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Sísifo veste farda: a escala 6x1 como o castigo do trabalhador atual

João Galamba* Imagine acordar todos os dias, de segunda a sábado, repetindo uma jornada exaustiva que consome corpo, mente e alma. Ao final da semana, um único dia é concedido como “descanso”, onde o trabalhador não repousa, ele apenas se prepara para sobreviver à semana seguinte. Agora, imagine que isso se repete indefinidamente, como um ciclo sem fim. Assim vive o trabalhador submetido à escala 6x1. Quem vive sob essa lógica sabe: o domingo não é repouso, é manutenção. Lava-se a roupa, compra-se comida, arruma-se a casa, visita-se a família. Prepara-se o corpo para mais seis dias. E quando o corpo não responde, é culpa do cansaço? Não do sistema! No mito grego, Sísifo foi condenado pelos deuses a empurrar uma pedra até o topo da montanha, apenas para vê-la rolar de volta, num ciclo eterno, sem propósito ou recompensa. O esforço contínuo que não leva a lugar algum. Hoje, milhões de trabalhadores brasileiros vivem uma versão moderna desse castigo, disfarçada de legalidade: a jornada 6x1. No Brasil, Sísifo veste uniforme e bate ponto. Sua pedra é o turno de trabalho. Seu castigo é a repetição constante, sua liberdade é ficção. A cada semana vencida, não há vitória: há apenas o reinício do ciclo. A pedra rola de novo. O trabalhador acredita que está descansando, mas está apenas se preparando para recomeçar. Ele acorda cedo, enfrenta transporte precário, jornadas intensas e metas inalcançáveis. Quando finalmente chega o domingo, ele não vive: sobrevive. Tal como Sísifo, que via sua pedra rolar sempre de volta, o trabalhador vê a semana reiniciar, ainda mais pesada. E o mais perverso: acredita que isso é normal. Afinal, “sempre foi assim”. Mas naturalizar o excesso é aceitar a desumanização. É urgente discutir a redefinição da jornada de trabalho. Reduzir o tempo de labuta, garantir folgas reais e combater abusos que transformam o descanso em ficção. O trabalho não pode ocupar todos os espaços da vida. Se o tempo de viver se resume ao tempo de produzir, então não há liberdade e sim uma condenação. Sísifo não teve escolha. Mas o trabalhador tem. É hora de parar de empurrar a pedra. Repensar a escala 6x1 não é apenas uma questão de legislação. É uma questão de humanidade. *João Galamba é advogado especialista em direito do trabalho e sócio do escritório Galamba & Félix

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Laboratório de Petrolina recebe selos de excelência em análise de solos e plantas

LASP conquista certificações da Embrapa e da USP, reforçando seu papel estratégico no agronegócio do Vale do São Francisco O Laboratório de Solos e Plantas de Petrolina (LASP), referência em análises agronômicas no Nordeste, conquistou dois dos mais importantes selos de qualidade do setor: o Certificado de Excelência do Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade (PAQLF), coordenado pela Embrapa Solos, e o Selo PIATV, promovido pela ESALQ/USP. As certificações destacam o laboratório entre os melhores do país nas análises de fertilidade do solo e de tecidos vegetais. A avaliação do PAQLF envolveu 180 laboratórios de todo o Brasil e considerou critérios rigorosos de desempenho técnico. “O LASP atendeu com excelência aos critérios de qualidade das análises de fertilidade, micronutrientes e granulometria, tendo efetuado com confiabilidade as determinações constantes no Manual de Métodos de Análise de Solos da Embrapa durante o exercício interlaboratorial 2024/2025”, afirmou Marcelo Saldanha, coordenador do programa. Já o selo PIATV reconheceu a qualidade na análise do estado nutricional das plantas, com a participação de laboratórios do Brasil e de países como Uruguai, Paraguai e Angola. Com 27 anos de atuação, o LASP é fruto da parceria entre a Valexport, o IPA e a Embrapa Semiárido, e atende produtores de diversas regiões do país. “Nosso laboratório dispõe de equipamentos de última geração e uma equipe formada por profissionais em química, técnicos agrícolas, biólogas e área administrativa. Profissionais altamente qualificados nas áreas de análises de fertilidade do solo, tecido vegetal, composto orgânico, esterco e avaliação de fertilidade de gemas”, destacou Mayame Brito, coordenadora do LASP. Além de garantir agilidade e precisão nas recomendações de adubação, o laboratório também desempenha papel essencial na validação de análises exigidas por instituições financeiras em programas de financiamento agrícola. “O LASP oferece ainda ao produtor rural e também a instituições financeiras a validação de análise, que é uma ferramenta indispensável para aprovação de programas de financiamento e custeio de lavouras”, concluiu José Gualberto de Almeida, presidente da Valexport.

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Recife se torna a Capital da Ciência com a presença do MCTI na SBPC

Ministério leva exposições interativas e debates sobre inovação e tecnologia à 77ª Reunião da SBPC, realizada na UFRPE Entre os dias 13 e 19 de julho, Recife recebe a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com destaque para a presença do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que transforma a capital pernambucana na Capital da Ciência Brasileira durante o evento. Realizada na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a programação inclui exposições, atividades educativas e palestras que aproximam a população da ciência produzida no país. Na ExpoT&C, o público poderá conhecer de forma interativa os principais projetos das 27 instituições vinculadas ao MCTI, além de agências de fomento, empresas e institutos de pesquisa. A exposição abrange temas diversos como tecnologias espaciais, inteligência artificial, agricultura sustentável e preservação da biodiversidade. Um dos destaques é o Planetário Inflável do MAST, que simula o céu noturno sem interferência de luzes urbanas, e o trabalho do Cetene, com produção de mudas micropropagadas na Biofábrica Miguel Arraes. A ministra Luciana Santos, que participa da abertura solene no domingo (13), no Teatro do Parque, cumpre uma intensa agenda nos dias seguintes, incluindo a abertura oficial da ExpoT&C, conferência no auditório principal da UFRPE e participação na mesa da SBPC Mulher. A presença da ministra reforça o compromisso do MCTI com o fortalecimento da pesquisa nacional e a democratização do acesso à ciência. Com entrada gratuita, a ExpoT&C funciona de segunda a sábado e integra também a SBPC Jovem, espaço voltado para estudantes e professores da educação básica. A iniciativa reafirma o papel do MCTI na construção de políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação, com debates sobre temas estratégicos como transição energética, Amazônia, ciência aberta e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.

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Mais de 300 mil pessoas vivem em Unidades de Conservação em Pernambuco

Censo 2022 revela desafios sociais e ambientais enfrentados por moradores de áreas protegidas no estado Um total de 317.458 pessoas vive atualmente em Unidades de Conservação (UCs) em Pernambuco, o que equivale a 3,5% da população estadual, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE. A maioria desses moradores se identifica como parda (61,1%), seguida por brancos (26,4%) e pretos (12%). Também vivem nessas áreas 3.458 quilombolas e 1.015 indígenas, o que reforça a diversidade étnica e cultural presente nos territórios preservados. A esmagadora maioria da população residente em UCs — 311.497 pessoas — está localizada em áreas de uso sustentável, como Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e reservas extrativistas. As APAs, especificamente, abrigam quase todos esses moradores, totalizando 293.862 pessoas. Ao todo, o estado possui 34 unidades com presença populacional e outras 57 sem habitantes. Os dados também chamam atenção para as condições precárias enfrentadas por parte dessa população. Mais da metade dos moradores dessas UCs vivem em domicílios com algum tipo de deficiência no esgotamento sanitário. Além disso, 72.889 pessoas (23,6%) dão destinação inadequada ao lixo, seja queimando, enterrando ou despejando em áreas públicas, sem contar com serviço regular de coleta. Em 2.792 domicílios — onde vivem 8.915 pessoas — sequer há banheiro ou sanitário. Essas informações integram uma atualização do Quadro Geográfico de Referência do IBGE, com base no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o ICMBio e órgãos estaduais e municipais.

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Assaí reforça contratação de profissionais 50+ e combate etarismo no mercado de trabalho

Com mais de 3 mil admissões em 2024, programa da rede varejista aposta em capacitação e integração geracional como estratégia de inclusão O Assaí Atacadista tem intensificado seus esforços para promover a inclusão de profissionais com 50 anos ou mais em seu quadro de colaboradores. Lançado em 2021, o Programa 50+ já garantiu mais de 8 mil contratações nessa faixa etária, representando cerca de 10% do total da empresa. Somente em 2024, foram mais de 3 mil novos profissionais 50+, o que representa um crescimento de 63% em relação ao ano anterior, com destaque para o aumento de contratações de pessoas com 60 anos ou mais (17,4%). Para além das contratações, o programa se destaca por ações voltadas ao acolhimento e desenvolvimento desses profissionais. Logo no início da jornada, os novos colaboradores participam de um programa de apadrinhamento que promove o diálogo entre diferentes gerações. “Quando estruturamos iniciativas como o Programa 50+, é essencial promover a integração entre diferentes gerações. O apadrinhamento cumpre esse papel ao estimular a troca de experiências e fortalecer um ambiente colaborativo. Acreditamos que todos(as) têm algo a aprender e a ensinar”, destaca Tamaly Amorim, gerente de RH e Diversidade do Assaí. A capacitação também é uma prioridade. Por meio da plataforma Universidade Assaí, a trilha de formação Conexão 50+ oferece conteúdos voltados à diversidade etária, economia prateada, longevidade, saúde e bem-estar. Essa estrutura tem gerado resultados concretos: entre 2022 e 2024, a promoção de profissionais 50+ cresceu 168%, com avanços de 22% em cargos de liderança e 16% em funções especializadas. O Assaí ainda mantém um banco de talentos exclusivo para candidatos 50+, promove treinamentos para lideranças e recebeu a Certificação Age-Friendly. “O etarismo ainda é um desafio no mercado de trabalho. No Assaí, trabalhamos para quebrar esses vieses com ações estruturadas e consistentes. Acreditamos em um futuro do trabalho mais diverso, inclusivo e humano – e estamos construindo esse futuro desde agora”, afirma Tamaly.

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Obra jurídica analisa falhas que comprometem julgamentos no Tribunal do Júri

Livro escrito por Gina Muniz e Rodrigo Faucz destaca nulidades que podem anular processos criminais A defensora pública pernambucana Gina Muniz e o advogado criminalista Rodrigo Faucz lançam nesta sexta-feira (11) o livro Nulidades no Tribunal do Júri. A obra, escrita em coautoria, supre uma lacuna editorial ao tratar de forma clara e didática os principais erros processuais que podem ocorrer nos julgamentos de crimes dolosos contra a vida — falhas que, em muitos casos, levam à anulação de todo o processo judicial. Com um mapeamento detalhado dos vícios que comprometem a validade dos atos processuais, o livro reúne ainda estudos de caso e decisões dos tribunais superiores sobre o tema. A publicação é fruto da experiência acadêmica e prática dos autores: Gina Muniz é mestra em Ciências Jurídico-Criminais, e Faucz é pós-doutor em Direito Criminal. O evento de lançamento acontecerá na Escola Judicial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (Esmape), a partir das 17h.

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Casa de Maria apresenta coleção AfroRaízes na Fenearte 2025 com peças inspiradas na ancestralidade africana

Assinada por Luly Vianna, nova coleção valoriza a força das raízes afro-pernambucanas e o protagonismo feminino através do artesanato. Foto: Diogo Weslley Celebrando a ancestralidade africana e sua conexão com a cultura pernambucana, a Casa de Maria realiza o pré-lançamento da coleção AfroRaízes: Conexões Pernambucanas durante a 25ª Fenearte. Desenvolvida pela designer Luly Vianna e produzida por artesãs da instituição, a coleção está à venda no estande 423, na Rua 18, em frente ao Sebrae, e também no Espaço Janete Costa, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, até o dia 20 de julho. Composta por quatro linhas – Ritmos, Afro, Grafismo e Ondas – a coleção traduz, em cores, texturas e formas, a herança africana presente na arte, na musicalidade e nas tradições locais. “Ela celebra essa beleza e nossa herança com quatro linhas exclusivas que trazem elementos autênticos e vibrantes, narrando a história de conexão, resiliência e elegância de ambas as regiões”, destaca Cecília Brennand, curadora e diretora geral da Casa de Maria. O trabalho das artesãs, que também são mães de crianças atendidas pelo Aria Social, une técnica, criatividade e pertencimento. “Esse envolvimento comunitário não só enriquece o design e a autenticidade dos produtos, mas também promove a valorização das mulheres locais. Cada artigo é uma homenagem ao elo indissolúvel entre o continente africano e nosso estado, refletindo a diversidade da nossa identidade”, afirma Cecília. Entre os produtos estão bolsas, espelhos, cestos, vasos, pulseiras e objetos decorativos. Desde 2017, a Casa de Maria capacita mais de 140 mulheres em situação de vulnerabilidade social por meio de oficinas de bordado, crochê, tricô e costura em sua sede em Jaboatão dos Guararapes. “A Fenearte é sempre uma experiência de cultura, criatividade e solidariedade, que acaba contribuindo para o crescimento pessoal e profissional das nossas artesãs”, reforça Cecília. “Estamos muito felizes de participar no evento. Produzimos tudo com muito capricho, qualidade e amor, inovando na fabricação de uma coleção exclusiva, mas mantendo o nosso DNA”, completa a artesã Inês Costa. ServiçoCasa de Maria na Fenearte 2025📅 Até 20 de julho de 2025📍 Centro de Convenções de Pernambuco – Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n – Olinda/PE🛍️ Localização: Rua 18, nº 423 (em frente ao Sebrae) e Espaço Janete Costa🎟️ Ingressos: a partir de R$ 6 pelo site evenyx.com/25a-fenearte

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Tambaú aposta em interatividade no Shopping Recife para promover Catchup 100% Nordestino

Com ação gratuita voltada para crianças, marca reforça vínculos afetivos e sua identidade regional no mês de julho Durante todo o mês de julho, a Tambaú Alimentos realiza uma ação promocional no Shopping Recife para divulgar seu Catchup 100% Nordestino. A iniciativa, posicionada no térreo do centro de compras, entre as escadas rolantes e próxima à loja Magazine Luiza, oferece uma experiência lúdica e gratuita voltada para o público infantil, com destaque para a regionalidade e o apelo afetivo da marca. Crianças de até 12 anos podem brincar em uma piscina de bolinhas gratuita, com tempo limitado a dez minutos por participante. A estrutura também é acessível a menores de 3 anos, desde que acompanhados por pais ou responsáveis. A ativação acontece diariamente, com distribuição de brindes aos finais de semana, como ímãs de geladeira e versões mini do catchup mais vendido da Tambaú. A campanha publicitária “Bota mais Catchup Tambaú” reforça os valores da marca por meio dos mascotes Tomatinhos Tómas e Tinho, que representam o sabor e a alegria nordestina. “Queremos proporcionar uma experiência lúdica, que estimule a memória afetiva nas crianças e suas famílias. A ideia é fortalecer o vínculo com o público, conquistando uma nova geração de consumidores que se identifica com o nosso jeito de ser: nordestino, alegre e saboroso”, afirma Raissa Gonçalves, gerente de marketing da Tambaú Alimentos. ServiçoCampanha Catchup 100% Nordestino – Tambaú Alimentos📍 Shopping Recife – térreo, entre as escadas rolantes (próximo à Magazine Luiza)📅 Até 31 de julho🎯 Crianças até 12 anos (menores de 3 anos devem estar acompanhados)🕒 Brincadeiras com duração de até 10 minutos por criança🎁 Brindes aos fins de semana

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Fenearte celebra 25 anos com investimento recorde e foco na economia criativa

Maior feira de artesanato da América Latina reúne mais de 5 mil artistas e reforça papel estratégico do setor na economia pernambucana A 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) foi oficialmente aberta nesta quarta-feira (9), no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, com celebrações à força do artesanato nacional e um investimento de R$ 15 milhões por parte do Governo do Estado. A governadora Raquel Lyra destacou a importância econômica e cultural do evento, que neste ano homenageia as feiras livres, locais de origem de muitos dos mestres artesãos. “São iniciativas como a Fenearte que nós precisamos continuar consolidando. Artesanato, arquitetura, mobiliário: tudo anda junto. É assim que movimentamos a nossa economia, valorizando o que Pernambuco tem de mais autêntico”, afirmou. Com o tema “A Feira das Feiras”, a edição histórica reforça a conexão entre tradição e desenvolvimento. A estrutura montada abriga cerca de 700 estandes, com mais de 300 dedicados exclusivamente a artesãos pernambucanos. Ao todo, mais de 5 mil artistas e empreendedores participam da feira, que segue até o dia 20 de julho. A expectativa é superar os R$ 108 milhões de impacto econômico registrados na edição passada, que atraiu 320 mil visitantes. Além do artesanato, a Fenearte destaca expressões da cultura popular com uma intensa programação no novo Palco Pernambuco Meu País, que traz 70 apresentações de música, dança e performances ligadas à tradição local. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, ressaltou o caráter multifacetado da feira: “Temos diversas linguagens reunidas: música, dança, economia criativa e artesanato, além de oficinas para crianças e espaços para toda a família.” A feira também movimenta o turismo da Região Metropolitana do Recife, segundo o presidente da Empetur, Eduardo Loyo. “A Fenearte lota os hotéis da Região Metropolitana do Recife. Nosso setor de pesquisa avalia o perfil dos visitantes e o impacto na economia. Ano passado já tivemos recorde de movimentação e esperamos bater novamente esses números.” Para garantir a segurança do público, mais de 1.300 profissionais estarão mobilizados, com suporte de tecnologia como drones e plataforma de observação elevada. Espaços como o Programa Pernambuco Artesão, realizado em parceria com o Sebrae, e o Espaço Cidadania, que acolhe crianças de 4 a 13 anos durante a visita de seus responsáveis, reforçam o compromisso social do evento. A artesã Isabel Ferrari, que participa pela primeira vez vinda do interior paulista, resumiu o sentimento de muitos expositores: “É um reconhecimento enorme estar aqui. É muito bom conhecer os artistas que sempre admirei de longe e poder compartilhar meu trabalho com um público tão interessado.” ServiçoFenearte 2025 – 25ª edição📍 Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda📅 Até 20 de julhoMais informações: www.fenearte.pe.gov.br

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Luiza e Giselle Raposo.

Entrevista com Luiza e Giselle Raposo: "Buscamos projetar sonhos"

Família de engenheiros ergueu a Paci, uma consultoria de projetos de instalações, que tem grandes empresas como clientes. Luiza Raposo, que começou a empresa ainda como profissional liberal, e a filha Giselle contam como o investimento em inovação contribuiu para o crescimento dos negócios. Mãe, pai e duas filhas. Todos engenheiros. Ergueram uma empresa familiar que se destaca no mercado por oferecer projetos de instalações, uma área em plena efervescência de inovação. A Paci – Projetos, Assessoria e Consultoria de Instalações começou pequena, quando Luiza Raposo decidiu tornar-se profissional liberal. Mas acabou crescendo e logo o marido Gilberto Raposo passou a fazer parte dos negócios e, quando as filhas Giselle e Gabrielle entraram, foi um sopro de renovação para o empreendimento ser protagonista num setor em constante disrupção. Entre os vários clientes da Paci estão Rede D’Or, Vitarella, Alpargatas, Magazine Luiza, muitos são sediados em outros estados e houve até projetos no exterior, como em Angola. O foco passou a ser projetos de alta complexidade. “Buscamos ser vistos como aquela empresa que as pessoas dizem ‘o projeto está difícil? Manda para a Paci’. E isso acontece muito”, explica Giselle que, juntamente com a mãe Luiza, conversaram com Cláudia Santos sobre a história da empresa, sua evolução e como conseguem administrar a vida empresarial e familiar. Falem um pouco sobre a evolução da empresa. Como a Paci começou? Luiza – Eu já trabalhava em empresas de projetos de instalações e, em 1998, resolvi trabalhar como profissional liberal. Após cinco anos, vi a necessidade de emitir notas fiscais. Então, em 2003, a Paci começou oficialmente como empresa, inicialmente comigo e Gilberto Raposo, meu esposo. Sou engenheira civil e da área de segurança. Gilberto é engenheiro civil.  Depois, Giselle entrou como estagiária.  Gilberto e eu trabalhávamos em vários projetos de instalações, mas não em elétrica, apenas na parte predial. Giselle, nessa época fazia engenharia elétrica na faculdade, hoje ela é engenheira eletricista. Com ela entrando, deu uma força na parte específica de instalações elétricas, que é uma área muito interessante, economicamente falando, também muito boa para o nosso negócio. Ela deu aquele gás. Então, começamos com um estagiário, depois dois, numa sala dentro de outro escritório.  Entre nossos clientes, havia uma construtora para quem fizemos vários projetos. Quando apareceu um projeto na Avenida Norte, em Casa Amarela, decidimos incluir o da sede própria da Paci. Depois a empresa cresceu e adquirimos outro pavimento. Mas continuamos crescendo e o imóvel ficou pequeno. Construímos uma casa, também em Casa Amarela e, anos depois, compramos uma casa ao lado. Hoje somos em torno de 30 pessoas. Temos colaboradores muito antigos que foram nossos estagiários. Dois deles já fazem parte da nossa sociedade. Foram convidados para fazer parte do nosso grupo. A ideia é essa, aproveitar nossa equipe porque trabalhamos com muitas instalações e precisamos de pessoas que queiram trabalhar, se desenvolver nessa área, porque temos muito trabalho. Instalação é um leque muito grande. Há 10 anos, nossos principais clientes eram as construtoras. Hoje, com Giselle e a irmã Gabrielle, que também é engenheira eletricista, englobamos uma cadeia técnica muito forte no escritório e buscamos obras especiais. Giselle e Gabrielle trouxeram a possibilidade de oferecermos serviços mais complexos.  Quais os serviços que vocês oferecem?  Luiza – Trabalhamos com toda a parte de instalações elétricas e correlatos: projeto de instalações elétricas, hidrossanitárias, telecomunicações, SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), combate a incêndio, a parte ambiental, o sistema final de esgotos. Hoje temos clientes em todas as áreas: na parte comercial, predial, também de hotelaria, hospitais, shoppings.  O interessante é que em toda construção, há instalações.  Giselle – Durante cerca de 10 anos, era muito forte a parte predial, um grande volume de serviços da empresa era nesse segmento e, aos poucos, fomos migrando para a área de projetos especiais. São projetos de alta complexidade que exigem uma especificidade técnica maior, como shoppings, hospitais além de consultorias técnicas para projetar, tanto do ponto de vista da engenharia, quanto do ponto de vista de economicidade dos insumos, seguindo certificações de consumo inteligente, como o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).  Nós trabalhamos também para construtoras, mas hoje lidamos diretamente com redes corporativas: redes de supermercados, de hotéis, de hospitais. Então nosso perfil de cliente é B2B (business to business) mesmo. É, por exemplo, um empresário médico que vai construir um hospital, é o supermercado que virou uma rede, uma academia que expandiu para duas ou três unidades. Então esses projetos de alta complexidade são o foco da empresa hoje, é com o que mais trabalhamos e existe um reconhecimento no mercado.  Então é uma atividade com áreas diversas que requer um cabedal de estudos e pesquisas. Como está esse mercado?  Giselle – Temos um mercado muito forte. Quanto à diversidade, é preciso entender que o que serve para um cliente, às vezes, não serve para outro. Não é uma engenharia com uma regra pronta, uma receita de bolo para atender a qualquer tipo de perfil. Existe um normativo, um conceitual geral que vamos compreendendo a depender da necessidade do cliente.  Isso é, inclusive, um diferencial nosso. Temos essa capacidade de entender o cliente e proporcionar o que melhor se adapta a ele. Em relação a estudos, há cerca de cinco anos, estamos cada vez mais presentes na academia, tanto na participação de congressos de maneira geral, quanto em associações. Hoje, por exemplo, sou diretora da Regional Pernambuco da ABDEH (Associação Brasileira para Desenvolvimento do Edifício Hospitalar). É uma associação nacional que trata da infraestrutura para a saúde.  Faço parte também de um grupo de estudo de projetos avançados do CREA-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco) que trata de processos de engenharia. Faço também alguns acompanhamentos junto com o CREA e com o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo). É necessário trocar conhecimento, estar nesse movimento de aprender e ensinar para que o mercado evolua como um todo, porque não adianta ser uma bolha. Se não houver uma estrutura ao redor que possa nutrir esse

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