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Biofeto: receita eficaz contra a crise

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O Biofeto, centro de medicina fetal, cresceu 26% em faturamento no ano de 2017, superando o cenário de duas crises simultâneas. A primeira é a econômica que afetou todo o País. A segunda foi a epidemia de zika vírus, que reduziu o número de gestantes em Pernambuco, afetando especialmente o segmento em que a empresa atua.

Monitorar o desenvolvimento dos bebês ainda na barriga das mães é o negócio da clínica, que presta os serviços de diagnóstico pré-natal e ultrassonografia em geral. Com 25 anos de atuação, ela é pioneira no Nordeste a prestar o serviço especializado em diagnóstico do feto. “Nosso diferencial é a formação básica dos ultrassonografistas em obstetrícia e especialização em medicina fetal. Trouxemos a experiência que tivemos na rede pública, no Hospital Agamenon Magalhães, que é referência em gestação de alto risco, para uma clínica privada”, explicou o sócio Eugenio Tavares.

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Ultrassonografia, investigação genética e de infecções congênitas, além da avaliação da condição fetal são alguns dos serviços oferecidos pelo Biofeto. Por mês são realizados 2,5 mil procedimentos na clínica. “A medicina fetal procura não apenas fornecer o diagnóstico, mas identificar as prováveis causas e contribuir para o planejamento do parto, minimizando assim os riscos para os pacientes”, afirma Eugênio. Ele cita por exemplo, que um feto que tem uma malformação cardíaca rastreada pelos exames é encaminhado para o parto num hospital que tenha condição de atender um paciente com esse problema. “Isso reduz a chance de óbito”.

Se a recessão econômica afetou a maioria dos segmentos econômicos de Pernambuco, uma outra crise atingiu especificamente o segmento de atuação da clínica nos anos de 2015 e 2016: o surto de zika vírus. Com o receio do risco de microcefalia, muitos casais adiaram o sonho da gestação, reduzindo muito o número de clientes em todas as unidades médicas que prestam serviços ligados à obstetrícia. “Quem queria engravidar deixou para depois. Algumas que engravidaram, inclusive, decidiram ter o parto em outros Estados e até outros países. Acompanhamos algumas dessas mães inclusive”, exemplificou o sócio.

Para enfrentar esse cenário e atingir um público novo, o Biofeto atuou em duas frentes: investimento em comunicação em redes sociais e promoção dos Encontros com Gestantes. Ambas as iniciativas têm como objetivo a orientação adequada sobre gravidez. “Os eventos gratuitos são voltados para educação focada na área de saúde, com profissionais como nutricionistas e fisioterapeutas, suprindo uma lacuna de formação acerca do cuidado pré-natal”, explica a sócia Tania Caldas. As ações, que lotavam a clínica nos finais de semana, trouxeram um novo público para a unidade médica.

Um dos investimentos da empresa nos últimos anos foi na administração, com a contratação da gerente Dayana Barros, além da realização de um planejamento estratégico. As medidas profissionalizaram a gestão, otimizando os custos e o atendimento. “Uma novidade que em 2017 atingiu um novo público foi abrir atendimentos para alguns convênios que não trabalhavam conosco. Foi um ano bastante promissor para a empresa”, afirmou a gerente.

Num esforço de modernização, a clínica se mudou para um novo endereço no final do ano passado. Após 15 anos funcionando numa casa, o Biofeto passou para o Empresarial Casa Grande, localizado na Praça do Derby. “Nosso objetivo é oferecer mais conforto, com um ambiente de trabalho melhor também, proporcionado por um espaço planejado para a clínica, que é bastante funcional”, afirma Tania Caldas.

A nova unidade funciona num único andar, diferente da antiga que tinha três pisos, o que causava alguma dificuldade de locomoção para gestantes e idosos atendidos. Houve também a atualização de novos aparelhos. “Nosso desafio atual é aumentar a produção de exames com a nossa estrutura atual, otimizando o atendimento”, planeja Tania.

Com a expertise e o pioneirismo na medicina fetal, a clínica tem também na sua trajetória a realização de eventos voltados para formação de obstetras. “Um dos desafios do setor é a qualificação profissional. Já fizemos grandes encontros médicos científicos com o objetivo de reciclagem sobre assistência ao parto normal, abrimos os caminhos sobre o tema da diabetes gestacional num grande evento no passado. Um dos planos da empresa é a retomada desses encontros”, projeta a sócia.

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