Banco Do Nordeste Investe R$ 50 Milhões Na Preservação Da Caatinga Durante A COP30 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Banco do Nordeste investe R$ 50 milhões na preservação da Caatinga durante a COP30

Durante a COP30, o Banco do Nordeste anunciou a destinação de R$ 50 milhões em recursos não reembolsáveis para financiar projetos de preservação e recuperação da Caatinga nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito pelo diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, no painel “Floresta Seca do Brasil e seu potencial para sequestro de carbono”.

Investimentos ampliam proteção ao bioma exclusivamente brasileiro

O novo aporte soma-se a outras duas iniciativas recentes do Banco: o Edital BNB nº 01/2025, do Fundo Sustentabilidade BNB, e o Edital nº 25/2024 – Floresta Viva/Caatinga Viva, em parceria com o BNDES e o FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade). Juntas, essas ações já mobilizaram mais de R$ 41 milhões voltados à recuperação do bioma.

Com o novo investimento, o total de recursos chega a R$ 91 milhões dedicados à sustentabilidade da Caatinga, consolidando o Banco do Nordeste como o principal agente financeiro voltado ao desenvolvimento sustentável do semiárido. O Edital 01/2025 classificou 69 projetos que seguem para a fase final de seleção, enquanto o Floresta Viva/Caatinga Viva já selecionou 11 iniciativas que restaurarão mais de 1,6 mil hectares.

“A Caatinga é uma das florestas secas mais ricas do planeta”

“A Caatinga é uma das florestas secas mais ricas do planeta e desempenha papel essencial na regulação climática e na manutenção da biodiversidade do semiárido. O Banco do Nordeste tem intensificado seu apoio à recuperação e ao uso sustentável desse bioma, integrando a agenda ambiental à sua estratégia de desenvolvimento regional”, afirmou o diretor.

Segundo Aldemir Freire, o fortalecimento dos investimentos do BNB reflete o reconhecimento crescente da importância social, econômica e ambiental da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro.

Potencial de carbono e desafios da conservação

“Cerca de 45% do carbono que a caatinga retira da atmosfera, ela retém em sua estrutura, isso é superior a outro biomas, como o da Amazônia, que gira em torno de 35%”, destacou.

A afirmação é da pesquisadora Sabrina Oliveira, da Universidade Federal de Campina Grande, que participou do painel. Apesar do alto potencial de sequestro de carbono, quase metade da cobertura vegetal da Caatinga já foi alterada por atividades humanas, o que reforça a urgência dos esforços de recuperação. O bioma ocupa cerca de 10% do território brasileiro e abriga 28 milhões de pessoas, sendo uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas.

Compromisso com a agenda climática global

Com a ampliação do crédito não reembolsável para projetos ambientais, o Banco do Nordeste reafirma sua contribuição à agenda climática global e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em alinhamento com as metas do Acordo de Paris. O investimento anunciado na COP30 simboliza o fortalecimento de uma política de desenvolvimento regional integrada à proteção ambiental e ao enfrentamento da crise climática.

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