugiados na mídia também sensibilizaram Dani a ponto de querer fazer algo em prol dos sírios. “Acredito que é uma questão de humanidade”, fundamenta Dani. “Como eu não podia recebê-lo em minha casa essa foi a forma de ajudar”. Dois alunos já se matricularam para receber as aulas de violão que são realizadas uma vez por semana a um custo de R$ 130 por mês. Essa rede de solidariedade conta ainda com a participação do revisor de texto Victor Souza, que está dando aula de português para o casal. “Você não precisa estar no front de guerra para ajudar. O importante é entender o nosso papel, porque se nos esquivarmos da realidade, contribuímos para que se perpetue esse tipo de violência”, defende Victor. Nesse acolhimento dos sírios tem ocorrido uma interessante troca de conhecimentos culturais e muitos preconceitos têm sido derrubados. Bruna, por exemplo, está encantada com a relação de respeito e carinho do casal, em que Mouammar muitas vezes toma conta do filho. Uma imagem distante do estereótipo do árabe machista. “É uma união bem-sucedida e sincera”, constata Bruna. “Por outro lado, eles acham que as mulheres aqui sofrem e trabalham muito”, coloca Bruna, que é uma figura feminina muito diferente de muitas muçulmanas, já que tem cabelos curtos e é mãe solteira. “Na cultura deles uma mãe não pode registrar o filho sem o nome do pai”, compara a bancária. Já Victor é gay assumido. “Apesar de serem muçulmanos, isso nunca os incomodou. Acho que há mais preconceito por parte de muitos brasileiros”, considera o professor. Opinião compartilhada por Bruna que vem recebendo mensagens agressivas nas redes sociais por estar ajudando os refugiados. “Outro dia uma pessoa me abordou dizendo que eu estava colocando minha vida em risco por abrigar terroristas”, conta Bruna, indignada. O grupo volta-se, agora, para ampliar a ajuda a outros sírios que precisam de asilo. Algumas pessoas se disphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam a oferecer a casa para acolhê-los. Porém não há recursos para comprar as passagens de avião para trazê-los. Interessados em ajudar podem transferir milhas aéreas. “São necessárias 80 mil milhas” informa Bruna. Para os que apreciam a comida árabe, existe uma outra forma, digamos, saborosa de auxílio. Breno Melo, que fez cursos de gastronomia na Argentina, no Peru e em São Paulo, uniu-se à rede de solidariedade e promove um jantar típico na Casa 12, um espaço que ele está montando no bairro de Casa Forte. “Haverá show de dança do ventre e música”, planeja Breno. A intenção dele é fazer um evento beneficente que divulgasse o nome da casa. “Precisamos ter paixão pelo que fazemos e ajudar é algo muito motivador”, constata o chef, que já tem novos planos para a Casa 12. “Em fevereiro devemos fazer um curso de extensão de técnicas básicas de cozinha junto com a Unicap para refugiados senegaleses. A ideia é ajudá-los a conseguir o primeiro emprego”. Em meio a tantos conflitos e preconceitos mundo à fora, é bom saber que existem pessoas que pensam de forma solidária e não apenas no período do Natal. COMO AJUDAR 1. Você pode doar milhas para passagens aéreas no cartão Smiles, da Gol, nº 442897372 em nome de Bruna Guedes. Tel.97312-3677 2. 2. Receber aulas de violão do sírio Mouammar na Casa Mecane: Av. Suassuna, 340, Boa Vista. Tel.: 3038-0543

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Uma pitada de saúde

Responsáveis por realçar o sabor dos pratos, os temperos aguçam o paladar do homem há séculos. O interesse era tanto que, no início da Idade Moderna, os europeus resolveram se lançar ao mar em direção ao Oriente, em busca das cobiçadas especiarias indianas. Com a expansão marítima, os moradores do Velho Continente driblaram o monopólio árabe e puderam desfrutar mais facilmente não apenas do gosto, mas também, dos benefícios medicinais de condimentos como canela, pimenta do reino, cravo e noz-moscada. Os anos se passaram e os temperos hoje são comumente encontrados no Ocidente e uma ótima opção para quem quer aliar os prazeres da culinária aos cuidados com a saúde. “Eles são compostos por uma série de propriedades benéficas como anti-inflamatórias e antioxidantes. Alguns, inclusive, auxiliam na prevenção de doenças como o câncer”, explica a professora de nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) Maria Auxiliadora. Nas duas páginas seguintes, você encontra uma lista com temperos saudáveis, além de dicas de como incluí-los no seu cardápio diário. Mas é importante lembrar que todos devem ser saboreados com moderação. “Se consumidos em uma dosagem acima da recomendada, podem provocar efeitos colaterais”, alerta a nutricionista clínica funcional Jandira Gadelha.

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Pilates mantém a forma e o equilíbrio

Criado durante a 1ª Guerra Mundial para a reabilitação física dos soldados lesionados, o pilates tornou-se popular apenas na década de 80. Não há dados precisos sobre a modalidade no Brasil, mas basta sair para observar o grande número de estúdios espalhados pelas ruas aqui, mesmo, no Recife. O boom ocorreu depois que o método passou a ser o queridinho das famosas para manter a boa forma. No entanto, as vantagens vão muito além do simples fato de esculpir o corpo. Alguns dos benefícios como redução de dores na coluna e correção postural já são bem conhecidos e outros efeitos também estão sendo observados. Entre eles se destacam a melhora da concentração e da noção de equilíbrio. A técnica ainda auxilia no tratamento de problemas respiratórios. De acordo com a tutora do curso de fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Renata Firmo, a metodologia alcança diferentes resultados, pois trabalha o corpo de maneira global. “Os exercícios são praticados, visando o equilíbrio entre o corpo e a mente, promovendo consciência corporal, realinhamento postural, tonificação de músculos, melhora da flexibilidade e alívio de dores crônicas.” Um dos princípios utilizado pela técnica para atingir tais objetivos é o centro de força. Também chamado de power house, ele refere-se a músculos estabilizadores da coluna. Através do pilates, então, busca-se fortalecer esse ponto central para manter ou recuperar o equilíbrio. “Durante a aula, fazemos vários exercícios que desestabilizam para que, posteriormente, o aluno possa ganhar estabilidade”, relata a fisioterapeuta Franciella Soccal. Diferente do que ocorre em outros tratamentos fisioterapêuticos para a reabilitação física, no pilates, o aluno influi diretamente na execução dos movimentos. Esse é um dos motivos pelo qual a técnica também  auxilia na capacidade de memorização. “É necessário que o paciente preste atenção, pois são realizadas várias atividades ao mesmo tempo. Então, aos poucos, se observa uma melhora na concentração”, explica Renata. A técnica, que é indicada para todas as idades, tem a capacidade agir sobre diversas áreas do corpo humano graças a um aspecto importante: a possibilidade de montar programas específicos a partir das necessidades de cada aluno. “Uma das características das aulas de pilates é a não utilização de um protocolo fechado de exercícios, favorecendo, assim, uma gama maior de estímulos”, informa o fisioterapeuta e professor substituto da UFPE Taciano Rocha. A aposentada Margarida Maciel, 67, é uma das adeptas do método. Ela resolveu trocar os exercícios de musculação pelo pilates e é só elogios para a atividade. “As dores que sentia nas costas e na coluna diminuíram muito.” Já dona Josilda Camarotti, 80, comemora o ganho de flexibilidade. A respiração é uma das ações enfatizadas durante as aulas de pilates e mais recentemente o benefício da metodologia para tratamento de doenças respiratórias vem sendo constatada. Uma pesquisa divulgada no Jornal Brasileiro de Pneumologia mostrou os efeitos positivos do método em portadores de fibrose cística. Dos 19 voluntários submetidos ao estudo, todos apresentaram um aumento na capacidade da força muscular respiratória. Embora ainda sem comprovação científica, os efeitos do pilates em pacientes com Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva (DPOC) também vêm sendo observados. O distúrbio, que tem como principal fator de risco o tabagismo, debilita os pulmões, prejudicando o fluxo aéreo. A patologia atinge um número expressivo de pacientes no mundo, 210 milhões pessoas, segundo a Associação Brasileira de Portadores de DPOC. Além da dificuldade para respirar, a doença provoca uma disfunção muscular nos membros inferiores, o que prejudica a realização de simples atividades cotidianas. “A perda de massa muscular é um preditor de mortalidade para os pacientes com DPOC. Assim, o tamanho da musculatura e sua força estão relacionados com desfechos clínicos importantes como a intolerância ao exercício”, explica Taciano. A reabilitação pulmonar, que consiste em uma intervenção com base em diferentes áreas da saúde, é o caminho mais indicado para o tratamento da doença, segundo a presidente da Sociedade Pernambucana de Pneumologia e Tisiologia (SPEPT), Adriana Velozo. “É possível notar a redução dos sintomas, aumento da participação física e emocional do paciente. Ou seja, uma melhora da qualidade, de um modo geral”, destaca. O pilates pode ser, então, um dos componentes desse tratamento multidisciplinar. De acordo com Taciano, a coordenação da respiração durante a prática do pilates é, justamente, um dos fatores responsáveis pela evolução. Assim, o ar, que tende a ficar preso nos pulmões dos portadores de DPOC, é expelido mais facilmente. “É importante lembrar, no entanto, que a obstrução não é reversível”, acrescenta. A funcionária pública, Julieta Maria Soares, 61, pratica o pilates há 3 anos. Mas depois de descobrir, em julho, que é portadora de DPOC, o programa de atividades foi alterado. “A médica me aconselhou a continuar fazendo, no entanto, os exercícios passaram a ser mais voltados para a parte torácica”, conta. “Houve uma melhora na postura dela que era bem encurvada, o que acaba por melhorar a dinâmica do tórax”, acrescenta Taciano. O aposentado Reginaldo Florêncio, 83 anos, é outro que sente os benefícios do método. Uma simples caminhada havia se transformado em um sacrifício para seu Reginaldo. “Antes, praticamente, não conseguia andar. Depois que comecei a fazer aula de pilates, já fui do Engenho do Meio até o final da Canxagá”, celebra. Texto: Camila Moura. Fotos: Juarez Ventura

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Clarrisa Assad em show de piano e voz

A CAIXA Cultural Recife encerra a temporada projeto Solo Música com o show piano e voz de Clarisse Assad, no dia 16 de dezembro de 2015. Clarice pertence à geração mais recente do sobrenome Assad, que realizam um trabalho musical que une respeito à tradição e, ao mesmo tempo, experimentalismo e virtuosismo. Internacionalmente conhecidos são o Duo Assad, de Odair e Sérgio, e a irmã deles: Badi. Todos ligados ao violão. A apresentação tem sessão única, às 20h, e os ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia) estarão à venda a partir 10h do dia do espetáculo. A Classificação Indicativa é 10 anos. A carioca Clarice, que está no Recife pela primeira vez, é filha de Sergio (Duo) e seus instrumentos são piano e voz. Suas influências, como as de Badi, passam do popular ao jazz, além da música clássica e da ópera. Pouco conhecida no Brasil, Clarice reside nos Estados Unidos, onde possui carreira em ascensão como compositora e musicista. Compositora, arranjadora, cantora, virtuose ao piano, Clarice faz uma música intensa e possui forte presença de palco. “Mesmo quando faz releituras da MPB, há um frescor em sua música, que soa sempre como nova, dadas às qualidades de pianista e cantora. É artista a ser descoberta pelo público brasileiro”, destaca o produtor Alvaro Collaço, curador da Série Solo Música. “É com muita felicidade e entusiasmo que volto ao Brasil para uma série de recitais do Projeto Solo Música. E, melhor ainda, fazendo uma das coisas que mais gosto dentro da música: tocar e cantar”, diz Clarice. A artista selecionou o repertório do show com base no próprio histórico musical de mais de 15 anos de estudo, dedicação e pesquisa do mundo sonoro, principalmente em técnicas vocais que abrangem variadas culturas, experimentos vocais e melodias. “Esse estudo do ‘scat singing’ me proporciona a mistura característica da minha música, as influências americanas e brasileiras, cantos do mundo árabe, entre outros”, explica. O setlist mescla clássicos da MPB e música internacional: canções de Milton Nascimento (“Cravo e Canela”, Ponta de Areia” e “Maria Maria” ), um pout-pourri de Tom Jobim, Egberto Gismonti (“Frevo”) e Heitor Villa-Lobos (“Trenzinho do caipira”). Mas terá também George Gershwin (“The man I love”), The Beatles (“Blackbird”) e Quincy Jones, Rod Temperton e Lionel Richie, a música “Miss Celie´s blues”, escrita para o filme “A Cor Púrpura”. SERVIÇO Solo Música – Clarisse Assad Local: CAIXA Cultural Recife, Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Praça do Marco Zero – Bairro do Recife Antigo. – 3425-1900/1915 Data: 16 de dezembro de 2015 Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia) [meia-entrada para estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA e pessoas acima de 60 anos]. Vendas a partir das 10h do dia 16 de dezembro. Acesso para pessoas com deficiência

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O idoso e o Sexo

Endocrinologista Ney Cavalcanti analisa o sexo na terceira idade, tema ainda considerado tabu pela sociedade.  Ele rebate a ideia de que mudanças hormonais ocorridas com a idade mais avançada fazem desaparecer a necessidade e o desejo da atividade sexual.         Os idosos sofrem discriminação por parcela importante da população. Afinal eles se apresentam de maneira oposta dos atuais ícones da sociedade, que são juventude e beleza. Alguns jovens, inclusive, tratam os idosos como se pertencessem a uma espécie diferente da sua. Não se lembram, que é preciso ter sorte e saúde bastante, para viver o suficiente até se alcançar a condição de idoso. No aspecto de vida sexual, o julgamento é rigoroso. Sexo é só para os jovens e os de meia idade. Essa forma de pensar é dominante entre os leigos e também, infelizmente, entre muitos médicos. O raciocínio em que se baseiam seria que, ao atingir a terceira idade, as modificações que ocorrem, inclusive as hormonais, fariam desaparecer a necessidade e o desejo da atividade sexual. Esse pensamento é absolutamente falso. Nos casos dos hormônios no homem, não existe, na maioria dos casos, diminuição significativa dos níveis de testosterona com a idade. Existem octogenários com níveis desse hormônio semelhantes a de indivíduos muito mais jovens. Nas mulheres, com a menopausa existe uma redução abrupta dos hormônios femininos, os estrógenos. Porém, muito mais importantes como estímulo para a atividade sexual são os hormônios masculinos, os andrógenos, que a mulher também os produz. Esses são secretados principalmente pelas glândulas adrenais que não se alteram com a menopausa . O resultado, é nessa fase da vida das mulheres, existe mais hormônios masculinos do que femininos. Por conta disso, algumas mulheres tem até exacerbação da libido. O aumento da longevidade, as melhores condições de saúde e o surgimento de drogas que favorecem a realização do ato sexual fazem com que cada vez mais idosos o pratiquem. Os números impressionam. Estudo recente realizado nos Estados Unidos demonstrou que 73% do grupo entre 56 e 74 anos de idade tem vida sexual. O percentual é menor entre nos que têm 75 e 74 ( 43%,), mas ainda persiste depois dos 75 (26%). Isso tem trazido alguns problemas. O principal é o grande aumento das doenças sexualmente transmitidas nesse grupo etário. Aumento inclusive proporcionalmente maior do que entre os jovens. Mais do que dobrou na última década. Um estudo realizado no Reino Unido demonstrou que 17% dos casos de Aids e 27 % dos novos casos da doença são diagnosticados em pessoas com mais de 45 anos de idade. Isto ocorre por dois motivos. Não existe temor da gravidez e a falta de informação de como se prevenir das doenças sexualmente transmitidas nesse grupo etário. O governo de vários países estão fazendo campanhas de esclarecimento para os idosos. É de muito sabido que os benefícios da atividade sexual não se resumem ao prazer que o orgasmo proporciona. O idoso que tem vida sexual é menos ansioso, mais sociável, adoece menos é mais otimista etc. Pesquisas demonstraram que pelo menos parte desses benefícios decorre do aumento da produção, por parte de hipófise, de um hormônio, a ocitocina. Há muito se achava que suas ações se resumiam em promover a contração uterina durante o parto, e estimular a saída do leite na amamentação. Porém se demonstrou ter ele uma outra e muito importante função . Hoje é considerado o hormônio do bem-estar. A sua secreção é aumentada por vários e diferentes estímulos. Contato com amigo, com uma pessoa que nos agrada, e principalmente pelo contato físico e atividade sexual. Os idosos que praticam o sexo têm níveis muito mais elevados dos que os que não o fazem. Foi também constatado que a adoção por parte de um idoso de um animal de estimação promove o aumento da secreção ocitocina. E você jovem, se tiver a sorte de se tornar um idoso no futuro, prefere continuar ter vida sexual ou tomar conta de um cachorrinho?

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